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domingo, 15 de julho de 2018

Saindo de Fez

   Sai cedo do riad   Imane, no caminho ela atropelou um gatinho com minha mala, se não dou um grito no meio da Medina  o bichinho ia se machucar, é muito caro aqui, tudo solto na rua, filhote tem aos montes. Alice, se quiser te levo um .
O taxi  marcado não foi e Eu tinha pago.  Tive que pegar um outro que me levou e paguei de novo. Tudo bem o senhor foi honesto e usou taxímetro. Saindo de Fez poucas cores  nos prédios, todos pequenos. Não vi edifícios com mais de 3 andares.  Bairro de casas grandes bem bonitos ,todavia quase tudo é bege o que constrasta com o colorido de dentro das casas. Ou seja, comprova que tudo é um mistério e o belo está por dentro das coisas e não por fora.

Na parada do ônibus, banheiro limpo. Na lanchonete não tem nada  , do lado um açougue que vende a carne crua e vc leva a tostar na hora. É uma kafta  e quando assa  vc leva com um cesto de pão.Todo mundo come.  É uma hora da tarde e o ônibus só chegará às 15.  Tomei um super  café da manhã e  comi uma bananadinha de Terê. Deixarei para almoçar na hora do jogo no meu destino.

O ônibus agora é puro cheiro de comida. É bom pois tá na hora do almoço. Tem como passageiros uns chineses ou japa, não sei, mas eles não comeram a kafta preferiram um pedaço de chuleta que acho que é de cordeiro.  Muitos asiáticos pelo caminho. Também vem casalzinho bem novinho. Ela toda estilosa.

Encontrei com a estilosa já no meio de Chefchaouen o namorado ,creio, tirava foto. Deve ser coreana, uma boneca e tantas fotos que até eu fotografei.

Isso foi depois de ter chegado ao hotel  bem fraquinho , mas no estilo Riad e agora estou no terraço que compensa o resto.
Almocei num restaurante no meio da praça. Já se nota a influência espanhola  pois muitos falam espanhol além do árabe ( ufa!). Também na comida os espanhóis chegaram , ou,   as batatas chegaram. Hoje aproveitei que é domingo e comi comida espanhola  e não marroquina. Espetinho com batata frita e salada  e depois  ainda tomei um corneto . Ou seja ,meti o pé na jaca.
Andei a cidade quase toda. Muito movimento creio por ser domingo. É de fato um lugarejo para se fotografar, bem mais frio pois é montanha.  Depois sentei na praça e um berebere que vendia coisas puxou conversa e ficamos falando. Muito simpático. Dei minha última  bananadinha de Terê para ele. Me chamou para ir ao deserto.  Falava do país e depois me fez sentar no seu tapete  e explicou as peças que fez. Muito bonitas  de âmbar. Só que pesadíssimas, eu nunca ficaria com uma no pescoço.
É viva la France!!

sábado, 14 de julho de 2018

Fui hamman!!

Hoje sai pela manhã  e fui direto ao centro novo de taxi comprar a passagem para a montanha Chefchoen . Um taxista muito simpático me levou , esperou e trouxe de volta à Medina.
Andei pelas ruas da cidade nova de carro e não achei  nada de mais. É uma cidade como qualquer outra do século xix e xx , na Europa e nos outros países  com sua influência. Certamente tem os bairros chiques mas não passei. Descubro que o diferente é o que interessa. E esse diferente está na descoberta das coisas na Medina.
Saltei no portão Blue e fui descendo por outra rua  diversa da de sempre. No caminho um rapaz insistiu tanto que me vendeu  três porta níquel de couro.
Fui descendo e cada entrada uma nova descoberta.
Vi lojas de roupa, de cerâmica, de comida , de tecido , de roupas íntimas e artigos comuns, creio que é o mercado popular. Saara.  Mas é também onde tem os restaurantes típicos.
Tudo escondido . Você passa numa porta, por vezes pequena e quando entra um pátio interno se abre com uma claraboia e toda luz.  Coisa de louco. Se um dia eu construir uma casa será assim.
Fui descendo a rua e é muita gente  ou não, pois as ruas sendo estreitas sempre aparenta estar lotado. Segundo o guia  as mulheres fazem compra todo dia para fazer a comida. Tudo fresco .E se vê mesmo , tudo vivo.  Um modelo completamente primitivo. O povo não é gordo. Não vi ninguém obeso. Comem muitos legumes,   tudo tem legumes. O Tejine o cuscuz.Descendo  mais descobri ainda lugares que vendem eletrônicos. Lógico que tem também coisas da China.
Voltei ao hotel pois havia combinado de ir ao hamman. Imane  me levou , achei que fosse também entrar, mas não. Era um hamman tradicional deles, não turístico. Fiquei apreensiva. No caminho comprou henna e argan.
Lá chegando uma senhora  vai comigo. Lá dentro baldes de água quente e um certo vapor. Tem várias mulheres tomando banho, só com a parte de  baixo vestida. Algumas nuas, crianças também brincando com a água. Aí começa o ritual. Ela passa a henna  misturada com o oleo no nosso corpo, depois massageia, passa o shampoo no cabelo massageando, isso vc fica sentada, depois tira isso é passa uma luva co o uma lixa e depois com seu sabonete faz massagem de novo, tudo com água quente em várias temperaturas.  Me parece um ritual das mulheres , pelo menos uma vez por semana elas vão lá. Eu achei bom, tentei olhar sem preconceito o ritual, a senhora que me atendeu só falava árabe eu tentei falar algo em francês ELA também  não sabia.   É um banho público feminino, pois só entram as mulheres. Os homens são em outro horário.
Saí do banho leve ,entrei no restaurante, mesmo que fui ontem e logo disseram: a brasileira voltou. Ri muito.
Como hoje um tejine de legumes com carne e antes uma lentilha.   Fiquei um pouco no restaurante e não quis  voltar para o hotel preferi ir de novo ao parque, sentar e observar.
Reparei hoje no jardim onde fui depois do almoço ,que as mulheres passeiam com outras mulheres e os homens com os homens. Não Sei se há lugares que ficam juntos.
Tem casais de namorados no jardim, mas poucos.
No jardim conheci outras duas mulheres mãe e filha, sentamos no mesmo banco. Começamos a conversar   e fomos falando . A menina de 22 anos falava ingles. Cheguei a conclusão que   converso mais com quem fala mal. Assim ocorre a interação.  Ela me explicou que fazia aula e que é solteira , filha única e a mãe divorciada.  Pediu logo para tirar foto comigo e  me adicionar no Facebook.   Eu aceitei.
Aqui de hora em hora tem o chamamento para oração , mas tirando a Medina ,  não vi pessoas parando e virando para Meca a rezar.

Já era quase 6 da tarde quando elas iam embora e eu vi que o cara de ontem, o tal esquisitinho,  estava num banco próximo filmando, olhando. Falei com elas sobre isso e saí com elas do parque .   E ele ficou lá.  Vim direto para o hotel. Aqui já com Imane ficamos conversando no terraço.
Ela não conhece  a Europa , estando a uma hora de lá. Disse que o visto é muito caro. Aí me dei conta da questão da imigração. Muita gente vai e não volta.
Depois  me disse de sua vontade de ir a Veneza.  Chamei para ir ao Brasil.
Realmente o país é muito pobre. E existe uma ostentação do rei. O cara tem um palácio em cada  cidade que fica fechado para quando ele for.  Enorme.  Deve ser maravilhoso mas não é aberto para o público. 
O povo trabalhador pelo que vejo tem mínimas condições de vida .  Difícil também medir  na condição de turista.
Mas   no geral é pobre. Não dá para dizer que todos que moram na Medina são pobres. O espaço parece um beco de favela  insalubre com portas pequenininhas   , mas quando vc entra, é inusitado.  As coisas co.o móveis entram por  cima na claraboia aberta.
Bem,  hoje o Pedro também não apareceu , enquanto ele não vem  vou andando.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Passagem expressa por Lisboa!!

O voo  tá atrasado.  Eu aqui buscando um sinal para internet. E preocupada em falar francês e o pior ,o tradutor só funciona com internet . Logo, babou. Muitas mulheres já com o véu. Cabeça coberta com lenços coloridos.  Vesti  túnica para não diferenciar muito, mas com os cabelos soltos. Muita expectativa. E voila.
Isso vai ser muito diferente.
Sem problemas com a mala. Nem minha bananinha diet de Terê implicaram.
Comida horrível na  Tap, cada vez pior.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Não encontrei o Humphrey Bogart

      

O vôo atrasou, entrei no avião para Casablanca depois do horário, chegamos tarde. Do alto a paisagem árida sem montanhas me parece uma imensa planície toda recortadinha.  No aeroporto Bogart e Bergman não me esperaram. O transporte dentro do aeroporto foi feito de ônibus e logo quando entramos mostrando o passaporte o cara encrencou comigo . Pegou meu passaporte me levou para verificar tudo.  Acho que foi a data do passaporte , pois ele perguntou se  Eu nunca tinha viajado.  Encarei com maior bom humor e tirei tudo, passei no raio x corporal e ele nada achou. Acho que consultou Interpol e veio dizendo que eu estava clean.  Ri na cara dele. E falei :Lógico. Me levou para carimbar o passaporte e me deixou na fila. Tranquilo,nada me tira o sorriso, depois na saída ainda outro Guarda pediu para revistar minha mala,  Pqp  , diz que é brasileiro e acham logo que é ladrão. 

Enfim sai e fui buscar um mapa. Não havia.

Sabia do trem para a estação Central "Casa port" , peguei o trem junto com um rapaz português que estava na minha frente na fila. Viemos juntos e ele depois foi ver seu mapa do celular para me ajudar. Segui o que ele falou e me perdi . Perguntei a duas moças, eram turistas. Depois perguntei a um cara que vendia coisa, ele não conseguiu, aí fui andando e um senhor veio atrás de mim falando o nome  do hotel , fiquei meio com medo mas fui seguindo ele , que percebeu minha apreensão, puxava conversa, quis saber meu nome, encontramos uma moça com duas crianças que era conhecida dele caminhando no meio da Medina, ela com os filhos me trouxeram. O menininho  de uns 6  anos com camisa do Neymar  fala para a mãe me dizer que ele sabe o nome de todos os jogadores de time . Um fofo ,veio sozinho na porta do hotel. Recepcionista bacana conversamos em todos os idiomas, já que não sei  nenhum direito. 

Vim para o quarto tomei banho frio pois o quente não funcionou. Tudo bem.   Saí fui até a mesquita , maravilhosa. O povo na rua, curtindo o fim de tarde. Passei por  uma pracinha a criançada brincando e a mulherada sentada, os homens todos nós bares,  cafés vendo o jogo Croácia e Inglaterra, impressionante, mulher não pode entrar ali. Parecem verdadeiros clubinhos. Muito homem e sem nenhuma mulher. Elas com suas roupas coloridas e seu véu. Sempre conversando entre elas. Eu sorrio para todas que me retribuem, assim como as crianças.Me perguntam se sou indiana.

A cidade é muito suja. Tá tendo muita obra a estação está nova,  mas o lixo come solto, jogam tudo na rua.

Voltei estava anoitecendo, são 10:45 agora. Entrei num restaurante com um terraço em gente ao hotel e comi uma tejine de frango com legumes. Delícia. Não almocei só comida de avião.  Gostaria de estar acompanhada pois seria mais divertido, mas está  sendo muito bom. Vamos ver se amanhã encontro o Bogart , de qualquer maneira  vou ao Ricks na última noite. Amanhã vou  a Fez.

Já senti que tem muitos anjos  no meu caminho. Salamaleiko salaim.

 CASABLANCA foi imortalizada , internacionalmente, pelo filme do mesmo nome, com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Esta é a maior cidade do país, situada na costa Atlântica, com 5,5 milhões de habitantes.
A sua arquitectura mistura a herança francesa, com a árabe e andaluza. Em 1755, um terramoto destruiu parte da cidade e como muitos comerciantes espanhóis fizeram lá vida, passou a chamar-se Casablanca.
Foi nesta cidade que teve lugar um encontro histórico, em 1943, durante a II Guerra Mundial, entre o presidente norte-americano Franklin Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Fui hoje a medina histórica e a mesquita Hassan II, com um minarete de 200 metros de altura, tido como um dos maiores do mundo.  NÃO ENTREI. Pois já estava fechada. Vou quando voltar.