quinta-feira, 19 de março de 2020

Série quarentena Covid19

Desde sexta feira passada vivemos a quarentena, certamente  deve ser bem diferente das outras quarentena vividas pela humanidade, pelo simples fato de todos estarmos conectados e sabendo p que acontece no mundo pela internet.
Comecei tímida meu processo como todos, saí sozinha para caminhar sábado na minha própria rua, e descobri que o  museu  Chácara do céu terminou sua obra, o funicular e um imenso terraço de onde se pode ver toda cidade e todo meu bairro. Ou seja, ponto positivo, pensei que se ficasse no Rio, poderia fazer ali o tour diário, já que estaria vazio e preciso compensar o que tenho comido de doce,mesmo de dieta.  Sim,  corro o risco de terminar a quarentena diabética, pois não consigo ficar sem o doce.  Ansiedade?  Não sei, mas se em casa tem um histérico pode de 1kg de doce de leite uruguaio, aqui na fazenda tem  doce de goiaba, doce de mamão, de banana tudo que faço. 
Adiante me falo,  vamos ao mais importante.
Depois de ir ao médico na segunda feira, tive que trazer minha mãe de volta à sua casa,  então eu e Alice viemos. 
Mas hoje é quinta feira 19  6 horas da manhã. Já acordei e escrevo antes do dia começar.
Nossa rotina na fazenda é diversa.  O primeiro dia foi muito movimentado,  cozinhei,   mexi na horta, andei, fiz yogurte da Rita Lobo, eu e Alice.   
Mas com isso tudo o dia ainda foi tenso,  estávamos mesmo daqui resolvendo a burocracia da cirurgia do papai. Ele precisa , segundo o médico, operar o câncer do estômago e  durante a pândemia. Como será não sabemos.  Acho que  estamos apreensivos. ... afinal  somos humanos.
Depois de mexer na horta, tomar café com o aipim que colhemos,  fomos caminhar aqui dentro mesmo. Fiz mais meia hora com Alice, meu pai que fez meio roteiro e Titi, ela é a gatinha que apareceu aqui, chamei de Tigresa porque é rajada e Alice apelidou de Tito.  Acho que ela é meio cachorro. Porque acompanha  quando andamos, vai correndo, muito diferente dos gatos que conheço. Tudo bem que deve ser filhote.
 Mas assimvai transformando, mas subi na goiabeira tentando capturar os últimos frutos da estação, quando desci escorreguei e ralei  o braço feio e a pele da queimadura saiu.  AFf!  dói...
A sensação é  de que aqui pode ser um  mundo paralelo.
Os sons são diversos,  o clima é diverso,  cono se fossemos  puxados a outra dimensão. Se quiséssemos desligariamos tudo e  pronto.  Mas não écessa a intenção, precisamos estar atentos para o que fazer.  Ontem por exemplo batemos panelas e #ele não me representa!!,   o mundo sairá melhor dessa pãndemia?   Quais  São nossas chances,  levantei imaginei o efeito da bomba de nêutron, tudo em pé, sem a humanidade, nós nos auot destruímos quando invenramosca bomba. Escuros os pássaros, a galinha tô fraco, tô fraco... 
Vamos levantar, tenho fome..


Série quarentena- Covid19


Quando a liberdade faltar
Olhando os amigos europeus  fico pensando no que fazer quando de  fato a liberdade  temporariamente faltar.
Acho que  vou colocar a leitura em dia, vou arrumar a casa e organizar estantes de livros e papeis, vou ver os filmes que deixei de ver e que tenham na plataforma,  vou escutar música, caminhar no corredor de casa,  falar pelo aplicativo, ligar para todos que estiverem de  plantão e quiserem fofocar um pouco sobre a falta de  liberdade, vou olhar pela janela e ver a cidade silenciosa. Não haverá o samba que hoje ainda soa, não sei bem em que local, não haverá o burburinho que a cidade tem de dia e que eu escuto de casa. Mas os pássaros  que passam pela janela continuarão,  os periquitos  na palmeira também, quem  sabe não se animam e aparecem para comer o girassol que eu coloquei no parapeito, aí eu  ficarei feliz se conseguir fotografá-los e  enviarei para todos os amigos e isso vai virar festa, pois todos  os presos em casa se imaginarão como os periquitos da  cidade, que fazem uma imensa algazarra  pela manhã.
Todos também terão tempo de pensar um pouco mais sobre sua vida, sobre suas escolhas, sobre seu país e seu desgoverno e quem sabe alguns dos presos não consigam de fato ver a realidade sem a lavagem cerebral  que lhes  foi imposta, mas  isso  somente se  a máquina de fake news  não for alimentada, pois se for,  é capaz de tudo ainda ficar pior depois que liberdade vier.
Mas eu sou otimista,  o tempo vai passar, o vírus vai mudar e se  fizermos certo a pandemia passa, como passou a peste e a gripe espanhola,  e  eu sinceramente espero que  com ela passe também a imbecilidade dos que nos governam e a cegueira dos que o seguem.  E para todos  fica a dica, “O ensaio sobre a cegueira”.