São Miguel 12\7
Visitando tudo por aqui penso em
como era naquele tempo. Antes dos jesuítas, durante e depois. É certo que as ruínas ficaram abandonadas por
séculos depois da guerra que é tratada no filme “ A missão”, e somente em 1920 o IFhan tombou o lugar e começou a proteger,mesmo assim o comprometimento
de governo e a ideia de preservação do lugar é algo relativamente novo. Como
em outros lugares muito se perdeu como
em muitas outras missões, em que o mato
tomou conta e as raízes foram destruindo
as paredes que não possuem cimento.
Hoje fomos também a um outro
espaço, um chamado ponto de memória, que é um espaço criado pela população
local, incentivado por um rapaz ,Walter Braga, que se interessa pela história.
Esse local, ou esse rapaz fez uma campanha de resgate dos objetos perdidos
e apanhados pela população. Objetos que estavam nas famílias, outros
encontrados perdidos etc. E nesse lugar
ele criou uma espécie de museu, só que mais interativo, bem primitivo. Preserva
também uma íntima relação com a religiosidade, tanto dos jesuítas como dos
índios.
Seu Walter Braga então reconta a história, assim como ajuda a formar os
estagiários, jovens locais junto com o pessoal
que trabalha para o Ifhan no sitio arqueológico.
Parece-me um misto de história e misticismo, que de fato é exaltado
pelos que frequentam o centro de memória. Uma atitude legal que rememora tanto
jesuítas quanto guaranis e a mistura de um e outro.
Todavia na sua humildade,
ingenuidade ele faz o que pode. Atitude louvável que deve ser sempre elogiada por vir do povo e ser direcionada
a ele.
Depois de todo dia visitando as ruínas, o ponto de memória e a fonte
missionária voltamos ao hotel para descansar
e sair mais tarde para a última noite na cidade.
A noite fomos de novo para o centro comer e beber.
Rodamos e paramos no Barum,
grill e pizzaria . A cidade já deserta e uns pouco lugares funcionando.
Turistas uns poucos, o hotel já tinha mais gente. Saímos na hora do show de
luz e sombra.
No restaurante, uns 4 homens em
torno da lareira tomando vinho. Dois senhores bem velhos, vermelhos do frio e do vinho, e outros mais jovens.
Viam o jornal , tomavam vinho e conversavam. Depois quando o jornal acabou, pediram a janta.
Tomavam vinho sem parar. Entramos e depois
fomos embora e eles permaneceram
lá.
Como já disse a cidade de São miguel é pequena e nova e me parece
planejada, com ruas largas e compridas, como também é Santo Ângelo.
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