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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Marraquexe por dentro

Sem mapa mas com meu próprio GPS ligado saí hoje cedo. No hotel  o café demorou para sair. E quando vi já passava das 9:30. Ou seja, o sol  já estava rasgando. Dois dias de caldeirão do inferno fervendo. Insano. Mas parece que o povo tá acostumado. Sim, óbvio.
De fato por dentro isso aqui é a maior loucura. Deve ser por causa do sol. O povo se vira em todas as direções. Muita gente vendendo lencinho de papel. Tudo é barato e é caro ao mesmo tempo. O referencial deles é o euro. Mas eles não tem euro. Dizem na hora de vender só um euro, só 2, 3, mas recebem em diram e eu em real. Então, uma mescla de temperos 100g  por 40 diram, são 4 euros , mas  20 reais. Logo, para brasileiros é caro. Com 20 reis compro na  Casa Pedro e não carrego peso.
Isso é que tenho que pensar. Qualquer coisa pesa. Então para comprar tem que ser: existe no Brasil? Se existe, não rola.
E hoje com a globalização e a China , nada mais existe em um só lugar.
Se eu fosse consumista teria enlouquecido, mas hoje , quando fui ver algo para comprar cheguei a conclusão de que  o que chama atenção são os brilhos . Esses fazem os olhos brilharem. Mas como levar um lustre desses? Sem condições. Como levar um tapete?  Impossível.
Por dentro, tudo é um pouco mais e um pouco menos.
Dentro do  Majorelle  do Yves (YSL)  ,já para entrar o preço é 7 vezes mais que  nos outros lugares e dentro também.
Ou seja,  tal como os riads a coisa é, e não é.
O calor deixa o corpo exausto. E acabamos acordando tarde.
Quando saí fui em direção a Mesquita koutobia e seu jardim. Fiquei correndo atrás dos jardins pois são oásis. Depois que saí do Majorelle que demorei  para achar, sem mapa,  voltei por outro caminho tentando buscar os jardins. Entrei no Ciber jardim. Que tem Wi-Fi free. Sentei e Rachid veio falar comigo.
Ficamos conversando. Pode parecer que estou dando conversa para todo mundo. Mas não é isso. Eu sento e quando me veem me perguntam de onde sou, chutam todos os lugares e se impressionam eu não ser marroquina. Aí querem conversar de qualquer maneira.  Fico sem graça de cortar. Esse rapaz de hoje simpático, estava no jardim e depois queria que eu fosse tomar chá com ele. Que eu era muito bonita, ele trabalha fazendo massagem num hammam.
Sempre querem saber tudo. E eu acabo conversando. 
O que  acho legal é a curiosidade deles.  E a facilidade de contato. Quando a pessoa quer vender  já está no sangue, mas a simpatia é diferente.  Na Europa não temos tanto contato assim.
As pessoas são mais fechadas.
Como Marraquexe é muito turístico tem também gente de outros cantos da África. Os negros não são todos muçulmanos, pelo menos não usam as roupas.  Vendem  seus artigos naquele calor . Fico pensando como o mundo é desigual,  muitos tem muito dinheiro e esse povo tentando ganhar o dia para comer. Existe a riqueza , daria para todos viverem em condições normais , todavia tem muita gente que tem muito.
Aqui eles tem hábito de comer coletivamente. Os grandes pratos são servidos num prato grande e comem todos no mesmo com a mão. Sem dúvida um ato tribal, com o cuscuz fazem isso.
Outra coisa  que também tem diferença é a higiene. Nós hotéis , aqui nesse é limpo. Mas na rua,  tudo muito sujo, apesar de ser Marraquexe a cidade mais limpa. Muitos recolhendo o lixo nas praças etc.Mas  as pessoas  jogam no chão.
Também pegam com a mesma mão o pão etc.
Vão comprar o pão e vem com ele na mão  .  Na Europa também não fica atrás nesse quesito.
Se tiver frescura quanto a essas coisas melhor não vir a África.
Muita comida na rua , também escargot,
suco de laranja e outras frutas.
Como já disse antes,  a alimentação é saudável, não tem gente gorda. As mulheres são um pouco mais, todavia é o padrão deles.
No hamman se vê o corpo das pessoas, a pele é bem limpa. Também com tanto produto de beleza natural, pudera.

As especiarias são um campo a parte. Muitos cheiros e sabores,  muitas lojas também. Aqui no riad tem uma egípcias que comprou muita coisa. O óleo de argan é de grande fama.  Falam muito. Acho que passa no cabelo e para massagem. Tem em muitos lugares. Vou até entrar na Google para ver.  Se for para cabelo tô fora.

Saí 3 tribos do deserto. A mais famosa é berberes. Sua cultura é muito rica e famosa e eles gostam de dizer quando são dessa etnia.
Também tem diferença quanto ao árabe. Aqui ao meu lado além da egipiciana tem 2 turcas. Uma turca  já esteve no Brasil. Tá me acompanhando no Instagram agora,o nome dela é  fantasia, Travel road.
Sentada aqui no riad várias vezes abri a porta . As meninas brincando disseram que  estou com uma recepcionista sexy.
Que vão andar comigo para receber elogios.  Muito  engraçado. Essas não usam véu e viajam sozinhas.  Ou seja, já são diferentes de suas mães,certamente.
Falam bem inglês. Certamente tem um padrão alto para seus países.

As mulheres no geral  aqui, também as muito vestidas olham para as outras e sempre sorriem para mim.  Seus olhos sempre muito pintados, sempre delineado de negro, principalmente as de burca.  Talvez por isso sorriam  pois as olho nos olhos.
Estou andando bem vestida, tampada, de calça comprida, mas sem cobrir o cabelo.
As que conversei dizem que não querem casar e sempre me perguntam  se tenho filhos e se sou casada, sem exceção.
Vou tentar publicar fotos no blog.

Pra lá de Marraquexe






Saí de Tanger a noite, muito tarde. Entrei no trem rezando para estar sozinha na cabine da primeira classe. Doce ilusão de cara conheci Jasmim uma americana espevitada filha de Porto Riquenho com cubano. Se diz latino americana mas nasceu nos Estados Unidos  e ama de paixão, diz logo que não é comunista e eu toda vestida de vermelho disse que sou.
Essa conversa foi depois, antes tentávamos dormir qdo chegou um casal da Síria Curdos, nos disseram, com um menino e a mulher grávida.
Estam indo para Rabat e a Barcelona. 
Conversamos e aí já foram minhas 3 cadeiras. Sentei junto a janela. Já tinha tomado minhas drogas homeopáticas e o antialérgico.  Fui dormindo.
Na madrugada entram outras pessoas, já quase de manha. Sei que as 7 estávamos todos conversando. Um marroquino , 2 franceses descendentes  eu e a latinoamericana,como ela se diz.
Rolou mta conversa o francês que joga futebol ama o Ronaldo. E quando falamos de política foi que a Jasmim fala o que já disse acima,  do estado de penúria de Cuba. Enfim todo blábláblá de sempre. Eu contesto e digo da segurança, saúde, educação. Mas não é suficiente já nasceu nos Estados Unidos e embora tudo, tem uma alienação de consumo.
Depois chegamos em Marraquexe  e fomos juntas no táxi e saímos a tarde para almoçar. 
Meu hostel é colado a praça. Não foi ruim de achar. Mas o calor é infernal. Andamos depois do almoço meio perdidas. Mas ela entra em tudo que é loja. E o povo aqui quer convencer a vender, aí ferra.
Visitamos o Palácio Bahia.  Muito parecido com  o de Sevilha . Lá o guia falava  e uma mulher perguntou do livro , eu escutei e dei pito, ele gostou e dei dicas para ele ver a série no Netflix. Me agradeceu e convidou para fazer o tour com ele.
Acho que não vou mais a palácio, é tudo muito igual, exceto pelo tipo de mandala, a marroquina tem 8 pontas.
Uma dor de cabeça do sol me impediu de ficar na rua. Fui para hotel e agora tô sentada em frente à Djemaa el fna tomando um chá marroquino. O sol cai. O som é do encantador de serpentes. O povo chegando. Ao sair daqui vou passar pelo meio. Amanhã vou cedo ao jardim antes do sol. 
Andei pelo meio de tudo. Muita coisa e muito maltrato à animais. Cobras, lagartos, macacos, pássaros e gente também.
Uma necessidade de espetacularização, todavia aqui sei que é por uns míseros trocadilhos. Muita mulher fazendo desenho de hena.
Muita gente querendo ganhar uns trocados. Existe uma miséria e também uma alegria de artista. Tem mto turista mas vemos que é um espetáculo para eles mesmos.
Passei por todos os cantos, entrei em muitas vielas e pelo meio do povo.  Tem muita  música também com inúmeros instrumentos como tambor, sopro e aquele som de encantar serpente e ele ficam ali naquele sol de rachar o dia todo. 
Depois de andar ainda comi fora da praça um sanduíche . Desistir de comer na praça porque é muito assédio.  Encontro o cara que tentava vender passeio para Jasmin e me convida para ir beber algo.  Estava muito cansada declinei.
Depois entro um berbere pede para tirar foto do meu cordão. Tiro e me faz entrar na loja e me faz o turbante. Pergunta quantos camelos eu quero para ficar com ele. Todo cheio de graça.  Digo que não é vou saindo.  Nesse ponto é de fato chato  , muita gente o tempo todo de chamando. Cansa um pouco. Também muitos nigerianos vendendo tudo.
Também cansam e gente pedindo que não fica atras pela quantidade.
Já tô cansada. A idade é mesmo uma nessa, uma semana e já tenho certa vontade de casa.
Tudo bem que é muito diferente,mas não tanto assim. Amanhã vou para Casablanca vou de manha para ver a cidade embora seja sexta feira.
Algumas coisas são muito curiosas. Nas tendas o povo trabalha uma jornada bem grande. Ficam ali todo dia e  também a noite.
As tendas praticamente não fecham. Tem senhores costurando até tarde. Outros apenas vendem. TambÉm nos restaurantes é assim.
O próximo post vou colocar por observações.
Marraquexe foi fundada em 1062 e é uma das cidades marroquinas mais conhecidas e também uma das que recebe mais turistas.
É apelidada de cidade vermelha, pela cor dos seus edifícios na medina onde está concentrada toda a história local.
É na praça Djemaa el Fna que se reúnem locais e visitantes. De dia com vendedores de sumos e fruta, à noite com restaurantes e contadores de histórias, ao lado de encantadores de serpentes.
Marraquexe é uma cidade mítica e mística. Outros locais para ver em Marraquexe: a mesquita Koutoubia, os Jardins Majorelle, os jardins La Ménara, os museus, os souks e as tinturarias de Marraquexe, entre muitos outros.