09\01\2011 Porto – Portugal
Finalmente... Chegamos ao Porto. Chegamos ontem as 11 h da manhã depois de uma viagem braba de trem de Salamanca para cá. Saímos de Salamanca as 4:30 da madrugada, passamos em Coimbra onde saltamos, pois o trem ía para Lisboa, e pegamos o comboio para cá. O tempo não era bom, chovia fino e tudo estava nublado. Saímos da estação de campanha e fomos para a estação São Bento que fica no centro do Porto. Lá checamos onde era a rua do hostel que eu tinha visto na internet, O andarilho , Rua da firmeza, só que eu não peguei o número, e a rua é a maior ladeira. Tudo bem, pelo mapa fomos pela rua Sá da bandeira direto e lá no alto viramos a esquerda para a nossa rua ,mais uma ladeira a pé com toda bagagem. Burrice pura a nossa, não sei porque não pegamos logo um táxi. As vezes a gente se acha intocável, e sofre por causa disso. Compra-se coisas e traz-se peso e depois haja braços e pernas para aguentar.
Bem, depois de procurar encontramos e subimos as escadas, um casarão antigo de esquina, todo transado, a sala de convivência é um lounge com coisas bem legais e ultra modernas, tirei fotos.
Arrumamos as coisas e depois saímos para comer e bundear, almoçamos um bacalhau num restaurante chamado Estrela do oriente, bem tradicional e gostoso, derrubamos uma garrafa de vinho e a chuva caia sem parar. Depois de devidamente alimentadas, deixamos a Julia, que foi dormir e caímos no mundo. Saímos andando pelo alto e cada caminho dava num espaço, sítio diferente, com igrejas mil, com sobrados com azulejos e toda uma arquitetura muito bonitinha, portuguesa com certeza.
Chegamos a Igreja do Carmo, com toda parede externa de azulejo, aquele painel azul decorado, fiz fotos interessantíssimas , aí começa a chover de novo, passa então um bondinho como o lá de Santa Teresa, entramos no bonde e vamos onde ele nos levar. Vai andando até o passeio alegre, metade do caminho, lá saltamos, e pegamos outro bonde que vai até o infante e depois volta ao passeio alegre no final. Ao lado do Rio Douro, todo aquele passeio , de longe víamos a foz do rio, com o mar batendo nas rochas. A cidade é um encanto. Saltamos no infante e viemos subindo passando pela estação São bento, entramos em todas as igrejas em quase todas havia missa e muita gente assistindo, olhamos cada uma e sua arquitetura, assim como a arquitetura dos sobrados.
Subimos a Sá de bandeira de novo e chegamos ao hostel, mortas, mas felizes, andamos a tarde toda, no fim da tarde a chuva já havia passado e estava agradável, não muito frio. Subimos para o quarto tomamos banho e saímos para comer algo no shopping que tem na rua do lado. Comemos e viemos embora dormir, eu que não tinha dormido a noite anterior enfim estava na cama depois de colocar as fotos no blog. Chovia muito a noite não dava para ficar na rua.
Hoje domingo, acordamos cedo, fizemos o pequeno almoço e saímos , o dia estava maravilhoso, um céu azul divino, sem chuva ou qualquer nuvem, como aqueles dias secos de inverno no Rio de Janeiro, uma luminosidade e com menos frio. Nós saímos andando para cima, pela Sá de Bandeira e viramos na Gonçalo... aí caímos na Praça da República, Igreja da Lapa, Lapa e fomos descendo a Rua Boavista, uma rua enorme, que creio deve ligar vários bairros, no meio dela tem uma praça com uma estatua e do lado a casa da música um prédio ultra-moderno com design arrojado e no alto, no terraço uma parede de vidro para ver a cidade, todavia as paredes internas desse espaço são decoradas com azulejo azul formando aqueles desenhos. Muito bonito, a mistura da tradição e da pós-modernidade do edifício. Embaixo as crianças ficam andando de patins e skate, lembrei-me que tenho que voltar a andar de patins para acompanhar a Alice.
Continuamos pela rua Boavista que nunca terminava, parece que ela entra em outros bairros, bairros novos com construções novas e comércio requintado, andamos até chegar o cruzamento que dava para o museu de arte contemporânea, um lindo parque num bairro muito chique, acho que é a fundação Serralves , um museu privado que estava bem cheio com uma exposição sobre arte marginal. Hoje era de graça. Ficamos um tempão a ver a exposição e depois fomos em busca do rio.
Queríamos passear junto ao rio e comer por lá. Só que andamos muito, muito, muito e não chegávamos, aí desviamos o caminho e fomos descobrindo coisas, passamos por conjuntos habitacionais, prédios pequenos que parecem de classe média, aí chegamos ao rio, finalmente. Nesse bairro parece que há um certo contraste entre as mansões ao lado do museu e o conjunto habitacional.
Estava um dia lindo demais, o rio, o azul do céu, no lugar de observar os pássaros. Tomamos então um ônibus, o 500, e fomos para a Ribeira a beira do Douro; no lugar muitos restaurantes a beira rio. Sentamos, comemos, pataniscas com arroz de feijão, e bacalhau na nata, tomamos vinho e ao sair fomos caminhar, tomar o funicular e andar sobre a ponte Luis I, ponte feita por Auguste Eifel, o mesmo da torre de Paris.
Enquanto escrevo aqui, agora no hostel, no quarto, Julia e Lucilene ficam me sacaneando deitadas na mesma cama. Por causa do frio estão dormindo juntas é bonito vê-las juntas, creio que com o tempo ficarão mais próximas e amigas. A menina é muito carinhosa com a mãe que não parece muito de paparicar ou ficar fazendo carinhos. As vezes rola um arranca rabo com a menina sendo um pouco agressiva com a mãe, que no entanto, não fala muito, mas lhe faz todas as vontades de consumo.
Conversamos bastante Lucilene e eu. Falamos de literatura , de viagens etc. Ela lembra do namorado \marido que ficou em São Paulo, fala muito de suas viagens anteriores e seu relacionamento com um francês . É uma pessoa muito vivida , com muitas histórias para contar, teve muitas experiências, principalmente em viagens .
Foi legal viajar com elas . Viagem em grupo é sempre exercício de tolerância e as vezes de Let it be. Não tivemos problemas até agora, as vezes ficamos um pouco de saco cheio com questões adolescentes, mas no geral a menina não parece muito curiosa, gosta mais de lojas e compras do que de museus e arquitetura. Chamo atenção dela para as boas fotos que pode fazer com sua câmera especial. Acho que com o tempo ela vai aprender as possibilidades que tem e a sorte também. Adolescência as vezes é fase do narcisismo, mas vê-se que coisas mal resolvidas as vezes destoam da paisagem que se pretende uniforme .
Mas voltando ao Porto. Atravessamos a ponte de trem, na volta e saltamos no metrô e viemos andando até o hostel, comemos sanduíches de coisas que compramos no mercado e aqui estou a escrever.
7\1\2011- Salamanca
São 2 h da manhã, pegaremos o trem para Coimbra\Porto daqui a 2 horas; Estamos no hostel de Salamanca e eu não consigo dormir. Deitei as 11 relaxei um pouco mas não consigo mais. Levantei e resolvi escrever. Odeio quando isso ocorre. Pode ser ansiedade, medo de perder o trem, sei lá que M é essa. Milhões de pensamentos vem a minha mente. Os presentes, o cara do ônibus, tudo que aconteceu, todas as preocupações do Brasil. Tudo que se torna gigante nesse momento onde todos dormem e eu fico acordada.
Salamanca é linda, mas pouco curtimos de verdade a cidade, seus monumentos. Andamos num tipo trenzinho, vimos os pontos turísticos e depois a Júlia conseguiu, de certa forma , nos desviar para as compras. Ficamos rodando a cidade toda até chegar a estação do trem e decidirmos ir nessa madrugada de trem para Portugal.
Lucilene tem dia para voltar a Paris, dia 10, logo temos que ir . Eu teria ficado, mas combinei e não quero ser chata e quebrar o combinado no meio do caminho. Vamos juntas até o Porto.
Nessas paragens o transporte para o outro lado da fronteira não é muito bom. Só tem um trem, esse que vamos pegar e que passa as 4:30, ônibus não há e carro não alugam se não for deixar aqui mesmo. Como Lucilene não dirige para poder voltar com o carro para cá fomos obrigadas a pegar o trem da madruga .
Estou ansiosa com o fim da viagem, um pouco cansada dessa semana corrida em que saímos na 4ª feira de Paris e hoje sábado já chegaremos ao Porto tendo passado por 2 cidades gracinhas, Donastia san sebastian e Salamanca. Aqui em Salamanca gostaria de ficar mais um pouco. A cidade é barata e segura, porte médio, vive em torno da universidade, não tem indústrias, ou melhor ,a industria é a do turismo, só que não sei se os habitantes tem essa consciência . As pessoas são simpáticas ao dar informações , não temos medo de andar na rua. Tem muitos jovens por causa da universidade que é uma das mais antigas da europa. Toda cidade é feita de uma pedra clara que ao sol brilha como ouro. A catedral barroca monumental com suas torres imponentes ao despontar na azul do céu , que mesmo com o frio insiste em ter momentos de luz intensa. Hoje choveu por vários momentos mas isso não impediu que andássemos bastante por todo lugar,esmiuçando a cidade velha e nova, bairros medievais nas ruelas do centro e a cidade maior em torno da estação e da gran via.
Visitamos o convento e igreja de San Esteban , lindíssimos que forma com outros conventos e a faculdade e os seminários o corpo arquitetônico muito lindo e reluzente .
Como toda cidade medieval tem poucas árvores e as que tem são secas por causa do inverno. Aqui na Espanha os horários são interessantes, levantamos tarde porque o inverno é forte e quando saímos já são 10 horas da manhã. Ao meio dia almoçamos e é hora da sesta( dúvida se s ou c) que vai até 4:30 da tarde. Depois dessa hora todo comercio funciona até as 8 da noite e todo povo com as rebaixas de preço vai para rua aproveitar as liquidações de inverno.Realmente uma loucura os preços das coisas,mesmo em euro da para fazer a festa e comprar.
Almoçamos hoje nas ruas de Salamanca um menu completo, com paella e prato principal com carne de veado e batata e ainda sobremesa ,muito gostosa, um doce local como uma espécie de profiteroles com caldo de chocolate por cima. A noite, essa de hoje, fomos a uma cafeteria que como as brasserias francesas só que com tortilhas,tapas, bocaditos. As comidas aprecem aquelas dos botecos do Rio, e ficam ali expostas para o freguês escolher sem cerimônia, aliás as coisas são muito self service. Parece que os espanhóis passam sempre por esses cafés depois do trabalho, antes de voltarem para casa. Eles chegam, tomam um cerveja, comem um tapa e se vão. É uma coisa até familiar, homens, crianças mulheres, bem interessante de ver. As cafeterias ficam cheias de gente e é uma barulheira. Presenciamos isso umas 2 vezes. Quando anteontem dia 6 chegamos a Salamanca, e era feriado, dia de reis, e hoje é dia 7.
Chegamos aqui dia 6 a noite, viemos de trem e a estação estava lotada de gente, em torno dela há um shopping com carrefour e outras lojas. Saltamos do trem tomamos um taxi até o hostel que eu havia anotado e que fica atrás do seminário Calatravas e do lado de San Estebam, ou seja, dentro do centro histórico, muito bem localizado. Todavia ficamos num quarto separado fora do hostel, numa rua ao lado. O que foi bom,um quarto só para nós com banheiro mas sem café da manhã. O cara da recepção foi com minha cara e fez ainda abatimento no preço, ou seja 15 euros por pessoas, pechincha, próximos de tudo, da gran via, da plaza maior, dos monumentos. Depois de chegarmos fomos para a rua almoçar e jantar. Comemos num restaurante típico e tomamos uma garrafa de vinho . Comemos sépia na plancha de entrada e carne de vaca com batata assada e pão. E ainda “compartimos” uma sobremesa com chocolate e sorvete de tangerina. Acho que vou chegar rolando ao Brasil. Depois da janta fomos caminhar e reconhecer a cidade, eram umas 10 da noite. A plaza maior ainda estava com a árvore de natal toda linda, azul.
Hoje dia 7 andamos pela cidade de carrinho turístico e achamos um locutório , liguei para casa. falei com todos. Eu estava achando que hoje era 5ª feira mas já é sexta, me perdi no tempo. Falta só 11 dias para o fim de minha jornada européia, não sei onde vou ao certo,O porto, talvez Santiago de Compostela antes de Lisboa e Sevilha talvez fique para a próxima vez , vou amadurecer o João Cabral para depois aportar por aqui, vou ficando com o Fernando Pessoa por enquanto.
Finalmente... Chegamos ao Porto. Chegamos ontem as 11 h da manhã depois de uma viagem braba de trem de Salamanca para cá. Saímos de Salamanca as 4:30 da madrugada, passamos em Coimbra onde saltamos, pois o trem ía para Lisboa, e pegamos o comboio para cá. O tempo não era bom, chovia fino e tudo estava nublado. Saímos da estação de campanha e fomos para a estação São Bento que fica no centro do Porto. Lá checamos onde era a rua do hostel que eu tinha visto na internet, O andarilho , Rua da firmeza, só que eu não peguei o número, e a rua é a maior ladeira. Tudo bem, pelo mapa fomos pela rua Sá da bandeira direto e lá no alto viramos a esquerda para a nossa rua ,mais uma ladeira a pé com toda bagagem. Burrice pura a nossa, não sei porque não pegamos logo um táxi. As vezes a gente se acha intocável, e sofre por causa disso. Compra-se coisas e traz-se peso e depois haja braços e pernas para aguentar.
Bem, depois de procurar encontramos e subimos as escadas, um casarão antigo de esquina, todo transado, a sala de convivência é um lounge com coisas bem legais e ultra modernas, tirei fotos.
Arrumamos as coisas e depois saímos para comer e bundear, almoçamos um bacalhau num restaurante chamado Estrela do oriente, bem tradicional e gostoso, derrubamos uma garrafa de vinho e a chuva caia sem parar. Depois de devidamente alimentadas, deixamos a Julia, que foi dormir e caímos no mundo. Saímos andando pelo alto e cada caminho dava num espaço, sítio diferente, com igrejas mil, com sobrados com azulejos e toda uma arquitetura muito bonitinha, portuguesa com certeza.
Chegamos a Igreja do Carmo, com toda parede externa de azulejo, aquele painel azul decorado, fiz fotos interessantíssimas , aí começa a chover de novo, passa então um bondinho como o lá de Santa Teresa, entramos no bonde e vamos onde ele nos levar. Vai andando até o passeio alegre, metade do caminho, lá saltamos, e pegamos outro bonde que vai até o infante e depois volta ao passeio alegre no final. Ao lado do Rio Douro, todo aquele passeio , de longe víamos a foz do rio, com o mar batendo nas rochas. A cidade é um encanto. Saltamos no infante e viemos subindo passando pela estação São bento, entramos em todas as igrejas em quase todas havia missa e muita gente assistindo, olhamos cada uma e sua arquitetura, assim como a arquitetura dos sobrados.
Subimos a Sá de bandeira de novo e chegamos ao hostel, mortas, mas felizes, andamos a tarde toda, no fim da tarde a chuva já havia passado e estava agradável, não muito frio. Subimos para o quarto tomamos banho e saímos para comer algo no shopping que tem na rua do lado. Comemos e viemos embora dormir, eu que não tinha dormido a noite anterior enfim estava na cama depois de colocar as fotos no blog. Chovia muito a noite não dava para ficar na rua.
Hoje domingo, acordamos cedo, fizemos o pequeno almoço e saímos , o dia estava maravilhoso, um céu azul divino, sem chuva ou qualquer nuvem, como aqueles dias secos de inverno no Rio de Janeiro, uma luminosidade e com menos frio. Nós saímos andando para cima, pela Sá de Bandeira e viramos na Gonçalo... aí caímos na Praça da República, Igreja da Lapa, Lapa e fomos descendo a Rua Boavista, uma rua enorme, que creio deve ligar vários bairros, no meio dela tem uma praça com uma estatua e do lado a casa da música um prédio ultra-moderno com design arrojado e no alto, no terraço uma parede de vidro para ver a cidade, todavia as paredes internas desse espaço são decoradas com azulejo azul formando aqueles desenhos. Muito bonito, a mistura da tradição e da pós-modernidade do edifício. Embaixo as crianças ficam andando de patins e skate, lembrei-me que tenho que voltar a andar de patins para acompanhar a Alice.
Continuamos pela rua Boavista que nunca terminava, parece que ela entra em outros bairros, bairros novos com construções novas e comércio requintado, andamos até chegar o cruzamento que dava para o museu de arte contemporânea, um lindo parque num bairro muito chique, acho que é a fundação Serralves , um museu privado que estava bem cheio com uma exposição sobre arte marginal. Hoje era de graça. Ficamos um tempão a ver a exposição e depois fomos em busca do rio.
Queríamos passear junto ao rio e comer por lá. Só que andamos muito, muito, muito e não chegávamos, aí desviamos o caminho e fomos descobrindo coisas, passamos por conjuntos habitacionais, prédios pequenos que parecem de classe média, aí chegamos ao rio, finalmente. Nesse bairro parece que há um certo contraste entre as mansões ao lado do museu e o conjunto habitacional.
Estava um dia lindo demais, o rio, o azul do céu, no lugar de observar os pássaros. Tomamos então um ônibus, o 500, e fomos para a Ribeira a beira do Douro; no lugar muitos restaurantes a beira rio. Sentamos, comemos, pataniscas com arroz de feijão, e bacalhau na nata, tomamos vinho e ao sair fomos caminhar, tomar o funicular e andar sobre a ponte Luis I, ponte feita por Auguste Eifel, o mesmo da torre de Paris.
Enquanto escrevo aqui, agora no hostel, no quarto, Julia e Lucilene ficam me sacaneando deitadas na mesma cama. Por causa do frio estão dormindo juntas é bonito vê-las juntas, creio que com o tempo ficarão mais próximas e amigas. A menina é muito carinhosa com a mãe que não parece muito de paparicar ou ficar fazendo carinhos. As vezes rola um arranca rabo com a menina sendo um pouco agressiva com a mãe, que no entanto, não fala muito, mas lhe faz todas as vontades de consumo.
Conversamos bastante Lucilene e eu. Falamos de literatura , de viagens etc. Ela lembra do namorado \marido que ficou em São Paulo, fala muito de suas viagens anteriores e seu relacionamento com um francês . É uma pessoa muito vivida , com muitas histórias para contar, teve muitas experiências, principalmente em viagens .
Foi legal viajar com elas . Viagem em grupo é sempre exercício de tolerância e as vezes de Let it be. Não tivemos problemas até agora, as vezes ficamos um pouco de saco cheio com questões adolescentes, mas no geral a menina não parece muito curiosa, gosta mais de lojas e compras do que de museus e arquitetura. Chamo atenção dela para as boas fotos que pode fazer com sua câmera especial. Acho que com o tempo ela vai aprender as possibilidades que tem e a sorte também. Adolescência as vezes é fase do narcisismo, mas vê-se que coisas mal resolvidas as vezes destoam da paisagem que se pretende uniforme .
Mas voltando ao Porto. Atravessamos a ponte de trem, na volta e saltamos no metrô e viemos andando até o hostel, comemos sanduíches de coisas que compramos no mercado e aqui estou a escrever.
7\1\2011- Salamanca
São 2 h da manhã, pegaremos o trem para Coimbra\Porto daqui a 2 horas; Estamos no hostel de Salamanca e eu não consigo dormir. Deitei as 11 relaxei um pouco mas não consigo mais. Levantei e resolvi escrever. Odeio quando isso ocorre. Pode ser ansiedade, medo de perder o trem, sei lá que M é essa. Milhões de pensamentos vem a minha mente. Os presentes, o cara do ônibus, tudo que aconteceu, todas as preocupações do Brasil. Tudo que se torna gigante nesse momento onde todos dormem e eu fico acordada.
Salamanca é linda, mas pouco curtimos de verdade a cidade, seus monumentos. Andamos num tipo trenzinho, vimos os pontos turísticos e depois a Júlia conseguiu, de certa forma , nos desviar para as compras. Ficamos rodando a cidade toda até chegar a estação do trem e decidirmos ir nessa madrugada de trem para Portugal.
Lucilene tem dia para voltar a Paris, dia 10, logo temos que ir . Eu teria ficado, mas combinei e não quero ser chata e quebrar o combinado no meio do caminho. Vamos juntas até o Porto.
Nessas paragens o transporte para o outro lado da fronteira não é muito bom. Só tem um trem, esse que vamos pegar e que passa as 4:30, ônibus não há e carro não alugam se não for deixar aqui mesmo. Como Lucilene não dirige para poder voltar com o carro para cá fomos obrigadas a pegar o trem da madruga .
Estou ansiosa com o fim da viagem, um pouco cansada dessa semana corrida em que saímos na 4ª feira de Paris e hoje sábado já chegaremos ao Porto tendo passado por 2 cidades gracinhas, Donastia san sebastian e Salamanca. Aqui em Salamanca gostaria de ficar mais um pouco. A cidade é barata e segura, porte médio, vive em torno da universidade, não tem indústrias, ou melhor ,a industria é a do turismo, só que não sei se os habitantes tem essa consciência . As pessoas são simpáticas ao dar informações , não temos medo de andar na rua. Tem muitos jovens por causa da universidade que é uma das mais antigas da europa. Toda cidade é feita de uma pedra clara que ao sol brilha como ouro. A catedral barroca monumental com suas torres imponentes ao despontar na azul do céu , que mesmo com o frio insiste em ter momentos de luz intensa. Hoje choveu por vários momentos mas isso não impediu que andássemos bastante por todo lugar,esmiuçando a cidade velha e nova, bairros medievais nas ruelas do centro e a cidade maior em torno da estação e da gran via.
Visitamos o convento e igreja de San Esteban , lindíssimos que forma com outros conventos e a faculdade e os seminários o corpo arquitetônico muito lindo e reluzente .
Como toda cidade medieval tem poucas árvores e as que tem são secas por causa do inverno. Aqui na Espanha os horários são interessantes, levantamos tarde porque o inverno é forte e quando saímos já são 10 horas da manhã. Ao meio dia almoçamos e é hora da sesta( dúvida se s ou c) que vai até 4:30 da tarde. Depois dessa hora todo comercio funciona até as 8 da noite e todo povo com as rebaixas de preço vai para rua aproveitar as liquidações de inverno.Realmente uma loucura os preços das coisas,mesmo em euro da para fazer a festa e comprar.
Almoçamos hoje nas ruas de Salamanca um menu completo, com paella e prato principal com carne de veado e batata e ainda sobremesa ,muito gostosa, um doce local como uma espécie de profiteroles com caldo de chocolate por cima. A noite, essa de hoje, fomos a uma cafeteria que como as brasserias francesas só que com tortilhas,tapas, bocaditos. As comidas aprecem aquelas dos botecos do Rio, e ficam ali expostas para o freguês escolher sem cerimônia, aliás as coisas são muito self service. Parece que os espanhóis passam sempre por esses cafés depois do trabalho, antes de voltarem para casa. Eles chegam, tomam um cerveja, comem um tapa e se vão. É uma coisa até familiar, homens, crianças mulheres, bem interessante de ver. As cafeterias ficam cheias de gente e é uma barulheira. Presenciamos isso umas 2 vezes. Quando anteontem dia 6 chegamos a Salamanca, e era feriado, dia de reis, e hoje é dia 7.
Chegamos aqui dia 6 a noite, viemos de trem e a estação estava lotada de gente, em torno dela há um shopping com carrefour e outras lojas. Saltamos do trem tomamos um taxi até o hostel que eu havia anotado e que fica atrás do seminário Calatravas e do lado de San Estebam, ou seja, dentro do centro histórico, muito bem localizado. Todavia ficamos num quarto separado fora do hostel, numa rua ao lado. O que foi bom,um quarto só para nós com banheiro mas sem café da manhã. O cara da recepção foi com minha cara e fez ainda abatimento no preço, ou seja 15 euros por pessoas, pechincha, próximos de tudo, da gran via, da plaza maior, dos monumentos. Depois de chegarmos fomos para a rua almoçar e jantar. Comemos num restaurante típico e tomamos uma garrafa de vinho . Comemos sépia na plancha de entrada e carne de vaca com batata assada e pão. E ainda “compartimos” uma sobremesa com chocolate e sorvete de tangerina. Acho que vou chegar rolando ao Brasil. Depois da janta fomos caminhar e reconhecer a cidade, eram umas 10 da noite. A plaza maior ainda estava com a árvore de natal toda linda, azul.
Hoje dia 7 andamos pela cidade de carrinho turístico e achamos um locutório , liguei para casa. falei com todos. Eu estava achando que hoje era 5ª feira mas já é sexta, me perdi no tempo. Falta só 11 dias para o fim de minha jornada européia, não sei onde vou ao certo,O porto, talvez Santiago de Compostela antes de Lisboa e Sevilha talvez fique para a próxima vez , vou amadurecer o João Cabral para depois aportar por aqui, vou ficando com o Fernando Pessoa por enquanto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário