quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ainda dia 12


São Miguel  12\7

Visitando  tudo por aqui penso em como era naquele tempo. Antes dos jesuítas, durante e depois. É  certo que as ruínas ficaram abandonadas por séculos depois da guerra que é tratada no filme “ A missão”, e  somente em 1920 o IFhan tombou o lugar  e começou a proteger,mesmo assim o comprometimento de governo e a ideia de preservação do lugar é algo relativamente novo. Como em  outros lugares muito se perdeu como em  muitas outras missões, em que o mato tomou conta e as raízes  foram destruindo as paredes que não possuem cimento.
Hoje  fomos também a um outro espaço, um chamado ponto de memória, que é um espaço criado pela população local, incentivado por um rapaz ,Walter Braga, que se interessa pela história. Esse local, ou esse rapaz fez uma campanha de resgate dos objetos  perdidos  e apanhados pela população. Objetos que estavam nas famílias, outros encontrados  perdidos etc. E nesse lugar ele criou uma espécie de museu, só que mais interativo, bem primitivo. Preserva também uma íntima relação com a religiosidade, tanto dos jesuítas como dos índios.
Seu Walter Braga então reconta a história, assim como ajuda a formar os estagiários, jovens locais junto com o pessoal  que trabalha para o Ifhan no sitio arqueológico. 
Parece-me um misto de história e misticismo, que de fato é exaltado pelos que frequentam o centro de memória. Uma atitude legal que rememora tanto jesuítas quanto guaranis e a mistura de um e outro.
 Todavia na sua humildade, ingenuidade ele faz o que pode. Atitude louvável que deve ser  sempre elogiada por vir do povo e ser direcionada a ele.
Depois de todo dia visitando as ruínas, o ponto de memória e a fonte missionária voltamos ao hotel para descansar  e sair mais tarde para a última noite na cidade.
A noite fomos de novo para o centro comer e beber.
Rodamos e paramos no Barum,  grill e pizzaria . A cidade já deserta e uns pouco lugares funcionando. Turistas uns poucos, o hotel já tinha mais gente. Saímos na hora  do show de  luz e sombra.
No restaurante,  uns 4 homens em torno da lareira tomando vinho. Dois senhores bem velhos, vermelhos  do frio e do vinho, e outros mais jovens. Viam o jornal , tomavam vinho e conversavam. Depois  quando o jornal acabou, pediram a janta. Tomavam vinho sem parar. Entramos e depois  fomos embora  e eles permaneceram lá.
Como já disse a cidade de São miguel é pequena e nova e me parece planejada, com ruas largas e compridas, como também é Santo Ângelo.

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