São miguel dia 12\7\
Desde ontem aqui
chegamos, como está frio, nem conseguimos ficar um minuto sequer sem roupas.
Ao chegar, depois de
12 horas, queríamos antes de tudo tomar
um banho quente, o frio pior que em todos os
lugares . Agora tenho certeza que diferente da europa nós não somos de maneira nenhuma preparados
para baixas temperaturas. Quando entramos em casa, ou hotel ou qualquer ambiente
interno mesmo assim sentimos frio . Os lugares são despreparados, e temos que
ficar vestidos todo tempo. As torneiras
não tem água quente, lavar mão é um suplício, daí a gripe proliferar,
quem vai lavar a mão para congelar. No jornal dá o tempo todo o aumento do número
de casos da H1 N1, ainda bem que eu tomei vacina .
Ontem depois do banho
fomos a caça de um restaurante, achamos um chamado Casarão, tudo bem caseiro,
comemos e voltamos a pousada, que é uma
graça, tudo muito bonitinho, arrumado,e limpo, tem aquecimento no quarto, bom chuveiro,
acho que o hostel mais bonito e novo que
já fiquei, talvez a filiação a rede hosteling tenho fins de marketing, dar
visibilidade nacional e internacional.
Depois do almoço e de
ficarmos de molho viramos a cidade de cabeça para baixo , entrando em todos os
lugares. A cidade é relativamente grande e nova, se emancipou em 1989, e tem um comércio bom, vários bancos,
padaria,lojas de roupa, tem muita fazenda perto, tem laboratório, e tudo mais. Ou
seja um centro com quase tudo, e o que não
tem aqui, os habitantes buscam em Santo Ângelo, que é uma cidade maior.
No fim da tarde
fomos as lojinhas de artesanato e ao espetáculo
de luz e cor que acontece dentro das ruínas, é um misto de luz, cor, vozes e
som. Narra toda história das ruínas, com
um forte impacto informativo, acho que as vozes são da Fernanda Montenegro, Othon Bastos
e outros, se não era deles, era muito
parecido. O espetáculo vale a pena, muito bonito, acontece sempre ao anoitecer,
todo dia.
Mas ontem estava
muito frio, e o tempo de 50 minutos foi uma loucura, a perna gelava, tudo
gelava, que acabei ficando com dor de
cabeça, acordei hoje com dor de cabeça.
Aqui nos hotel pouca
gente, logo sem entrosamentos, tinha uma
família de Israel, pai mãe e 3 filhos
meninos, simpáticos. E mais um casal que nem chegou perto. Ou seja, nada de espírito
alberguista.
Saímos cedo hoje, fomos
então ver o sitio arqueológico, que é bem grande com muitas coisas, ruínas, que
deixam a desejar, em informação já que
as placas das ruínas acabaram com o tempo,
as letras desapareceram e algumas foram para serem pintadas e ainda não chegaram.
Guias não tinham na porta, logo fizemos o tour sozinhas, nada de mais, todavia
um sistema de audio-guide, seria excelente. Mas não tem, e nos viramos com o
que tinha, como eu já tinha lido tudo, foi legal. As ruínas são muito belas e grandiosas. Envolve o
local um certo misticismo. Afinal são religiosos e índios juntos. Talvez uma grande
pajelança. A sociedade que aqui viveu,
talvez tenha sido harmônica, talvez não. Como saber, o fato é que mais de 30
mil pessoas aqui viveram, e os índios foram os que construíam. O modelo era europeu, os valores também. Assim os europeus jesuítas,
conseguiam dos índios todo seu trabalho e tudo o mais. Os jesuítas acreditavam
que salvariam a alma dos índios e aumentariam
seu rebanho, assim ensinavam a eles
tudo. Logo os índios, produziam, tudo o que aqui precisavam, faziam as imagens,
pinturas, tocavam instrumentos e tudo
mais.
11\07\2012
Chegamos hoje a São
miguel das missões, foram mais de horas de ônibus, embarcamos ontem as 4:45 e
só chegamos hoje ao meio dia. Fiquei tão cansada que nem me animo a escrever.
Observando e pensando
Acho realmente que o
conceito de hostel tende a mudar, hoje fiquei reparando a sala de convivência
onde o pessoal costumava conversar etc, mas vi todo mundo ligado no seu próprio
computador ou no do hostel, interagindo com a máquina. Falam os grupos que
chegam juntos, no mais parece que as pessoas não estão muito interessadas em
conhecer algo além de sua máquina.
Isso é para pensar...
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