domingo, 31 de dezembro de 2023

Rever lugares

Não que rememorar me seja necessário,não é.Todavia esta viagem no seu  início tem certo caráter de rememoração. Já  fui aos lugares que ia e agora me sento na praça do lado da minha primeira casa.  Tuscolana 55.  Até no supermercado que ia fui. Vi o povo do lugar comprando as coisas .Também isso é o mesmo. Aqui na praça, uma pista de gelo  que deve estar derretendo porque não faz frio. SIM, todos encantados COM O GELO, mas não quer dizer frio, Frio, de verdade.  Creio que o povo usa mais casaco do que necessita.
Sai  de casa as 10:16h, vim andando pela via imperial até o Coliseu e peguei a Via  de São giovane laterano para ir a basílica.
Estava lotada a basílica, com crianças e adolescentes de todas as nacionalidades,  me pareceram  mais  alemães.
Fiquei um pouco, uma festa.  Bom  que estava tudo aceso e vi  como é linda essa igreja. Depois caí no mercado popular de são Giovanni, mundo  das bancarelas, mas estava muito fraco. Atravessei a porta. Sim,são muitas portas e caminhei em direção a Appia nuova, que leva em direção a Florença.
 A via é gigante mas só vim até a  pracinha e já comprei bilhete de metrô para voltar.
 Acho que grande parte das lojas são as mesmas.
Sentei e observo comendo um sanduíche de salmão que comprei.  Mto bom!!
Aqui deve ser um bairro classe média.  Embora não se tenha aguçada diferença de classe como no Brasil. Mas não sei.
Fiquei sentada até que cansei e saí andando para pegar o metrô.  Não estava cheio o transporte, parece que só os turistas aproveitam  a cidade.
No caminho a São Giovane entrei na igreje de Cosme  e Damião. Não lembro se conhecia. Ela dá para o foro Romano.
Muitos  músicos usam esse espaço para ganhar um troco. Tinham um  vom fuas guitarras tocando Pink Floyd.
Caminho  bem,  o que é bom para já entrar no ritmo.
Finalizei o passeio na piaza de Espanha, . Sentei e olhei a massa enlouquecida  . Uma moça muçulmana me pediu para tirar sua foto, estava  vom a cabeça coberta. Tirei e comecamos a  conversar . Então ela é dá Tunísia,  Primeira vez em Roma , faz Universidade em Bolonha, engenharia. Me disse  que gostaria de ficar pq em seu país a condição econômica é ruim e nãoveem emprego para engenheira,  penso eu. Perguntei se era democrático o país,me disse que sim.  Falei ccom ela , se depois da primavera árabe, disse tb que sim.
Aí perguntei o  que produziam, se tem   petróleo. AÍ ELA falou que este quem explora é a França.  Fiquei pensando como isso funciona.  O #PEPE Escobar   outro dia  falava da influência da França ainda sobre  esses países.   O que fazem eles, os europeus indo "tomar" dos outros suas riquezas.
 Nada  muda, e depois a Europa não quer receber os imigrantes. Que fazem aqui todo serviço que não querem eles fazer.
Também conversei com uma rapaz de Bagladesh. Dono de uma bancarela. Perguntei como funcionava, pq  todo comercio era da sua gente. Ele falou que aluga o ponto. Paga a comuna de  Roma para estar ali. Eu me lembro que  antes havia variação das bancas nos pontos. Não sei se ainda persiste,mas esse em particular disse que está sempre ali.  Ainda me falou que seu pai, adora o futebol Brasileiro. Ou seja, são muitas histórias que gosto de saber. A 
Amiga  de Sofia esteve aqui. Estudou  a filha da   minha  anfitriã, Linda, na escola francesa. Ela nos conta que  estudou ecologia, impacto ambiental etc  e que trabalha para uma ONG, no Senegal. Vive lá.  A  menina é um amor.  Disse que é muito bom  viver lá.   O Senegal fala francês.  Minha pergunta é o que  se vai lá fazer.  Nunca fica claro.  E se o que descobrem é usado para o benefício dos Senegaleses.Africa sempre foi exploradace isso parece que não  mudou.
De fato não preciso  sair do Brasil para questiona essas  coisas. Mas questionar daqui, fica mais forte. Simplesmente pq vejo o tal estado de bem-estar aqui, feito  com a riqueza dos outros  continentes.Quando não com sua  matéria prima, com sua  mão de obra.



Por ai - âncora Roma

Resfriei-me, ou estou atacadissima de alergia, cheguei anteontem a casa e a faxineira estava usando um produto fortíssimo e que fez mal de imediato.  Ou eu achando que estava sem frio acabei por me  resfriar. Fato é que na rua nada passa, na casa fico congestionada. Tomei remédio, gengibre e  nada. Um saco.
São 5:29 da madrugada, diferente dos outros dias madruguei.
Não sei se por ansiedade ou outro. Finalmente montei meus próximos 10 dias. Viajo dia  4 cedo pela manhã, depois do encontro com o papa  se o resfriado melhorar.  Mto chato. Mas fico preocupada.
A viagem começará por Bari e irá fo lado Adriático até a costa Amalfi. Todos lugares que não fui,  ou fui de passagem  pois me recordo de um passeio de carro com Flora. E de ter tb pegado o ferry para Grécia,  isso  lá em 2003.
Talvez essa organização esteja me deixando  ansiosa, estou mto tempo aqui e temo estar sendo inconveniente.
Hoje sai cedo e fui encontrar a Rossana, amiga de longa data de trabalho.
Ela sua amiga Regina. ROSSANA  tb viaja sozinha, na maioria das vezes.
Marcamos encontro no metrô da Piazza de Spagna.  Foi ótimo, fiz um giro  com elas que foi da Fontana de Trevi passando pelo Panteon, Piazza Navona, Via del Corso, Vitorio Emanuelle, até o csmpitolio onde tomamos café no terraço.  E ainda almoçamos no restaurante Gino e Pietro,mto bom. Comi um gnocci de gorgonzola mto bom e vinho. Também chupei um  pirulito de morango e canabis, que  só tem marca e preço . Mas a cidade cheia de lojinha franquia de Amsterdam, cidade que gosto muito. Não pelas drogas mas pela arquitetura.
Roma  continua lotada, de não se conseguir andar  direito.  Parece até um bloco de Carnaval.
Alguns italianos continuam  grossos, terrívelmente brutos com os turistas. Queria ver se não tiverem turista,  do que o imbecil da porta da Igreja onde tem o Caravaggio viveria. 
Outro um Brasileiro sem identidade,  que passeava pela via del Corso,  eu escutei falando e falei como Carnaval, o babava parece que ficou com medo, ou talvez  não pudesse ser visto .  
Digo isso por ser  comum longe  do seu país vc se comunicar  com os patrícios. Mas tem gente sem empatia .
 Deixei aa meninas no caminho do metrô e vim para casa onde todas dormiam.
  Tb achei uma loja chamada  Humano  Vintage, no Corso vitorio. Mto boa.
Sem grandes observações no momento. Exceto pelas iniciais baixas de preço . ACHO que por medo que tudo encalhe os lojistas, sem o frio, começam a baixar os preços para pegar os turistas.
É mta roupa de frio.  Coisas simples são caras e outras mto baratas.
Dá mesmo  vontade de comprar,mas para que?  No calor do Rio de Janeiro.  Já tenho mais que o suficiente.
Hoje, daqui a pouco tem Porta Portese.  Uma grande feira popular que vende de tudo.
Tô na dúvida se vou.

Passei tb hoje pela Igreja da área sacra de torre Argentina. E meu obelisco preferido dobre o elefante.
Adoro essa escultura.







quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Comidas etc

Talvez me repita, já vou logo dizendo.
Viajantes como eu, não frequentam restaurantes da moda, não possuem acesso aos grandes chefes, quiçá aos pequenos, mas comemos o que o povo da terra come. Já foi o tempo em que me encantavam os menus turísticos, hoje busco os restaurantes mais escondidos,indicados  por  qualquer um que viva no lugar e seja do grupo bbb( bom, bonito e barato).
Hoje fomos a um restaurante perto do Vaticano, e da Ponte dos anjos.  Restaurante que minha anfitriã costuma almoçar todos os dias. Preço assessivel, comida boa. Comi um  espaguete a carbonara Romano de fato,  com panceta( Bacon crocante) e um creme que é feito de ovo e queijo 🧀🧀,  não leva creme de leite como se faz em outros lugares. Não tirei  foto. Sempre me esqueço.  Acho que é pq sou gulosa. Quando vejo o prato, só vejo ele, e nada mais me importa , quanto mais fazer foto.
Por acaso, ontem fiz a foto dos antepastos.
Também comi  um tiramisu de  frutas vermelhas de tirar o fôlego. Mto delicioso.
Aqui em Roma a moda agora é pincha, uma massa um pouco diferente da pizza, menos crocante. Lembra a pizza do Tribas em Santa Tereza.  Eu prefiro a velha e Boa massa crocante cujo  cheiro atordoa  qualquer um.
Também minha anfitriã cozinha divinamente. Fez  uma pasta quando cheguei com tomates frescos e na ceia salmão com purê de batata, e dia seguinte peito de Peru.
Ou seja,  melhor impossível.
 
No mais, tenho acordado tarde.  Saído tarde,  mas sem cobranças.  Já conheço esse espaço, minha intenção  não é mais conhecer, mas vivenciar a cidade.  Coisa que o turista não faz, pq não tem tempo.
A cidade mto cheia incomoda.  Até andar  na rua é ruim,   acho que depois do ano novo deve melhorar.  E embora eu viaje, aqui Retorno para última semana.
Fomos hoje pela  Colli de Rienzo, com suas lojas e bancarelas.  O que é  sempre sucesso por aqui.  De novo são os paquistaneses que vendem . Não sei porque é assim,mas é. Sobre a Ponte dos Anjos os Senegaleses,ou outros, vendem  suas bolsas de marca. Louis Viton etc.  Tudo  fake, ou apenas da segunda linha.  Quem será que tem dinheiro para o verdadeiro.
 Fiquei pensando, que nessas ruas por aqui, via del condoti, as lojas,  Chanel, Dior, Dolce Gabana,L. Viton etc,  todo mundo só passa vendo.   Todavia ontem ,na frente da Chanel, tinha fila  de  Coreanos  ou chineses. Não soube identificar.
 Onde fica  cheio e o povo compra é na espanhola Zara e na sueca H&M. Ali se pode comprar. Mas  se formos  olhar tudo produzido na china e  países da Ásia.
Outras lojas, americanas tb existem.  Tem Gap,  que dizem que é cara aqui e barata  lá. Não faço ideia do que tem. Nunca entrei.  Tem Havaianas...  tem Havaianas... sim tem.  Mas parece que tb é cara.  Vou outra hora ver o preço.
E tantas outras pequenas.  Não me interesso. Muitas tem no Rio. O que  gosto mesmo é ver bancarelas, camelôs.  Todos regularmente inscritos.
Nas esquinas surgem com suas vans e tendas  com muitos produtos.
  Na via dei Coronari Tb tem muitas lojinha, uma só de patos. DUKE DE Roma. São patinhos , aqueles de borracha de bebê, de todo tipo, figuras famosas e profissões. O mais interessante, o rapaz que atende no balcão tem boca de pato. De verdade,  tipo Julia Robert  mas maior. Será...
Outra loja que parece franquia é de maconha. Isso falo depois.
A casa ontem,  recebemos  a embaixadora seus filhos,mãe e marido. São mto simpáticos. Eu entendo o que falam,em espanhol ou italiano, mas falar faço uma puta mistura. 
A embaixadora do Paraguai ,  e seu marido Tb do corpo diplomático do México.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Observar o movimento com aperol e petiscos

Amo antepasto, um monte de guloseima que não se queima fácil e que geram problemas de figurino posterior. Ma che fare!, Niente, se manja e pronto. BASTA DE PENSARE!

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

O que os olhos não viam

2014,estava na Copa do mundo do Brasil quando passei por Roma na última vez. O vexame contra Alemanha. É  difícil para  um turista saber o que mudou.  As estátuas e monumentos continuam ali.É verdade que  mais desgastados pelo tempo e poluição.   Muitas lojas são as mesmas,muitas diferentes.  O fluxo de pessoas no feriado ,é o mesmo, e gigantesco. Hoje dia 26,ainda é feriado. Sempre aqui tem um feriado depois do feriado normal, Natal, Páscoa etc. Mas muita coisa abre. Restaurantes e outros.  As filas são enormes, mesmo para  um pedaço de pizza.
Fui andando sem rumo muito certo.  Via del corso até Piazza  Venezia   virei a direita para Teatro Marcelo, capitólio e boca della veritá.
No capitólio fui ao café com um belo terraço, que não lembro se conhecia e o melhor com um banheiro.  Se anda muito, mas não se vê qq posto público para fazer xixi.  Preciso não beber para aguentar 5 horas direto andando.
O foro do alto é muito grande assim como todo complexo em torno dele.  Muito bonito. Recordo de ficar ali sentada escrevendo  em 2003, especialmente qdo sentia saudades e me perguntava o tinha vindo fazer aqui, naquele momento.  De certo que fugia da dor da separação, fim de casamento. Cruz, que brabo que é isso.   Mas foi uma boa escolha, melhor fugir aqui  do que  em casa,  ainda mais estudando, pesquisando   e sendo paga para isso.
Todavia, acho que eu podia ter aproveitado  mais a época. Mas era meu tempo,lento diga-se de passagem. Marcha lenta essa minha.
Talvez nesse campo eu tenha mudado pouco.
Então,  mudemos o rumo da prosa.  Impressões da rua:
As vitrines estam cheias de vestidos vermelhos,curtos e decotados, muito brilho Tb.
As bocas das mulheres,muitas, com preenchimento. Todo mundo com lábios de Angelina Jouli, um pouco mais talvez.
Jovens  ou não. Muita maquiagem, isso sempre foi. Talvez pelo frio.
Mas  não está muito frio. Está agradável para andar por toda cidade.
 A rua lotada de gente de todo canto. Muitos brasileiros, passeando e trabalhando duro.
Depois do café de capitólio, desci ao Teatro de Marcelo e fui beirando o Rio e entrei no bairro judeu.
Ali mercado de kosch( não sei se escreve assim) , Sinagoga e uma exposição sobre o nazismo e campo de concentração. Entrei, vi rapidamente e saí. Muito forte, mas as imagens de crianças não tão diferentes das de Gaza hoje.
O ser humano, eu não sei ,  parece sempre um animal caçando.  Saí logo porque não queria  ver imagens dialéticas,   como diz  Walter Benjamim.
Vários Restaurantes com comida judaica e antiquários.  Não me lembrava dessa área.
Segui até o Campo dei fiore hoje tinha feira. A maioria das barracas com trabalhadores paquistaneses.  Esses são aqueles que  muito trabalham por aqui. Qualquer dia, qualquer hora.  Sempre me olham esquisito, quando  podem perguntam se sou indiana. Eu sempre brinco,   e peço para adivinharem.  Faço isso sei lá quantas vezes na rua.  Também os Senegaleses perguntam. Agora não  falam mais nomes dos jogadores. Mas falam SAmba!!! 
É engraçado do jogo.
Passei no Panteon, lotado, e na  Fontana  de Trevi , mais que lotada. E ainda na igreja de Santo Inácio,  onde  havia fila para um espelho no meio do salão onde se faz  foto do teto. Não fiquei na fila. Outro   dia volto lá.
Voltei  para casa.  A chave abriu a portaria, mas não saiu ,que fazer?Tirei a chave da casa e larguei na porta a da portaria. Agora não posso sair, pq não poderei entrar no prédio outra vez. Pqp.  Aguardo minha anfitriã.

Eternamente Roma

A imagem do Foro Romano, ainda ali firme em suas ruínas mostram toda a força de permanência desse império. No entanto, ao chegar a piazza venezia, em transformação para  abrigar um nova  estação do metrô,nos deparamos com o grande monumento fascista  que se pretendia maior que todo império. Muitos turistas pensam que tb o Vitorialle  é do império.  E não percebem o qto diferente ele é.  Ele desarmoniza a paisagem,  esconde toda a parte clássica da  cidade e sobre a clássica a medieval.  É, Roma é assim, os tempos nela se misturam e fica   difícil ver em que século estamos.
Parece que são  tempos dentro de outros tempos, assim como a arquitetura, as árvores e tudo mais.  A igreja de Aracoeli , e o que fica atrás dela são escondidos. E a Lupa ali exposta se recente de não ter olhos para ela.  Ninguém a olha, ninguém se lembra do mito de  origem da cidade. E ali os 2 meninos mamando no seio da loba são apenas uma coluna no meio  de  tudo.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Cheguei!!

Em Roma de novo. NATAL. Estive na missa do galo, dessa vez dentro da igreja, do lado do Papa. Que grande homilia!!  O Papa falou contra o consumismo, contra a guerra e tudo que é importante, ou que seria  para que a harmonia reinasse se o povo fosse menos  egoísta e buscasse menos o lucro.
A ceia maravilhosa,tudo divino e um sono tranquilo.
Hoje fui a rua agora cedo, não está frio. E a cidade continua linda. Saí pela via del condoti até via del corso, escolhi andar até piazza venezia e voltar.  Fui fotografando somente o que não lembrava.
Tive que voltar por vontade de xixi.  Aff!
O cheirinho de castanha queimada, agora as bancas são dos  indianos.  Esse cheiro é característico da Piazza de Espanha.  E outros cheiros que vou recordando. Nunca estive tão bem localizada.  Ando para tudo a pé. Lembro coisas, andadas, momentos, memórias, sensações. Novas e inesperadas.  Meu italiano horrível como sempre. Só estrangeiros entendem kkk. Tanto faz para mim.  Leio, vejo, capito.  Vá bene. Meus olhos se enchem da monumentalidade dessa cidade.  Na volta do Vaticano de carro passamos por ruas que turistas não vão.
Pergunto-me se ainda sou turista depois de viver aqui por 1 ano e voltar agora pela segunda vez, 20anos depois.
Quero crer que não, afinal é a cidade eterna...
Cada vez minha própria aparência vai mudando, mas a cidade não. PQP... Eu cada vez mais velha e a cidade eternamente igual. ... 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Compasso de espera

Viajo na sexta,com parada para troca de avião.
Difícil voar do Rio de Janeiro, normalmente muitas horas e sempre passando por algum lugar. Portas de entradas e de saídas que nos levam a um ponto passando por outro.
Foi a surpresa do desligamento  do novo, agora velho trabalho, que me fez estar aqui. Estaria na praia, mas enfim aguardando.
Muitas expectativas sobre o que verei. Lógico que tem lugares que estam ali a mais de 2000 anos,só.
A cidade cresce e os lugares ali, testemunhas de um passado que não me cabe julgar.
Uma cidade  vai sendo erguida sobre muitas, o tempo todo suas energias se tocam,  sua poeira cósmica vai se misturando no tempo e  sendo  o que foi e o que será.
Tudo é poeira. Tudo é pó. Viemos e vamos. Seremos sempre, o pó que aparece apenas no contraste  com a luz, que me intrigava e que Guzman usa no seu Nostalgia da luz, como poética na sua imagem.
Imagens de luz, de tempo, de dor, de sentido construído sobre o passado deixando luzir um relâmpago de futuro.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

"Tem lugares que me lembram minha vida por onde andei" RL

 E lá vou eeu, pela  imensidão do ar. Para ver, comer, andar, escrever...   Faz tempo, 11 anos. Certamente meu mapa passa por lá, norte, sul, talvez sul mais que  norte. Veremos... Que me sigam. Revisitando, não, nada é o mesmo depois de  11 anos, nem mesmo a cidade eterna. Mas  será dela que  vou falar. Ela será um capítulo do meu livro. Até...  

domingo, 24 de setembro de 2023

Salvador mais uma vez!!

Não sou do grupo que diz que gosta de repetir viagem. Mas pela 3a vez  vou a primeira capital do Brasil. Terra de meu  bisavô,  creio eu, que também se chamava Salvador, garimpeiro.
Não sei como ele foi parar em Mangaratiba,  e de lá não mais saiu.
O fato é que  a capital mais negra do país é uma Beleza de cidade.
Sua geografia frente ao mar seu povo na rua, sua lentidão e simpatia, tirando um poucos é uma delícia.  Cada vez conheço lugares diversos. Dessa vez da UFBA ao Pelourinho  foi minha rota.  Não que tenha feito mta coisa. Mas vi,  como os estudantes.  Fiquei na vontade de ir a Cachoeira, que vou na próxima vez . Sim,  haverá próxima. Não vi tufo, mas com dicas de Robson consegui  ver outras coisas que não conhecia.
Mas o que, que a Bahia tem? Tem tudo, cultura,  resistência,  legitimidade, simpatia.  Tá cheio de Paulista por lá, esses que giram encantados e ficaram e seguem  transportando o que tão vendo. Andei desconsiderando o estranho de uma situação de gestão pública de Segurança. Mas a cidade resiste,o povo também. Ninguém passa incólume pelos 8 últimos anos de violência e incitação.
 Contudo mais bonito de se ver é mesmo a  cultura negra,a mistura e sua força.  Talvez eu deva reler Jorge Amado  e  me deliciar com sua narrativa. E ler Milton Santos  e ouvir Gil e Caetano .  Enfim, cheguei com  vontade de voltar.

sábado, 16 de setembro de 2023

Procura-se uma cidade

 

Procura-se uma cidade

 

 Tenho pena, tenho pena das cidades que se desfazem no tempo. Desde criança queria ser  viajante.  Alguém  que perambula pelos lugares mais diversos observando, vendo, sentindo sua energia. Agradava-me pensar no ser nômade, em busca de comida e sensações. Talvez um Flanêur ou um Marco Pólo desbravando os espaços perdidos. Cidades da imaginação, invisíveis e visíveis, todas  querendo se mostrar para o descobridor.

No entanto, esse descobridor o que busca não sabe. Riquezas, fortuna, cultura, amor, o que? Quando chega  à cidade nova lembra de imediato da sua, como diz o poeta lembra “ do rastro de sua  cidade no tempo”, mas  quando volta à sua  cidade o que vê não é mais o que lembrava, é uma outra cidade,deformada por seus moradores, cidade que não  quis  envelhecer, e que se transforma monstruosamente.

As casas são outras, os moradores são outros, as praças desapareceram, as pedras foram trocadas e os  morros ocupados desregradamente.

Procura-se uma cidade. Aquela da lembrança das fotos no solar. Da lembrança dos  moradores antigos, aquela  que lutava para aparecer e  que sobrevivia ao progresso desenfreado que não leva a nada.

Mangaratiba...

Seu rastro no tempo amarelou, ficou drumondianamente,  pregado na parede das casas, ou no museu do solar.

Suas  praças deram   lugar aos carros, um estacionamento.  Carro vale mais que gente sentada sob a árvore pegando fresca. Seu trem também foi comido pelos carros. Sua mata de contorno vai sendo arrancada pelos invasores que não se importam com a sua beleza. As fachadas, AH! As fachadas, letreiros enormes apagam suas datas de nascimento, seus desenhos de estuque, sua estátuas de enfeite, até a igreja de Nossa Senhora da Guia agora tem galhardete na frente, enfeiando seus últimos azulejos portugueses, colocados na sua construção.

    Onde está minha cidade, onde está minha igrejinha branca e dourada, que se identificava com todos que tinham pelo menos 100 anos.

 Minha cidade sumiu, não foi inundada pelas águas, foi inundada por uma onda feia, que descaracteriza, que se desmaterializa da memória em busca do lucro.

Não mais a reconheço. Percorro por meia hora suas ruas. Na pressa de tirar  ainda  fotos do pouco  que restou da  cidade antiga. Pior que derrubar  é  arrancar os pedaços, a morte é lenta, dolorosa. Quando matam de vez, como fizeram com São João Marcos, a lembrança que fica  deleita a memória dos vivos. Mas quando  transformam a cidade num Frankstein não tem jeito. Só mesmo apelando para a Senhora da Guia. Tenha piedade de Mangaratiba.     22\01\2013

quinta-feira, 21 de julho de 2022

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Cidades

Cidades
 Atualmente  ao  flanar pelas  cidades temos a sensação de que sempre estamos nos  mesmos lugares.  Estejamos em  nosso país ou  não.  Isso pode parecer uma heresia, mas  a modernidade e a pandemia nos causam essa sensação. Por isso ao percorrer  as ruas ficamos ávidos por um espaço que tenha algo de diverso.  
Em Curitiba,  sinto o mesmo que  no Rio.  O Centro se transformou num espaço que lembra algo  em plena decadência.  Não se encontra um café legal,  uma vitrine  bonita, uma galeria que lembre  o fim do século xix.
O consumo transformou  as lojas de rua em espaços estranhos e o brilho  das luzes foi mandado para o shopping center. Entretanto, nesse lugar  não temos dia, noite, vento,   especificidades, eles são iguais em qualquer lugar do mundo. Recuso_me  a ir ao shopping para ver a cidade. A vida está na rua, no shopping ela é uniformizada.
 Saio entrando nas vias transversais em busca de  novas imagens.  Meus olhos se perdem numa imagem povoada de cartazes feios,  de letreiros disformes,  de produtos inúteis.  Nunca vi tanta quinquilharia. Produtos chineses,  plástico, plástico.
Nos labirintos citadinos sentei- me na Boca Maldita,  que já não é mais maldita.    Talvez um único espaço para  poder observar a rua mais importante da capital, mas logo levanto-me.  Os pedintes não me deixam observar ou escrever, ainda mais quando me chegam sem máscaras. 
Levanto-me  entro em outra viela e vejo uma ladeira no fim com um prédio diferente. Aperto o passo, antes que a miragem se perca.   Uma praça no alto do morro, pinheiros em volta,  uma ruína,  um café.   Cansada, sento e peço  um cappuccino para esquentar e do alto conseguir   olhar.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Limites

Não me queixo,  não estou presa em casa, me conduzo por lugares vazios onde o vírus não pode estar.
Tento no máximo  possível fotografar  os espaços públicos que não mudaram. A natureza, o mar, a Lagoa, a floresta e os animais.
Penso se a humanidade de fato mudará mas não vejo  como. Sinto-me num filme de ficção, escrevo a ficção quando o tédio não assola.
 Viver, ah viver supera o entendimento.

Férias limitadas com pandemia

sábado, 18 de abril de 2020

Rotina -Covid19








Vejo filmes, ando disciplinadamente na  minha rua deserta, faço yoga, lavo louça, faço comida, lavo roupa, leio, escrevo, arrumo.  Rotina  boa, conveniente, nada diferente de  sempre. Descobri Acrópolis, palestras, tudo que gosto, como se estivesse assistindo a uma aula me atualizo, me formo e não me informo sobre o que  acontece do lado de fora do meu reino.  
Faço conexões  com a vida pregressa, a minha e a dos outros, analiso amores,  detenho os  mitos e  penso na importância  dessas histórias para a humanidade.
Tenho em mente que aquele que sofreu o trauma e não consegue dele falar, não o superou. Isso só vai acontecer  quando falar, elaborar, reinterpretar o que  foi o trauma.  Não falar é colocar embaixo do tapete mais  uma vez o que viveu e não vai crescer nunca. Crescer  é ultrapassar uma coisa para viver outra,  crescer exige desacomodar, sair do cômodo, sair do estabilizado e ir viver. Parado  não se vive, parada  é a condição de quem desiste de viver. Viver é perigoso, viver não é preciso. Viver da medo. Viver é se expor, é se deixar, é  se questionar e se rever, Viver é rir de si mesmo, rir das merdas que faz tendo consciência  delas, mesmo que te doam, é assumir que fez e ser responsável por si mesmo, viver é não servítima, é não fazer  culpado todo o resto, é assumir que você  foi quem fez e   por isso paga a conta,  viver é se dar conta, é cuidar de si, se amar e se odiar, saber que pode errar mil vezes, e que pode  depois de errar acertar, viver é entender que existe um sopro, uma energia que te impele para falar, para sentir, para experienciar e não  parar.  Viver é dançar, é chorar, é ficar com raiva e também com amor e se permitir as duas faces da  moeda, pois que somos assim, temos anjos e demônios em nós, e saber disso nos faz forte para   controlar o que de pior temos e não deixar que nos façam mal, a nós e aos  outros. Viver é acima de tudo, amar a vida, gostar de ver, gostar de sentir, ter tesão pela vida por mais árdua que seja. Viver é isso, se permitir ser quem você é, sem se iludir.                   

quinta-feira, 19 de março de 2020

Série quarentena Covid19

Desde sexta feira passada vivemos a quarentena, certamente  deve ser bem diferente das outras quarentena vividas pela humanidade, pelo simples fato de todos estarmos conectados e sabendo p que acontece no mundo pela internet.
Comecei tímida meu processo como todos, saí sozinha para caminhar sábado na minha própria rua, e descobri que o  museu  Chácara do céu terminou sua obra, o funicular e um imenso terraço de onde se pode ver toda cidade e todo meu bairro. Ou seja, ponto positivo, pensei que se ficasse no Rio, poderia fazer ali o tour diário, já que estaria vazio e preciso compensar o que tenho comido de doce,mesmo de dieta.  Sim,  corro o risco de terminar a quarentena diabética, pois não consigo ficar sem o doce.  Ansiedade?  Não sei, mas se em casa tem um histérico pode de 1kg de doce de leite uruguaio, aqui na fazenda tem  doce de goiaba, doce de mamão, de banana tudo que faço. 
Adiante me falo,  vamos ao mais importante.
Depois de ir ao médico na segunda feira, tive que trazer minha mãe de volta à sua casa,  então eu e Alice viemos. 
Mas hoje é quinta feira 19  6 horas da manhã. Já acordei e escrevo antes do dia começar.
Nossa rotina na fazenda é diversa.  O primeiro dia foi muito movimentado,  cozinhei,   mexi na horta, andei, fiz yogurte da Rita Lobo, eu e Alice.   
Mas com isso tudo o dia ainda foi tenso,  estávamos mesmo daqui resolvendo a burocracia da cirurgia do papai. Ele precisa , segundo o médico, operar o câncer do estômago e  durante a pândemia. Como será não sabemos.  Acho que  estamos apreensivos. ... afinal  somos humanos.
Depois de mexer na horta, tomar café com o aipim que colhemos,  fomos caminhar aqui dentro mesmo. Fiz mais meia hora com Alice, meu pai que fez meio roteiro e Titi, ela é a gatinha que apareceu aqui, chamei de Tigresa porque é rajada e Alice apelidou de Tito.  Acho que ela é meio cachorro. Porque acompanha  quando andamos, vai correndo, muito diferente dos gatos que conheço. Tudo bem que deve ser filhote.
 Mas assimvai transformando, mas subi na goiabeira tentando capturar os últimos frutos da estação, quando desci escorreguei e ralei  o braço feio e a pele da queimadura saiu.  AFf!  dói...
A sensação é  de que aqui pode ser um  mundo paralelo.
Os sons são diversos,  o clima é diverso,  cono se fossemos  puxados a outra dimensão. Se quiséssemos desligariamos tudo e  pronto.  Mas não écessa a intenção, precisamos estar atentos para o que fazer.  Ontem por exemplo batemos panelas e #ele não me representa!!,   o mundo sairá melhor dessa pãndemia?   Quais  São nossas chances,  levantei imaginei o efeito da bomba de nêutron, tudo em pé, sem a humanidade, nós nos auot destruímos quando invenramosca bomba. Escuros os pássaros, a galinha tô fraco, tô fraco... 
Vamos levantar, tenho fome..


Série quarentena- Covid19


Quando a liberdade faltar
Olhando os amigos europeus  fico pensando no que fazer quando de  fato a liberdade  temporariamente faltar.
Acho que  vou colocar a leitura em dia, vou arrumar a casa e organizar estantes de livros e papeis, vou ver os filmes que deixei de ver e que tenham na plataforma,  vou escutar música, caminhar no corredor de casa,  falar pelo aplicativo, ligar para todos que estiverem de  plantão e quiserem fofocar um pouco sobre a falta de  liberdade, vou olhar pela janela e ver a cidade silenciosa. Não haverá o samba que hoje ainda soa, não sei bem em que local, não haverá o burburinho que a cidade tem de dia e que eu escuto de casa. Mas os pássaros  que passam pela janela continuarão,  os periquitos  na palmeira também, quem  sabe não se animam e aparecem para comer o girassol que eu coloquei no parapeito, aí eu  ficarei feliz se conseguir fotografá-los e  enviarei para todos os amigos e isso vai virar festa, pois todos  os presos em casa se imaginarão como os periquitos da  cidade, que fazem uma imensa algazarra  pela manhã.
Todos também terão tempo de pensar um pouco mais sobre sua vida, sobre suas escolhas, sobre seu país e seu desgoverno e quem sabe alguns dos presos não consigam de fato ver a realidade sem a lavagem cerebral  que lhes  foi imposta, mas  isso  somente se  a máquina de fake news  não for alimentada, pois se for,  é capaz de tudo ainda ficar pior depois que liberdade vier.
Mas eu sou otimista,  o tempo vai passar, o vírus vai mudar e se  fizermos certo a pandemia passa, como passou a peste e a gripe espanhola,  e  eu sinceramente espero que  com ela passe também a imbecilidade dos que nos governam e a cegueira dos que o seguem.  E para todos  fica a dica, “O ensaio sobre a cegueira”.       

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Fazenda da Lapa

A Fazenda  da Lapa é  histórica e está  situada na Estrada de São João Marcos, em frente à entrada do Matutu.
É a única fazenda da estrada que ainda  preserva características históricas.
Estamos abrindo para visitação externa, temos um bazar e brechó, uma piscina natural e uma queda d'água.⁹


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