quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

A Cidade volta ao seu cotidiano















Ainda tem turistas, sempre terá, mas muito menos que antes. Agora são asiáticos coreanos ou chineses, muçulmanos o elas mulheres de cabelos cobertos e eslavos eu acho.
Consegui ver o Caravaggio,   o idiota que estava no dia que fui com Rossana estava no seu posto dentro da  igreja, sem barrar as pessoas.
Alguns turistas visitavam e o guia explicava a pintura.
Andei todos os pontos turísticos do centro, Fontana, Panteon,,Navona  Argentina, Campo dei fiore. Agora na via del Corso   dentro da igreja escuto a música e  escrevo.
Lugar  tranquilo para isso. Fiz meu tour final por essa cidade. Não espero voltar tão cedo.  Já foi suficiente. 
Cada 10 passos uma igreja, mas também um lugar das maiores vilezas do poder do homem, e do poder do homem usando Deus.
Fico imaginando como foi que da Palestina o Cristianismo  chegou aqui nesse império e se tornou tão grande e saiu para o mundo. Eu deveria estudar isso para entender melhor e não ficar falando besteira.
Agora a Itália é o lugar de chegada da rota da seda.
Creio que a grande maioria dos negócios aqui  hoje são de  chineses lojas e bancas. Todos, eles trazem os de Bangladesh para trabalhar para eles , as famílias dos trabalhadores  não vem. Eles moram em casas com outros nas mesmas condições. Eles trabalham um tempo bárbaro e o que ganha não dá para ter uma casa só deles.  Reparei também que  alguns começaram a trabalhar como garçons etc. Um me disse que eles trabalham muito  e o  Italiano trabalha poucas horas e ganha muito mais. Outra coisa, nos lugares eles preferem que se compre com dinheiro  e não com o cartão de débito.
Tô cansada, acordei 5h, fiz o check-in , vi coisas e voltei a dormir,nem vi Linda sair.  Ansiosa, depois eu sai e fiz o giro de fotos.  Estava agradável o clima, agora está esfriando.

Já arrumei minha mala  e sobrou coisa que  vai na mochila e os casacos na mão.  Estando mais frio tá bom. Não acho que tenha 10 kg  . Enfim quem vai pesar.   Não vou despachar   , não  posso . E ainda vou para São Paulo e mudar de terminal para depois ir para o Rio, chegando  11h da noite Vai ser brabo naquele aeroporto gigante.


quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Dia sem fotos

Errei, bati uma foto dentro de uma linda igreja que tem um altar para Nossa Senhora Aparecida.
Fica próximo a Cola de  Rienzo caminho para o Vaticano.
Saí não muito cedo e fui até a estação do metrô pela Apia Nuova.
Muito diferente,  mais povo,menos turistas e mais sujo, mais largado.De fatoa cidade tá mais decadente.  A modernidade para aqui se viver  vem devagar.  As coisas são difíceis.  Se eu fosse   morar de novo na Europa não seria aqui. Talvez nem  na Itália.
É linda  mas não sei gostei do sul. Mas alguma coisa cansa. Ou é meu momento de ir embora.
Viver é perigoso, e ultrapassa o nosso entendimento.
Hoje vom Adriana vi que ela mesmo morando aqui desde  1990,  tem  as mesmas questões.   E tb acha que o povo é diferente em todas as cidades. O grau de burocracia  Romano me lembra Asterix e Obelix  contra o império Romano.
É um país muito bonito,  mas se sente mto superior aos outros. Vai entender...



 

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Ostia antiga

Nunca fui a um sítio arqueológico  tão Grande.  Maior que Pompeia e muito preservado. A cidade era enorme e pulsante.  As termas, as latrinas tudo coletivo. A Mistura entre o público e o privado, só veio depois a separação. As paredes grossas das casas e lugares públicos demonstram tanto a proteção na forma como eram colocados os tijolos. Tb a  distribuição de água que os romanos eram  fera em fazer.
 Depois saindo do sítio tinha o castelo e o burgo em torno, uma graça.
Mas uma cidade fora de Roma onde o que pega é o o transporte  depois de certas horas. Mas muito bonita.  É perto do mar.
No caminho passa por  Eur e de longe vi o prédio cheio de janelinhas que vi no filme.
Nem vou lá. Preguiça braba.
Hoje devo encontrar Adriana Sefrin para um café. Ontem fiz uma feijoada que Linda  me pediu. Modéstia a parte, ficou muito boa.
Provavelmente não encontrarei Pilar  que está muito assomberbada  com a  filha e os afazeres.  Não sei se tem marido, mas a história se repete, mulheres  e suas duplas jornadas.
Melhor eu não atrapalhar.  No mais, os mesmos problemas de sempre nesse lugar.
Interessante como  ficamos circunscritos ao espaço em que estamos.  Em cada canto que se mora, se desenvolve hábitos para aquele espaço  lugares que frequentamos e coisas que fazemos. Por isso, a cidade atua na nossa subjetividade.  Quem somos tem a ver com isso. A maneira como essa cidade nos conduz para usufruir de seu espaço. Focalizarei meu livro de pós Doc e o outro dos Mc Cormick.  E novas coisas virão.  Menos um emprego que vai me proporcionar mais tempo. Estudo e dedicação a outras  coisas.  O capital tb rege nossas vidas.  
São 8:15, acho que chove. Vou andar de metrô. De manhã é sempre cheio.  Vou comprar salmão defumado para  comer no almoço . Que delicia!!
9

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

No trem da transvesuviana blitz

Hoje os controles acordaram cedo. No trem para Nápoles, as 9h de domingo  eles vão pegando quem está sem ticket, dando multa, passando  a régua. Não sei como entraram pois  agora tem catraca. A não ser que ela abra com ticket velho.   Muita gente acho que já desceu por conta disso.
 Antes  o povo dava roleta-russa direto .  E passava. Agora ficou mais dificil. L

Segunda feira 15


Sentada de frente para o foro de Trajano, vim desde a Santa Maria Magiore, por umas vielas que indicavam Coliseu. 
Hoje está muito agradável para andar, depois do chuvisco da manhã o sol abriu.  Que delícia porque estou vestida. Mas sem vento. Sentada escuto vário idioma.  Um grupo de meninas e um de meninos acho que falam espanhol. Passam muitos brasileiros, escuto o português tb.
Comprei coisinhas para regular apenas em casa.  Sem bagagem , nem que eu quisesse daria.  Ou seja, comprei meias temáticas. Apenas e é o que de mais típico temos.   Comida eu bem queria levar mas como arriscar?  Sem bagagem para despachar. 
Passei pela piazza Vitório, de fato tufo fechado exceto o mercado por trás, sujo e com muito imigrante.  Ali se misturam, paquistaneses, chineses, negros,Árabes. Tudo. Percebi que  as lojas chinesas são discretas,cada uma com um tipo de produto diferente  e não me pareceram para o público.   Mas para  vendedores.
Reparei tb que  nessas lojas trabalham os  chineses como chefes e os de Bangladesh como empregados. Sentado  aqui no mesmo banco que eu rapaz  que  deve ser Árabe pela língua que fala ao telefone. E agora fala inglês.
Essa cidade é mistura. A Europa com todo preconceito vive hoje a propria globalização étnica.


Voltandoa decadênciada piazza Vitório, é de fato triste porque é uma praça bonita com uma ruína dentro e árvores em torno.



sábado, 13 de janeiro de 2024

A terra entre o azul do céu e do mar.

 SORRENTO  é a  entrada da Costa  Amalfitana.  Uma cidade sobre  a falésia  onde as ruas despencam no ar.  Acho que é a maior cidade, porém pequena  ainda.   Muitos hotéis e B&B.  Hoje muito vento pela manhã. E o mar de um azul  que nos emociona.  Era  sexta feira quando cheguei.  Busquei primeiro o hostel, que é em um grande hotel, muito bonito e chique.  Não tão perto da estação, mas de fácil acesso. Corri a cidade  pela manhã . Era quase 2 horas qdo resolvi   pegar o onibus e ir a Positano.  Aí peguei a tal  estrada da Costa.   Mal passa 2 carros e ônibus  vai a toda. Agora o visual é cair o queixo. Meu Deus   que recorte de  terra que azul, que céu e mar. De fato esse povo do litoral do mediterrâneo  tem que ser amante da beleza, pois  que é extasiante.  A Galera se engalfinha pelo morro, como é mesmo uma favela e fica ali a  contemplar os desenhos de terra mar bailando sobre o azul do ceu.   Diferente dos Romanos que eram guerreiros esses por aqui , como da Grécia, possuiam outro olhar.    Contemplar exige  também habilidades.  Sentar, olhar, perceber aquilo que fica para além da própria visão.
Nãoxsei se fiz isso, com minha ansiedade de querer ver tudo.
As imagens que fiz  no primeiro dia talvez não tenham ficado boas. Algumas careceram de  uma melhor resolução , preciso aprender.
Então Sorrento, Poditano e Amalfi.   Muitos argentinos pelo caminho.   Pois é, tomara que eles consigam continuar a viajar. Mas numa viagem como essa a gente  não tem como saber se os caras fazem parte de una elite. 
Sei que  minha passagem por Positano foi flash,Tb tudo estava fechado, era  fia de semana. Talvez hj estivesse mais  aberto. Eis a desvantagem de viajar no inverno deles.  Tb se fosse verão seria uma loucura.
Tenho mais o que falar, mas a bateria cai acabar.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Nápoles

Cheguei a Nápoles na quarta feira, e hoje já vou indo para Sorrento, na Costa Amalfitava. Cidade menor e achei mais interessante para o que quero ver.
É a terceira vez que venho a Nápoles, as 2 primeiras em 2003,apenas bate e volta com Pompeia.  Ontem e anteontem eu rodei todo o centro histórico, a Corso Umberto e outros pontos como a cidade do alto é seu mirante.
É caótica, com todo respeito às cidades do Rio, da baixada é o que isso aqui parece ao chegarmos pela estação de ônibus entrem.  A entrada de uma Medina no Marrocos,  a entrada do metrô da Pavuna ou  qualquer outro  bairro que se descuida da aparência, que deixa as paredes irem se deteriorando até cair todo reboco. 
Feio, é o que fica. Tirando as roupas penduradas, muitas fake, é visível, tem aquelas que são de verdade. Sim os italianos transformam suas varandas em depósitos.  Muito fiferente das varandas da França, e Holanda. Com isso não é a varandas um lugar agradável. É um acumulado de tralha e plantas as vezes.
No centro  histórico, as ruas são estreitas,  escuras, ruelas onde sempre tem muito carro parado, motos e lixo. Na parte gira do centroa cidade tem outro aspecto. Prédios bonitos pela via Toledo, corso Umberto,ao longo do mar.
Ou  seja, desfeito o impacto . 
Andei dois dias pelas duas zonas, Toledo,praça do plebiscito, Palácio Real que  entrei.  10 euros, de fato a parte de visitação é muito bonita.  No mais, andei pelas ruas, comi  juma trataria ontem o prato tradicional, inhoque  a sorrentina,  eu e Louise,a menina Argentina de 21  anos que me acompanhou na jornada  ontem.  Depois voltamos ao hostel, e a noite teve  um social aqui com sangria e aperitivos, isso é o diferencial do hostel. No meu quarto estamos 4 mulheres.  A Louise, a Karine tb brasileira e uma  italiana.  Karine mora na  Alemanha,tem cidadania italiana e  trabalha com sorveteira.  Um ramo interessante, onde os donos dão casa para quem trabalha no verão, são os negócios sazonais. Vc ganha ali, e sem grandes vínculos.
Karine tem 34 anos é de Santa Catarina. A Argentina é de Córdoba 21 anos, faz medicina,os pais são separados ,    mas a mãe  é casada com um produtorde trigo ,soja etc,  ou seja ruralista com muita grana. Certamente ela  é família votaram no Milei.  Pois o discurso é dele.  Principalmente no campo dos benefícios socias. A brasileira não sei, não falei diretamente de política. Embora tudo que falemos seja político.
 No evento da noite depois o povo saiu para beber na rua . Eu e Karine não fomos. Estava BEM FRIO.  Mas   nem sei que horas era e minha cama  balançava, e não é que a Argentina trouxe,,acho que o outro garoto argentino para  treinar com ela. Aff!! Embaixo do edredon. Parece uma piada.  Acho que nunca tinha  me acontecido. Embora me recorde de barulhos em algum lugar , em alguma viagem. Nem sei  quando. Enfim,  tô nem aí. Na televisão todos veem isso nos bbb da vida. Aqui é ao vivo.
Conversei com o povo  no evento e  falava justamente de história. Sobre o estado de bem estar europeu que se criou as custas  das riquezas de outros povos. E hoje o fato de muitos desses povos serem aqui trabalhadores deles.
Pouco se vê eles trabalhando em comercio por exemplo.  
Domingo volto a  Roma para finalizar o tour,  vou encontrar Adriana  Sefrin na quarta, talvez Pilar. Se ela responder, se já voltou da Espanha. Fazer uma comprinhas ,mais não tenho como levar com  uma bagagem pequena,logo, besteira aventurar a largar tudo. E de mais a mais, temos tudo no Brasil.mais  caro  é verdade.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Nunca vi tanta Oliveira

Falei que não ia escrever nessa longa viagem que vai do mar Adriático ao marTirreno, ambos dentro do Mediterrâneo.
Não sei se a paisagem vai divergir muito.
Aqui muito agrícola, longas planície todas plantadas e com muitas Torres cata-ventos, é uma região cuja energia  do vento deve ser a base.Uma  hora dd viagem e a paisagem não muda.  Oliveiras, parreiras e cata-ventos.
Tem Tb uma outra produçãoque não sei o que é. Uma hortaliç. Tem Oliveiras novas e velhas. Pelo que observo  a árvore chega abum ponto e o tronco se divide. Fica um arbusto, não é alta.
Nesse trecho vejo uma cidade no alto. Único morro que tem.
O transporte  na italia continua sendo estranho. Parece que tem mais e eles Parecem querer recuperar as ferrovias,mas de fato é difícil um trem com o mesmo preço.
Estou num ônibus de 2 andares. A esrada é boa. Afinal italianos gostam  de dirigir a máquina, como eles chamam o carro.

No trem,mais cedo presenciei uma cena de xenofobia.. Um  asiático estava sentado, certamente de Bangladesh, e o  italiano chegou querendo sentar e reclamando da mochila do rapaz. E  falando alto como sempre dizendo que a parte de cima era para colocar a  bagagem.  E falava para o outro que estava com ele ,temos que ensiná-los.  E ficou falando um monte de besteira como se fosse superior. Que nojo!!!

Os asiáticos  não respondem  ficam calados,observando. Pouco se ouve a voz deles. Anteontem eu conversei com um na lojinha  que comprei o pratinho de  Matera. Eu curiosa fui perguntando , eles mto cautelosos. Eu falava dos tantos negocios que são deles. O rapaz disse já estar 10 anos. Falou que  esse tipo de negócio tá todo dominado por eles  e que Tb tem os chineses. Disse que em Roma  em torno da termine e piazza Vitório Emanuelle é tudo deles.  São de fato comerciantes. 
Chegando a Roma vou na piazza Vitória. Minha curiosidade Tb é saber onde eles moram, que  bairro,  e onde estam suas mulheres e filhos, que nunca se vê.
Agora o ônibusvai entrou num trecho diverso. Mais descida e montanhas. Saímos do litoral fomos  pelo meio e daremos vem outro litoral. Mais casas por aqui.  Também pinheiros plantados. Parece uma areade agricultura mais familiar.






terça-feira, 9 de janeiro de 2024

A cidade e a luz

Capturei várias luzes desde que cheguei. Talvez por isso aqui tenha sido Locação de tantos filmes.Além  da Lupa, tem Pasolini, Tornatore e outros tantos que a Wikipedia mostra.
Então deve-se isso certamente s sua capilaridade para mudar de tom  a arquitetura diferente ,que pode mostrar tanto um tempo  pré-histórico , quanto futurista, pós apocalipse.
Acho que é isso, e de acordo com o que o roteiro  manda a pós produção ajusta a cor da tomada,ou filma em diferentes horas do dia.
Consegui sair agora a tarde, pois esfriou mais e a chuva parou. Acho que amanhã não fará água. Qto mais neve.  ROSSANA minha amiga mandou  fotos da neve caindo em Berna. 
Acho que vou neve em Bariloche, que quero  conhecer.
Aqui mas vendo coisas de casa.   Depois de meu segundo email marcaram para dia 303a homologação do Idor. Capitalismo selvagem, tenho certeza que meu posto será ocupado por um profissional  pessoa jurídica.  Somente uns usam e na primeira oportunidade nos cortam a cabeça. O jogo é sujo mesmo. O império  construído , mas as bolsas dos pesquisadores são do governo.  Mas isso eles não falam.

Dia de contemplação-chuva ( 9/1/24)

Sai para tomar café, e está chovendo. Voltei para pegar o guarda chuva emprestado.
Tudo molhado, e vim de tênis, pqp, molhou tudo de novo.  Caminhei até o café onde ontem tomei. O rapaz já me sorriu. Ele fala um pouco de português , disse seu companheiro era angolano. Dessa vez fiquei  do lado de dentro, faz frio e chove  logo a  sacada está molhada.
 Tomei meu caputino com a Mela, uma espécie de corneto redondo com  maçã dentro, quase a mesma coisa. Depois fiquei observando. Todos tomam  café ali.  Um grupo de senhores  velhos já, tudo certamente aposentados colocavam a fofoca da cidade em dia. Entrei e dei  bongiorno a todos.
Depois chegou outro grupo grande, com os carabiniere.  Fechei minha conta, passei baton e saí,antes  cumprimentando o rapaz que me atendeu. Amanhã não tomarei café ali. Sairei as 7 para pegar o trem rumo a Bari e  Napolis. Trem aqui,mas de Bari pulman, bus, mesmo. Infinitamente mais barata a passagem. Não sei como fazem. No cartão de crédito pelo app saiu 22 reais. Será lavagem de dinheiro? ME pergunto.
AINDA NO CAFÉ, um senhor da Sardenha me perguntou de onde  eu era.  Todos adoram o Brasil.  Eu perguntei se amanhã também choveria. Ele falou, " domani fa agua e dopodomani neve" . Será? Se o citadino conhece bem o lugar pode ser. E eu não pegarei a neve aqui. Começo a corrida. Eu saio e Neva, e  nunca consigo ver.
Queria que pelo menos nevicasse. Faz hj 6 graus e com a chuva a sensação térmica é de menos.  Vou andar um pouco mais, comprar algo pronto para esquentar no micro-ondas é ficar no hostel vendo série se a chuva insistir.
Tô sentada na igreja de  Santa Clara.  Já passei pela de São Francisco que é bem grande. Aqui dentro é quentinho e posso ver e observar quem entra. Não vejo o altar da Santa, nem sei se tem.  Ao chegar tinham 2 mulheres rezando. A de joelho e outra sentada.  Nessa igreja tem aquele cheiro de defumador que gosto  por isso fiquei aqui escrevendo. Entra um, entra outro. UM VELHINHO de piomino azul claro, isso é aquele casaco fofinho, entrou colocou o guarda chuva na lata e foi riscar a raspadinha.  Aquela loteria.  Talvez  o fizesse aqui para dar sorte.
Aqui na italia parecem todos muito religiosos. Repito parecem... tire o leitor a conclusão que quiser.
Agora a contemplação.  Digo que no atual estágio em que  me encontro,vida de contemplação,  meditação,oração, não dá. De fato nunca deu,preciso estar fazendo algo para que isso ocorra. Não consigo ficar parada, sem nada, olhando o teto.  Que agonia. Ou escrevo,ou leio, ou faço anel,bordado, o que der.
Entrou aqui um novo senhor carequinha.  Pegou umas pratas  colocou nas velas que acenderam e acenderam tb o presépio. Eles amam presépio.
Aí ele foi fotografar o presépio. Deve ser turista. Entrou o outro atrás e pediu dinheiro. 
Aliás quase não vi criança por aqui.  Não é a toa que a Itália tem  das menores taxas de natalidade  da Europa.
 Entrou agora una moça. Tb acendeu o presépio. 
Aproveito e vou ver o presépio vivo, como chamam e de fato é nem bonito. Tudo se mexe. Fiz um vídeo. Meu pé encharcado, não dá. Comprei uma sombrinha na loja dos paquistaneses, daquelas toda colorida. 5 euros. Não tem nada menos de 5 euros. Isso deve ser mais de 30 reais. Comprei pensando no que falou o citadino. Que " fá água" amanhã.  Não  quero chegar molhada  na estação nem ficar úmida, que sinto mal.
Na volta entrei no mercado, comprei um congelado local, uma espécie de carne com presunto para  comer no hostel. Pq já vi tudo para o turista. Entrei nos museus, em todas as igrejas  rezei em todas e saio daqui sem pecados. Se é que se pode ...
Vi as casas na Sassi. Tudo pago. E pronto!!  Basta! viajar com chuva é  horrível.  Molha tudo, tem vento.  E todo desconforto. 
Vou ficar aqui. Ainda bem que está vazio. Tô  sozinha . Tudo desocupado.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Último dia em Matera

Não aguento mais comer pasta, ainda mais essa aqui da região. Muito forte e o trigo deve se transformar em puro açúcar. Ela não é leve como o macarrão normal e ontem eu nem comi o orechete.  Faço jejum intermitente nessa viagem.  Como acordo tarde  e tomo café tarde Faço um almojanta às 16 horas. Tá de joa não sinto fome.
Ontem voltei a Osteria São Pedro, pois ela estava aberta e o resto fechado. A grande questão, trabalham domingo e folgam segunda e ainda fecha tudo na sesta.
Ai o chefe  me viu passando e disse brasileira. Fiquei por ali mesmo. Pasta +vinho+serviço 16 euros. Mais caro que Roma. 
O chefe veio me contar que viajou ao Brasil e ficou 2 meses. Foi a Jericoacoara,Fortaleza, Salvador,Rio, e Rio Grande do Sul. CAXIAS do Sul.
Depois de comer vim embora pois começava a chover. Não sai mais. O albergue todo meu. Dormi sozinha cedo depois de ver um vídeo sobre  meu próximo destino.  NAPOLES E COSta  Amalfitana.  Lugares com outras cores diversas daqui.
Tô ficando cansada de viajar sozinha. Eu comigo e meus pensamentos.  Tô ficando é velha . Muito tempo  longe de casa já agonia. 
O comum de cada coisa é que nada mais é tão diferente do que vc já viu. São as tais referências que vamos somando  ao longo da Vida que nos fazem  comparar e entender as jornadas.
Vejo as cidades e seus aspectos   mais singulares e outros mais comuns, como as lojas, são as mesmas em todo lugar.  Minto, estive mo atelier de um  senhor que daz cerâmicace pintura. Fez academia me contou e é professor na universidade. Sim, sua obra é diferente de tudo  e não é cara, teoricamente. Mas como vou levar um prato ou peça pra casa indo daqui ainda para várias partes., sem condições.  Tenho vontade de levar uma lata grande de azeite, mas pesa muito. Na pequena mochila não cabe mais nada, nem a p. da bota que tive que comprar.
Mas que dizia ,  tirando essas coisas, nada de interessante para comprar. Comprar o se tem em casa. Não faz sentido, pagar em euros pelo que posso pagar em reais.
Entrei um dia a noite nas lojas normais roupa etc. Tudo para o frio. Muito sintético que são capazes de derreter no Rio.
Espero que em Napolis ainda veja algo menos comum.
Já penso no trabalho certo nos pepinos a serem descascados. Cheguei a sonhar com isso era noite.
Meu prato com  o novo acompanhante. 

igrejas

São muitas, e como não entrar nelas na italia? 








Estou dentro de uma de São Pedro em Matera.  E de repente acende a luz.
Um casal com fisionomia  asiática coloca uma moeda. A igreja é bonita. Bem simples mas com pinturas.
O tópico é para falar disso. É tanta igreja que nos perdemos. Era para ser o povo mais santo, mas segundo Irene que conhecivê conversei em Bari, a italia é também um dos maiores produtores de arma. 
De fato  choquei vom a informação.
Hoje é segunda feira e tudo volta ao normal  depois das férias de fim de  ano.
Trabalhos, escolas, o frio que hj está na casa de 6. 
Mas as igrejas são espaços silenciosos. Agora com música sacra. Eu entro faço meus agradecimento e pedidos e saio. Uma ou outra me dizem mais  das sobreposições de espaços. O que já foi r o que é.


Cheguei com a chuva chata

Matera, de fato, impressionante.   Um vale com um monte de casa amontoada sobre o morro . Uma paisagem completamente diferente e ainda não explorei. 
Aguardo a hora do check in num restaurante dentro da pedra.  Pedi um prato com o segundo, mas  o primeiro já me encheu e bem consegui comer tudo. Como eles comem tanto? E são  magros.

italia sendo Itália

Sufoco com as passagens.   Hoje estou saindo de Bari e indo para Matera, já no ônibus. MAS ia de trem . Só que chego na estação está fechada.  Procuro do lado e dizem que hj só de on. PqP,  do outro lado da estação e sem lugar para venda.  Na fila imã senhora me fez tirar foto do seu bilhete.  Tirei. Seu abonamento. Mas  o motorista falou para mim e outros que pararia num lugar para comprarmos. Ufa!! Sempre um pouco de estresse nas saídas e chegadas.
Fui com Suim a Coreana até a estação. Ela foi para Roma.  E o Takanoto japonês ia para Napolis.
Novos amigos de jornada em Bari. Tb no hostel uma belga e uma francesa. Fiz a foto da despedida.
Aí está a diferença do hostel. O pessoal interage, troca informação, sai junto. Divide a comida. É sem dúvida uma experiência  entre pessoas de  lugares e culturas diversas .  
Chocada com Suim, que tem  apenas uma mochila pequena com 7 kg. Eu com uma dessas apenas para esses dias e já tem bolsinha agregada com  o tenis.   Preciso rever meus  trajes e o que carrego.
Falei para ela que quando ela chegar a Roma vai comprar na liquidaçãove voltar  corea com  um novo look.  Ontem eu a levei na H&M e ela arregalou os olhos pois tudo estava  vom preço mais baixo. Ela Tb não tem   Instagram, WhatsApp ou Facebook. Deixei os meus,me passou seu e-mail.  Desconfiada. 

domingo, 7 de janeiro de 2024

A gourmetização da história -Matera

Ia buscar uma música, mas não achei nada que representasse isso aqui. É uma imagem  única em minhas retinas fatigados do azul do volare.  É patrimônio da humanidade,mas já foi a vergonha da Itália.  Me parece que é  como a fênix , e não havia ainda sido  entendida em sua formação e arqueologia.
Cheguei em Matera
É isso,cinematográfica. E acho que já foi usada em vários filmes. É na Basilicata,no meio da sola da bota e é lógico fazia parte da  Magna Grécia.  E foi isso que  vi museu arqueológico uma exposição sobre as descobertas e uma coleção de vasos  gregos, linda. De fato,  tem mais aqui  que no museu de Atenas. O lugar é interessantíssimo, mas para três dias  um pouco demais.  Tô quase voltando atrás  e saindo antes, verei.
Cheguei por volta do meio dia, é um perto longe pq de ônibus parador é uma merda de fato.
O transporte aqui não melhora  pqp. Tudo confuso. Hoje não abriu a estação de trem e fui obrigada a sair correndo para  pegar um ônibus  sem bilhete. Por sorte, diferente do cara do ônibus de ontem esse motorista, disse que pararia em um posto  para que o povo sem passagem pegasse o tiquete.
Cheguei, fui descendo de boa, mas peguei o lado errado da parada,puts dei a volta em torno da cidade para chegar, isso com a mochila  que ainda bem  não está  pesada. E o pior, começou a chover.    Aí, ai, aí  que ódio.  Olhava para cara do sujeito achava que era daqui e perguntava. Isso porque domingo é duas de turista.  Os que perguntei me responderam bem. É mesmo confuso tanta ruela. Como uma favela gourmetizada. É isso. Agora tudo limpo com, água, luz  ,antes  não era assim MOSTRA  A exposição de fotos no museu.  Era de fato uma favela.  De longe, lembra até La Paz. As favelas do Rio  poderiam ser assim saneadas e virar mais ainda lugar para turistas, como aqui.
A  vergonha da Itália, não de fato em que consistia, uma população muito pobre que morava em cavernas  que hoje são restaurantes e b&b,  o capitalismo de fato gourmetiza tudo.  Ma va bene, se  aquela pobreza  não está mais como era. Isso saberei amanhã. Terei tempo.
Então que procurando o hostel,  com a chuva entrei num restaurante.  Osteria  São Pedro. Enfiei o pé na jaca,pedi logo o menu com o primeiro e segundo prato.



Comi muito,e o cozinheiro  cantor ia fazendo e cantando e o povo todo cantava. De verdade a experiência do lugar. Fiquei sentada em uma mesinha pequena na entrada pq não quis ficar do lado  de fora, estava frio e chovendo. E dentro aquela farra.  O cara era charmoso, bonito,fofinho e toda hora vinha e colocava a cabeça e olhava.  Acho que me ver mesmo, só tinha eu ali. Depois perguntou em im inglês , horrível até para mim, de onde eu era. Falei e quando eu já tinha pago  e ia saindo ele me chamou e me deu uma espécie de bolo, parecia de limão,que ia servir.
Muito divertido, quando começaram a cantar Volare.
Agora o mais engraçado era velho que toda hora vinha fechar a porta da caverna por causa da corrente de ar  que nem estava.  Uma figura. 
Saí de lá rolando, comi quase tudo e ainda trouxe o pão que não comi.
Eles cobram isso. Mas não tem como comer tanto   ainda mais essa massa daqui do sul. Ela é muito pesada.   Eu gosto  mais da massa normal é mais leve. Demorei lá e segui até achar. Ainda espere no hostel. É assim agora, ou vc faz check in sozinho na Internet abrindo tudo eletrônico ,ou tem hora fixa. Um saco!  Não tem mais funcionários nos  lugares.   Fico pensando como será adiante,as pessoas precisam  trabalhar para ganhar seu sustento. Se acabam com  os postos como fazer.
Os imigrantes continuam escravizados.  Aqui tem as pessoas do Senegal e Tb de Bangladesh. O povo de África ainda em  condições piores que da Ásia. Trabalham ainda na rua vendendo pulseirinhas etc. Como resolver isso me pergunto?  África sendo espoliada, e o povo fugindo buscando uma melhor condição de vida. 
Amanhã  a Sassi Matera será desvendada.
É cedo para dormir.