Tecnologia é bom, mas até que ponto?
Antigamente saíamos de férias e não ficávamos conectados. Eu sumia,ligava quando dava e encontrava um callcenter com aquelas cabines, não tinha contato com ninguém e as fotos só via quando chegava e mandava revelar.
Hoje atravessamos o Atlântico e continuamos no lugar de origem. O telefone com watzap não para, e tudo acontece como se não tivéssemos saído. As fotos são quase simultâneas chegando ao smartfone de quem ficou. Continua mos ligados ao trabalho, aos problemas ,a tudo. Ao ponto de ter que perguntar se devo falar quando a proposta é dar um tempo.
Um tempo pode ser dado para "n" coisas . Na cozinha esperamos o pão crescer no tempo do fermento, na gravidez 9 meses, no luto nem sei quanto tempo, mas no amor? Talvez esperemos o tempo de ver que sentimos falta, ou que não adianta porque não sentiremos a falta. Ou ainda tempo para se ver quanto tempo se perde con besteiras, com competição, com resistência ao próprio amor, e que a vida é curta demais para essas perdas de tempo, de alegria, de convivência, desejo etc.
Essas coisas a distância diz a nós, o afastamento provocado sempre disse ,mas depende sempre de se querer ver ou não.
De um pólo a outro, a viagem solitária é fundamental para isso tudo, ver, pensar, escrever, analisar e avaliar.
Cada dia se conhece uma pessoa nova que talvez jamais reencontraremos de novo.
Hoje no almoço no restaurante Mursa, na rua da Alegria, conheci Daniel. Ficamos na mesma mesa. Sua fala portuguesa e suas feições de indiano logo despertaram minha curiosidade. Descendente de Goa.
Ele bancário e ficamos falando de geopolítica todo tempo. Colonização, Mce, e fomos ao sabor do bacalhau assado na brasa com batata cebola ovo e azeite , antes um caldo verde, e pão e eu no vinho branco gelado, no fim ainda um cafezinho. Tudo isso pr 5,50 euros. No Rio de Janeiro isso não existe. Para comer o que comi no mínimo 100 reais. É PARA PENSAR!!!
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