domingo, 17 de novembro de 2019

Domingo em Naxos

Dia nublado, o sol sai  vez por outra,sem turistas, cidade vazia, poucos restaurantes abertos na rua principal, mas o suficiente para os poucos que  na rua passeiam.  Como vim viver a vida grega acordei muito cedo, pois fui dormir as 9 . Levantei, tomei um cafezinho no quarto e saí, decidi que iria hoje a uma igreja assistir cerimônia  ortodoxa do domingo.  Me arrumei, pois tudo mundo vai arrumado à igreja, não de preto , mas de vermelho.  Não que quisesse chamar atenção, mas porque meu espírito está para vermelho e Branco, São Jorge.
No caminho comprei logo meu tickete para amanhã cedo, saio 9:30 rumo a Athenas,  chegando lá às 15. Ou seja,  todo dia no barco. A moça da agência Mila,arranhou um bom dia, eles sabem vender,  eu fui a primeira cliente do dia. Dei o passaporte e ela, e ela disse _ mas esse nome é grego, _sim,é. Expliquei a história . Depois fui para igreja.
Entrei, perguntei com o olhar se podia, - sim, pode. Entro, sento.   Vai chegando gente o tempo todo. O povo chega,dá umas moedinhas, pega uma vela fina,acende, coloca na bandeja e sai a beijar  as imagens no vidro,  não são os santos são imagens  pintadas planas num vidro. Depois vou fotografar.
Todo mundo beija,aquilo me parece mais anti higiênico que a aguinha na igreja católica.  Bem,  até as crianças são carregadas a beijar.  Uma beijação  só, em todo canto e ao fundo o povo   canta como um mantra,uma ladainha mesmo.
 Uma hora eu cruzo as pernas e a moça vem me pedir para descruzar. Ok!
Fico lá tentando meditar,às 9 horas entra o patriarca com as crianças  de roupa e velas na mão e ele segurando um quadro também.  Vão para frente, continua a ladainha.  Ele fica de costas dentro da casinha .  O povo o todo tempo faz uns sinais da Cruz, eu acho. Tava demorando muito e fiquei ansiosa, aí saí. Andei,andei até um bairro colado que tem uma vista do Porto e da portada. E depois desci dei de cara com outra igreja maior ainda, entrei de novo, estava muito cheia,  queria ver algo diferente.  Ali um patriarca novo, teve uma hora que cantava de frente,e logo virava.  Caramba,  impossível ficar,mesmo querendo o brinde do final. Esperei um pouco e sai. Olhei se tinha Ônibus  para algum lugar,mas creio que não. 
Comprei um café e tô na  beira mar escrevendo.  Aqui sentada vejo todo o povo que estava na igreja passando. 
Meu plano de fazer um cruzeiro de um dia morreu, não tem isso essa época. Eu tinha pensado em ir a Delos e Míconos,mas nada feito.   Ficarei mesmo por aqui.
Reparo que depois da igreja o povo senta no café. É tudo gente daqui mesmo. 
Na Marina, tal como em Paros não tem mais barquinhos coloridos agora são lanchas de fibra,catamarãs,voadeiras.
A modernidade chegou por todo lado. Tudo se aluga, mas o barco inteiro. A água é claríssima e calmíssima. 
A vida vai devagar, tudo já está descoberto, Ulisses já mostrou ao  mundo, aos bárbaros, a sua ideia  de superioridade. Hoje ela não vale nada, mas ficou marcada no imaginário da civilização europeia, pois que sempre acham que são melhores que todos.
 A ideia de democracia ganhou fôlego todos esses séculos, talvez porque não tenhamos desenvolvido outro modelo melhor até agora.  O lugar da Grécia depois de tanto, é tão pequeno quanto a sua faixa de terra.   Subdesenvolvida e cheia de caquinhos arqueológicos, já que as grandes estátuas foram roubadas e estão no Louvre, como a Nike,  e em outros países. 
Resta pouco aqui,  mesmo depois da campanha de repatriação dos monumentos gregos. 
 Lutam para sobreviver como muitos pequenos e alguns grandes como o Brasil.
O povo é demais simpático, sou bem recebida em todos os lugares, sem falar grego.  Não são como os italianos,ou os venezianos.  Aliás, a Grécia teve durante muito tempo uma Dominação veneziana.
A história grega recente é por demais polêmica, tem questão com  a Turquia, com a Itália, Albânia,  tem território que era, que foi, que não é mais, que voltou. Ou seja, um samba doido. 
( um casal  vem falar comigo,  surpreendem que sou turista e me dão aquele papelzinho do Testemunho de Jeová, me dão em inglês e com endereços na internet. Caraca os caras são profissionais.
A produção é americana. Ou seja...
Voltando ao assunto, mas essa tal democracia, certamente não era a grega de verdade, onde se tinha escravos e a mulher  tinha um papel menor. O mundo vive  um momento  negro,  muitas mudanças , muitas revoltas  por pouco tempo, muita indignação sem ação, e uma alienação  terrível.  Líderes perversos e  despreparados, chucros,  fazendo o que o capital manda, violentado o povo.  O que ganha a humanidade  com o lucro exacerbado de alguns e pobreza de muitos?a doença e fome de milhões?
Sei que falo de um lugar privilegiado, que me permite ver também outros lados, e quero ve-los.  Tento não me alienar com o consumo, com as idéias retrógradas, preconceituosas que estão mais aparentes agora, pois que há um festival de  horrores em voga.
Parei. Chega!! Não quero me deprimir, já tomei minha sertralina hoje.
 As crianças aqui andam sozinhas a brincar pela ilha. Esse grupinho passou aqui com caniço e malinha de pescar. Lindos!
Aliás os homens gregos são muito bonitos,  pelo aplicativo tem uns verdadeiros deuses. Na rua também.  Possuem os olhos claros,cor de azeitona, o nariz acentuado mas que compõe bem. 
As mulheres têm algumas muito bonitas,elas são elegantes, se vestem bem.   Os cabelos não são muito compridos,na maioria castanho. Loiras só as da televisão. 
Algumas maduras se parecem muito com minha tia Penha.  Mais velhas com minhas outras tias e minha mãe. Não são altas. Mas são Elegantes. As roupas das lojas são bonitas, tem muito salão de beleza também e olha que to falando de ilhas não tão grandes,com pouca gente, menos de 20mil moradores.
Chama também atenção o fato de o Povo, mesmo com sol estar encasacado.
Também as casas são mais limpas, me parece.  Tudo é muito branco, se não estiver de fato limpo ferrou.  As paredes brancas e o chão branco. As roupas de cama são cheirosas.
Sai caminhando para o lado da praia de São Jorge,muitos  hotéis e restaurantes bem bonitos. A Praia é enorme e tinha um povo andando de caiaque, olhei o mapa e vi que era perto do hotel e fui tateando pela ruas numa lógica do meu GPS mental e deu certo. Fui até lá DEI um tempinho e rua, quase uma hora fui enveredando pelo labirinto da velha cidade, como numa mesquita, porque diferente de outras ilhas,   pois tem muitos túneis o que quase não tem lá em Paros,  lá é plano aqui é subida,e aqui muitos sobrados e a cidade está no morro,  não tão alto como  Santorine.  Embora lá a cidade fique no topo do morro.
Procurei o restaurante que vi ontem, do lado da boulangerie, tava fechado aí fui descendo e achei uma taberna 
Muito familiar e da terra, pedi uma  salada grega para depois pedir outro prato, pão e vinho rose. 
Comi tudo e não pedi outro prato e ainda teve sobremesa,um bolinho molhadinho com gosto de laranja.  Fiquei ali observando a mesa do lado cheia de velhinhos comendo calamares, lula.Até  que o sol saiu muito forte e resolvo sair,  fui pelo labirinto.Tentando ver se algo estava aberto. Nada, mais entrei por vielas diferentes. 
Agora tô aqui sentada de novo conversando com a escrita, é assim quando se viaja sozinho. Não é ruim,  eu gosto desse exercício, mas certas hora não ter com quem debater o que se vê é chato.Um monte de gente tomando banho nesse cantinho, a água é morna, mas eu detesto sair da água e sentir frio.
Em vários lugares por onde passei tem gente pintando, reformando, arrumando,nas luminárias são colocados plásticos para aguentar  inverno. Parece que tudo vai hibernar até abril.
 Olhando daqui tem um mal educado  no meio do portal onde é proibido, pois tem uma corda,assim como lixo no chão,não tem jeito, o bicho homem  nunca se satisfaz com o que tem. Precisa sempre de mais e até que mudemos isso , talvez a terra não suporte, não é pessimismo. É pena mesmo, é tudo tão lindo  com cores tão bonitas naturalmente, que precisam fazer ainda mais intervenções que no passado.
Fiquei por ali todo dia e ao final  andei pelo cais a ver os ba5cos de pesca que chegavam, os restaurantes vem com seus carros comprar e os rapazes manuseiam caixas de isopor branco. Tudo muito cuidadoso. 
Olhando de cima tem muito peixe.  Parado na marina  um veleiro lindo da Dinamarca de nome Pangea.
Também fotografei os últimos barquinhos de madeira.
São bonitinhos e pequenos.  Depois já era quase 5 horas, resolvi vir para o hotel e inda comprei um bolinho de laranja dos deuses.
Que delícia.
Agora são 8.20 e já tô caindo de sono. Vejo na TV um programa em grego e já vi dois filmes um em alemão com legendagem grego e um em inglês com mesma legenda. 
No jornal passou umas manifestações, mas não consegui identificar se era athenas  e também não achei nada na internet.

sábado, 16 de novembro de 2019

Meu avô parece que nasceu em Paros, mas seu nome de família é de Creta. Estamos a procura.

Os cretenses: início da civilização Grega

Creta desenvolveu-se, entre aproximadamente 2000 e 1400 a.C, uma das mais brilhantes civilizações da Antiguidade: a civilização cretense. Essa civilização tinha conhecimento da escrita, desenvolveu uma rica produção artesanal e um imenso comércio marítimo.

Os cretenses habitavam a ilha de Creta, situada no Mar  Mediterrâneo, entre a Grécia, a Ásia Menor e o Egito. Sua posição geográfica era quase um traço de união entre a Ásia, a Europa e a África. Está no sul do mar Egeu e é a segunda maior ilha do mar Mediterrâneo oriental e a quinta maior de todo aquele mar. Segundo um mito, era naquela ilha que vivia o minotauro. A capital da ilha é a cidade de Iráclio.
Estudos arqueológicos mostram que os primeiros habitantes teriam chegado à ilha por volta do ano 3000 a.C., provavelmente vindos da Ásia Menor.
A partir de 2000 a.C. já se destacavam como senhores do comércio no Mar Egeu. A expansão marítima e o consequente contato com várias civilizações desenvolvidas da época levaram os cretenses a construir uma grandiosa civilização.

Não há muitas informações sobre a história de Creta, pois a escrita minóica, que era utilizada pelo povo cretense, ainda não foi totalmente decifrada. A escrita minóica era semelhante aos hieróglifos egípcios, formada por pequenas figuras e símbolos. Apenas os relatos dos antigos gregos, de obras do século  VI e V a.C., e sobretudo as escavações arqueológicas, permitem-nos reconstruir, em parte a história desse povo e conhecer um pouco de sua cultura.
Sabe-se também, que aquela civilização construiu palácios em Cnossos, em Festos, em Maliá e em Santa Trindade – palácios cujas ruínas ainda são vistas.

Inicialmente, os cretenses praticavam uma agricultura especializada, cultivando cereais, oliveiras e vinhas, e criavam animai, mas na verdade o comércio é que era a base da economia.

Para incrementar as atividades comerciais, os cretenses desenvolveram uma diversificada produção artesanal, utilizando metais (cobre, bronze, ouro e prata), e fabricando objetos de cerâmica. E tão importantes eram os artigos de cerâmica para o comércio que os artesãos  chegaram até a ocupar posição de destaque na economia urbana e na sociedade.

A área do comércio de Creta abrangia as ilhas vizinhas do Mar Egeu, a ilha de Chipre, a Síria, de onde traziam metais para suas oficinas, e o Egito, de onde traziam marfim e perfumes. Possuíam um sistema de pesos e medidas semelhante ao dos egípcios e mesopotâmicos. Em Creta surgiu, pela primeira vez, um a civilização que tinha muito poder por dominar os mares, o que, recebeu o nome de talassocracia.

Um traço cultural importante da civilização cretense foi a religião, que se baseava sobretudo, no culto da Deusa-Mãe, uma divindade feminina que governava o Universo e representava a fecundidade. Tal crença contribuiu para  que a mulher tivesse acesso às mesmas atividades masculinas, não sofrendo discriminações ou restrições.

Provavelmente por volta do século XIV a.C., Creta foi dominada pelos aqueus, povo que invadiu a região da Grécia e estabeleceu-se na cidade de Micenas. Da união de culturas dos dois povos surgiu a civilização creto-micênica, ponto de partida para a brilhante cultura grega.

Micenas tornou-se uma importante cidade e dominou toda a região do Mediterrâneo oriental, incluindo a cidade de Troia. Essa conquista é descrita nas narrativas sobre a guerra de Troia, que teria ocorrido por volta de 1200 a.C.

Finalmente, por volta do século XII a.C., chegaram os dórios, povo guerreiro que dominou a região e arrasou as cidades forçando a dispersão dos povos que ali estavam  para áreas isoladas no território ou a fuga para as ilhas do Mar Egeu ou a costa do Ásia Menor. O domínio dos dórios levou a destruição da civilização micênica e deu origem a um novo momento na história da Grécia antiga.

Creta tornou-se um estado autônomo em 20 de março de 1898 e independente em 6 de outubro de 1908. Em 30 de maio de 1913 passou a pertencer definitivamente à Grécia
 Como referenciar: "Os cretenses: início da civilização Grega" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2019. Consultado em 17/11/2019 às 05:17. Disponível

Naxos e sua história


A portara localizada na ilhota de Palatia.

O Portara (literalmente “A porta”) é o único remanescente de um templo inacabado dedicado a Apoloconstruído no século 6 a.C. Mitologia grega diz que Theseus abandonou a princesa minóica Ariadne aqui, logo depois que ele matou o Minotauro. Então, ela foi forçada a se casar com Dionísio.

O Portara foi construído inteiramente em mármore. É o monumento e marco mais famoso de Naxos. No site, você também poderá desfrutar de uma incrível vista panorâmica da cidade de Chora, do mar e das montanhas.

comidas gregas

Souvlaki, moussaka , salada grega,  esses são alguns pratos que tenho comido,  também outros que esqueci de fotografar.Mas o campeão ê o yougurte com geléia,como toda noite.tografar

Até breve Paros parte 1

16 novembro,  arrumei tudo no hotel e saí para a última rodada antes de ir. Entrei em todas as lojinhas abertas , a meninaonde comprei minha lembrança da ilha me reconheceu, falou comigo me chamou para sentar do lado dela em frente à loja,mas  eu estava  criando memórias dos espaços não dava para sentar. FUI. Rodei  de  9:30 às 11:30 recapitulando lugares e ruas, vielas que parecen iguais. Entrei numa loja bonita hoje aberta, kalimera,  a mulher muito simpática começa a falar comigo em grego, falo que não sou grega,ela diz  vc chegou falando kalimera e suas feições são gregas, seu tipo é como daqui. Perguntei sério? Ela disse que sim, fiquei surpresa e falei a ela minha história,  e disse que ano que vem venho com a familia para vender aquimeus anéis.  Ela muito simpatica disse vem. 
 Minha conclusão todos nós humanos nos parecemos  em algum momento da vida, e conforme nosso estado de espirito mais ou menos com os lugares.  Já fui confundida com egpciana,  paquistanesa,peruana, nunca falam brasileira.  Talvez porque não termos um rosto expressivo que nos mostre e somos plurais diversos nas formas. Como dizia Darcy Ribeiro a mistura ,o moreno, um grupo  diferente. 
Digo isso tudo, pelo episódio de hoje e percebo bem que quando encontro grupos de  paquistaneses sempre me olham como se eu fosse de lá e estivesse descumprindo as regras. Aqui na Grécia, principalmente em Athenas eles são muitos, perto do hotelque fiquei , cheguei a ficar incomodada com.os olhares,voltando na segunda,já mudei de hotel,mais perto da acrópole.
O dia continua lindo, com vento,já estou no ponto do embarque. 
As novas memórias se confundem com as velhas que talvez habitem meu inconsciente, nos genes .  Dizem que sim,talvez. Andei tão tranquila por aqui em todas as ruas, como se   já conhecesse tudo. Muitos kalimera,  do Porto ao museu, novo amigo, parecia em casa, como na ilha Grande. O clima de ilha é igual.  A hora do barco chegar, o povo a espera. As senhores na igreja e todo dia depois da "missa" saem com um docinho.  Será assim em todo lugar.  Amanhã vou tentar ir a uma missa para ver. Também quero brinde  do céu, benzido pelo patriarca.
Outra memória que vai ficar é a dos gatos. Meu Deus, tem gato demais, tanto aqui quanto em Athenas.  Tanto que já  vou arrumar um para deixar na fazenda. Jáque O cachorro não ficou que fique um gato  cuidando da casa.
Esse da foto toma banho em público  e para onde você olha tem um te observando e vem miando atrás de você, pelo menos de mim. Cada um grande e de todas as cores. 
Ontem quando menos esperava Vassilis apareceu no meu hotel,  antes disse que mandaria email, mas não,foi logo lá.  Todo mundo o conhece. Aí queria levar vinho para tomar lá com alguma comida.  Cortei logo, vamos aum café ja que seu tempo é pequeno cono tinha me dito.
 Então de carro fomos um café e lá conversamos  o tempo antes dele ir para casa. Sua esposa estava esperando e os filhos também 2 filhos.  Combinamos dele pesquisar e me escrever. Uma boa pessoa, moraem Pounda,um lugar mais interior da ilha 3 km daqui,  ou seja, muito  perto para os nossos  padrões de espaço.  Mora  numa área rural que o pai lhe deixou pois gosta de jardins e bichos.  Muito simpático,depois do café me deixou no hotel.
Vou almoçar quando chegar a Naxos,  e falarei das comidas.
Eu e Vassilis

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Os filósofos e o semideus

Dia 15 novembro

Último dia em Paros, amanhã vou para Naxos às 13:40h, meio do dia, num outro barco local, 5 euros a menos e mesmo tempo de viagem.
Tentei escrever mas às 9 já tô morta de sono.
Minha proposta hoje é ir nas montanhas, uma nova vila, optei por essa, para ver a diferença se é que tem.
Pelo jeito tudo é muito parecido por aqui, pequenos vilarejos onde a atração é a Praia e essa beleza local, de fato não precisa mais. Alta temporada é diferente deve ter todo povo na rua e na balada, como a Ilha Grande mesmo. Agora tudo fechado. É interessante, porque se vive agora com o que se trabalhou no verão de abril a outubro. O resto dos meses se iberna.
Bom também pois não se tem  todo custo com funcionário e as contas de luz reduzem. Acho que no Brasil da para fazer isso. Tem vezes que a pousada fica às moscas e tem que se pagar funcionários e tudo mais.
Poderia fazer uma prática de feriados, e fins de semana por exemplo dando conta de gerenciar o livro de reservas. Meu irmão tinha que ver isso.
Sinto-me bem aqui, mas sozinha é tudo diverso, minha ansiedade não me faz parar, que droga. Preciso aprender a contemplar mais, já falei isso. Mas agora indo para o fim tô elétrica mesmo com toda a calma que há por aqui.
Aqui o povo senta num cafévai conversando cedo a vida passar devagar. O mundo já está descoberto, para que preocupação.
Mas sei que isso tem a ver com o interior de cada um. Trabalhei tanto nos últimos tempos e mesmo aqui que parar e ficar ao sol não dá para muito tempo. 
A beleza extasia, na cidade da montanha a arquitetura é a mesma e lá em cima se vê o mar
Saí vestida de bandeira da Grécia hoje, encontrei as meninas da escola no alto da igreja de kasto,  o mesmo nome da cidadela do caminho. As meninas todas de 12 anos, estavam em horário vago na escola, peço para fazerem minha foto de corpo inteiro, tô cansada de self.  Elas fizeram e  continuamos a conversar. Depois Me adicionaram no Instagran.
Muito gostoso.Algumas mais tímidas, lembraram eu e Lu quando conhecemos Nicolas Kouluris,nosso amigo grego que  nunca mais deu News.
Deixei as meninas e peguei o ônibus para a montanha. Uma vila pacata que também hoje não tinha gente. Só consegui ver pessoas numa praça onde tem uns cafés e padaria e uma lojinha.  Entrei na padaria com jeito de boulangerie, escolhi duas coisinhas, passavam de 10 horas uma coisa parecia uma esfira aberta mas patamimnem era doce, nem salgado e o outro tipo um biscoito  de amêndoa que tinha na Itália , pouco doce, como os dois, aí depois de ver tudo peguei o ônibus e voltei, chegando tomei o circular de graça que sobe até a prefeitura e passa na rua de trás.  Aproveitei e parei no Museu pois Vassilis tinha mandado email pedindo para eu ir às 11.
Cheguei lá e ele me mostrou o tanto de ligações que fez para Creta etc, tentando achar meu avô, sem muito sucesso.  Já que ele achou o nome mas de Constantinoe não Jorge. Na hora ele teve que sair para fotografar uma igreja que tá sendo restaurada e eles descobriram uns escritos pré período bizantino.
Por falar nisso, tem muita igreja,assim como em Minas tem aquelas micro capelinha, aqui também tem. 
As mulheres  talvez já viúvas vestem preto e cabo a rabo. Algumas como  uma do meu lado no ônibus se benzia toda vez que via uma. Tem muito velho e também bastante criança, que ficam soltas, andando de skate na praça indo para escola sozinhas. Afinal é um vilarejo.Muita adolescente  também.
Depois de ir  com VASSILIS a igreja, fomos  na linda vista para ele me explicar o que ia fazer.  Chamei para um café, mas não podia pela hora do trabalho e mas tarde deve ter algum impedimento. Ficou deme dizet se podia as 18 horas por email , não tem smartphone fine, nem dar zap, nem email pessoal. Ou seja desconectado.
Acho que tá preocupado pois deve ser casado. Agradeci a atenção e esforço dispensado na procura dos registros. FUI.
 RODEI ainda agora com lojas abertas, mas não tem quase nada e o que tem é muito caro.  FUI almoçar e depois voltei a boulangerie aqui de Parikia e  gulosa comprei 3 docinhos daqueles com Mel, formato arabe. Jesus cristo.  Preciso de controle. Muito bom os doces.
Tenho tantas impressões que fica difícil de refletir sobre elas. Talvez precise distanciar para ver.
Saí andando pela praia descalça, a água não é fria, a do chuveiri ê mais, fui até o final, encontrei um semideus   pegando o resto do sol do dia.   Enfim fechando Paros com um lindo por de sol de colocar inveja a qualquer lugar do mundo.  Fico pensando nos filósofos,com isso tudo aqui e mais um tanto, realmente é para parar e pensar o que é e o que significa existir? para onde? para que? por que ?
Tão lindo que nem sei.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

O sol saiu, e o céu está azul

Dia 14, quero o tempo devagar para  demorar a sair daqui, quero voltar, meus olhos se enchem da beleza local agora sem o vento da água as pedras ficaram lavadas, o branco das casas parece ainda mais branco dentro desse céu azul
 Vim andando  do hotel até o Centro , não ê longe como da praia do canto até a igreja  na ilha  grande ,ou menos.   Nesse trajeto fotografei os barcos e o grupo de homens remenddndi sua rede. Kalimera,  me olham estranhando uma turista nessa época. 

O mar parece uma lagoa tão calmo e azul, transparente a água deixa ver o fundo e os peixinhos.

 Tô sentada em frente ao museu do lado de uma escola.  Barulheira de crianças, aguardo  Vassilis que  pediu para eu esperar  que vai comigo  aguardo e ele vem me trazer uma almofada para por  sobre o mármore gelado, pois pediu mais 20 minutos .Rodei já por todo canto, os turísticos e os não turísticos.  Tem muito velho sentado tomando  café, muitas mulheres que saem da igreja comendo um pão ou bolo , muitas vestem preto completamente, algumas cobrem os cabelos. 




Ontem a chuva foi demais,molhou toda minha roupa,que espero que seque.Visto short com meia, pois de raiva  vou vestir tudo que trouxe.  Carmem me escreveu de Edimburgo perguntando onde eu estava e não paro de receber convites por todo lado. Outros que também querem ir para o Brasil.
 Ainda ontem quando estava indo em direção ao hotel um senhor no carro escrito o nome do hotel me ofereceu a carona, estaca me esperando no caminho, pois  sabia que eu passaria ali, foi ótimo.
Aqui não tem tantas lojas de  coisinhas como em  athenas,e com o eu esperava souvenir é caro,afinal é uma ilha,  entretanto  cada esquina que viro me encanto com a beleza,  também não vejo imigrantes como em Athenas e Paris. Em Atenas me surpreendi  com a quantidade de  paquistaneses, é o que me parecem.  Muitos principalmente perto do hotel que fiquei que é uma transversal a uma rua de muitos hotéis perto de Omonia. Quando voltar já reservei outro, que me pareceu o que fiquei com meus país em 2003, mais perto  do metrô acrópole.
Dois alunos fugindo pela grade rompida da escola. 
Depois mais dois, meninos e meninas, muito bonitos.
O sol tá esquentando, a tarde vou a Noussa, de ônibus uma praia  do outro lado da ilha.
 


É muito encanto-Paros

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Encontrando Paros

Museu de arqueologia,  pago entrada falo que meu avô era de Paros, mostro a foto dos documentos, ficam encantados 2 homens Vassialis e Dimitris,  Vassilis fala para eu ir amanhã as 10 h, que vai descobrir minha famiia. O avô dele nasceu em 1904, ou seja,  as famílias  já estavam aqui e certamente se conheciam, pois se não é grande hoje imagino em 1902.  Embora meu avô tenha  saído daqui nessa época.
Percorro as ruas numa só alegria,   tudo tão lindo, que nem a torrencial chuva me   impede. As pernas da calça completamente molhada na barra,  frio não está,uso apenas uma  blusinha  de manguinha  por baixo do meu casaco azul como das  cúpulas das igrejas.
Sinto-me em casa ,  quero vir morar aqui no verão, ou depois dele, essa época, tudo vazio. Poucas lojas abertas, sem frio mas com  a vida local.   São muitas ruelas  caiadas com suas flores.Certamente   com o sol e o céu azul deve ficar mais lindo.   Saí do museu e fui em direcção ao porto, mas não consegui pois o vento forte  me empurrava,  bom sinal,  pois pode espantar a chuva e trazer de novo o sol.  
Entro no primeiro restaurante que vejo. Povo da terra , não é beira mar.  Olho dentro e tem um belo grego jovem e mais umas pessoas na grelha  e as comidas sendo prontas,peço uma salada grega e um kebab, vem a salada da foto, depois um sanduíche de pão pita com a carne, tipo uma kafta dentro com molho, batata frita.
Olho acho gigante ,mas como inteiro.   Terei que dar mais mil voltas na cidade para gastar.  MAS  a noite será só iogurte.
O VENTO  continua, esfria um pouco,mas a chuva parou.  Pelo menos não vai quebrar o guarda chuva da Maria,dona do que b& b.   Na verdade é um hotel, dentro do meu quarto tem um kit daqueles com geladeira, fogão e pia.  Comprarei coisas para o café da manhã e o jantar.
 Vi as passagens para sair da ilha.  
Maria  me falou o que conhecer e disse que tem ônibus para todos os lados do lado do Porto. Também disse que dá para ir de bike. 
Senti uma emoção quando aqui aportei.   Quero muito trazer  minha mãe, meu pai e quem sabe minhas tias. Não é difícil vir.
 O grego é muito simpático e hospitalidade é marca do passado, que tentam conservar.
 Turista quase não temnessa época, muitas lojas já fecharam e só reabrem em abril.
 Ainda sentada no restaurante,  me preparo para o ventio ,que também veio me dar boas vindas. 
Saio  andando pelas ruas do meio, entro na rua da praia, um supermercado, eu entro compro leite, café, yogurte, geleia, torradas e manteiga. Garanto meu café da manhã.  O quarto é agradável e bem limpo, quentinho. Paro um pouco e troco a calça por uma leu, para não mais ficar molhada, descanso um pouco. Me levantei muito cedo, o vento sopra lá fora com.muita força. Tem um que de ilha Grande isso aqui. Agora entendo meu avô parar lá e ficar. 


terça-feira, 12 de novembro de 2019

Atenas mais um dia

Acordei cedo, mas não saí, fui encontrar Eliseu, e passava de 10 quando fomos andando até Sintagma para pegar o tain e ir até a Praia. Rodamos, dos anos  comprei meu tickete para Paros e entao conseguimos achar  , mas o bonde , vlt, não chegava onde íamos pegar  acabamos pegando ônibus até o final  Voulos  seguindo pela praia. Bela imagem como uma zona sul do Rio. Prédios bonitos ruas bonitas bem diferente de alguns pontos  do centro.  Ficamos contemplando o mar com pé nas pedrinhas tão coloridas que resolvi colocar  muitas na minha garrafa d'água.
Vou  dar pedrinhas coloridas para yodo mundo e completa minha coleção.
Depois andamos,andamos toda a cidade,   por todos os cantos. Descobrimos hoje cantos bem mais requintados e bonitos. Ruas com grandes magazines, e  as mesmas lojas de toda Europa. Não só as de souveniers.  Lojas onde o povo compra.  Aqui também tem muita loja de baixo custo.  Parecem coleções antigas de outras lojas que  vem para essas lojas com preços indescritíveis.
Também  artigos de  maquiagem,  shampoo etc são bem baratos, já vi que vou fazer a festa. Qdo voltar das ilhas.
 Um mosquito me mordeu e por ironia meu antialérgico eu dei para  Movita. Tive que comprar outro.
 Que  saco essa alergia mosquito europeu. Ninguém merece.
Passei na  academia de filosofia e deixei o novo museu para a volta.  Amanhã  escrevo mais, serão 4 horas de mar.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Cheguei me sentindo muito bem

Se tem algo que  devemos sempre agradecer é a vontade dos Deuses, eles podem até ser cruéis vez por outra  mas agem de forma a que as linhas tortas se transformem em coisas muito  legais quando sabemos ver.
Cheguei a Athenas depois de todo o processo de esquecimento do que foi a deportação.  Sejamos como os gregos dramáticos, pois foi isso que aconteceu. Decidi  que viria  e vim. Receosa com aeroporto mas tudo bem.  Nem bem dormi a noite e  já tive que levantar num voo cedo pra burro.  Faz parte. Taxi  em Paris e vamos lá.  Ótimo vôo  e chegamos.  Na hora de saltar começa  uma música  da Vanessa da Mata, "é só isso ,não tem mais jeito acabou, boa sorte",  fiquei tão alegre com o bom agouro e descobri que atrás de mim um menino brasileiro,Elias,  que veio fotografar , de férias para suas páginas de Instagram. Contou-me sua história e ficamos amigos, viemos juntos para o centro,  e nossos hotéis são quase do lado. Ou seja  fechou, andamos juntos todo resto do dia, fomos a acrópole,almoçamos juntos.
 Ótima  companhia que adorou a Grécia e  se encanta  com a beleza dos homens gregos. Legal curtir junto com alguém falando a mesma língua. salada gregamoussaka
Depois da barriga muito cheia subimos a acrópole.

domingo, 10 de novembro de 2019

Todos os caminhos passam por Paris

Domingo 10 de novembro
De novo no trem rumo a Paris meu Porto de chegada e partida da aventura.
Trem interessante, caro, não entendo por que o trem se tornou tão caro sendo um meio de transporte mais limpo que o ônibus. Antes se andava tudo de trem,agora os preços ficaram impraticáveis e alguns ainda tem limite de bagagem.
Chove e faz frio,4 , 5 graus, só dentro de algum lugar para ficar bem. Realmente o frio excessivo não é minha praia.
Chego em  Paris às 13h venho para casa da Amélia, Movita  me espera para almoçar. Fico a tarde toda  no computador e são quase 10 e  ninguém chega.  Preciso imprimir o tickete e marcar  um uber. Vôo complicado as 6.35 da manhã, sem transporte público.
Estou  com tanto sono que nem ver filme consigo.  Andei com Linu um pouco e parece que ele tem fome,  daqui a pouco  elas chegam.
Não sei de onde vem tanto sono, tanta preguiça e  vontade de dormir.  Fiz foto no trem, e nada mais a contar. O frio esmorece a gente.