terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Roma in foco

Um giro por Romano primeiro dia do ano

Capodano em casa  todos foram a rua ver a queima de fogos. Preferi ficar e não me expor ao frio e umidade, já que não estava bem. Creio que uma renite me pegou.  Fiz o teste de Covid , mas acho que queimei o teste. Bem, procedi como se estivesse com a maldita.
 Na ceia  brindamos e  fiquei distante por tudo.
Hoje acordei mto bem depois de tomar o descongestionante que Linda me deu.
Hoje tomei café com Mônica Fabiana  e conversamos sobre a condição dela.
é mto difícil, deve ter mta determinação e falta de expectativa no lugar de origem.
Hoje depois de arrumar  as coisas, tentando organizar para Linda, sai a passear.
Aqui  estou em uma pequena pracinha  e resolvi comer algo quente. O  tempo está nublado e espero que não chova.
Do meu lado 3 italianos um rapaz e duas moças.  Conversam sobre   tudo.  Falam alto como sempre.  Jovens , mas não muito.
Estou com  preguiça de escrever. Somente  fotos diferentes colocarei.

Santa Maria Maggiore



No alto dessa colina está esta basílica papal, única devotada a Maria.  Tem outras Marias, Sta Maria in Trastevere que fui ontem e tantas outras.
Vim a pé até aqui , desde a praça de Espanha. Me sinto melhor, e hoje apesar de mais frio, 6 graus, o céu está  de brigadeiro, limpo,azul. A cidade fica  mais linda, pois  realça a arquitetura.
Não basílicas e igrejas não  se  paga para entrar. É grande o movimento todo tempo.
Ontem  dia 1 muita coisa aberta e quem trabalha são homens de Bangladesh. São muitos,  porém não vemos mulheres. Sei que compõem  um gueto,mas não sei onde fica.
Mas eles são os que mais trabalham por aqui seja nas bancas de rua, nas lojinhas de souvenir, nas de alimentos ,vendendo passagem ou nas cozinhas dos restaurantes, como vi ontem. Não sei se chamo  nova escravidão.

Monumental, que dizer desse posto . Qualquer referência a Roma remetente ao Coliseu e suas histórias de gladiadores e pessoas querendo ver sangue.  Será que mudou?  Creio que  não.   Estou sentada no ponto alto de onde assisti  o show do Paul McCartney em 2003.  Foi um maravilhoso show. Na rua gratuito para o povo. Lotou!!! 
Essa cidade é assim,lotada no verão e no inverno,não tem tempo ruim para ela.
Todavia, desde 1839   qdo a fotografia foi inventada, imagino que  jamais a cidade  foi tão fotografada. São milhões de clickes por segundo.  Não sei  para que nuvem gigante tudo isso  vai. Alimenta-se um banco   infinito que eterniza a cidade. 
Nesse pedacinho diante da grande imagem e coberto por uma árvore alguém quis eternizar  tb seu amor. Será?? 
Um pequeno espaço  quase escondido.  Eternizar é uma palavra   com uma carga que me parece impossível. Nada é eterno , tudo se transforma. Ou melhor , nada é eterno na sua  forma presente.  Muda tudo,nem bem acabamos de ver.
O estoicismo falava isso?  Chuto, pq de filosofia sei nada.  Mas tudo conduziria em um  momento a uma ordem  do cosmos.
Pensando sobre esse prisma tudo que existe poderia ser eterno visto que um milionésimo de átomo pode estar ali presente.
Mas que importa?  
A obra , literária.   A história que se perpetuou seja real ou ficção ,Dante e Beatrice. 
A  história de um povo, essa mesma modifica conforme as releituras que dela fazem, as novas interpretações.
 Mas por que falo isso?  Não sei, falo qualquer coisa que me venha a mente e me faça refletir. 
Tipo, meus pés e 2 meninas que devem ser coreanas, visitando  Roma. Parecem  bem novinhas.  
Em torno de mim muita gente aqui pegando o sol, de quase 3 h, lagarteando. 0 que é bom. Eu sem coragem de levantar.
Não tenho fome, mas preguiça.
Quanto será que custa um apartamento aqui, com  essa vista? Certamente muito.
Já se vê aqui aparelhos de ar condicionado. 
Sinal que os tempos mudam.


domingo, 31 de dezembro de 2023

31 dezembro dia de esperança


“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um individuo genial.

Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número
e outra vontade de acreditar
que daqui para diante tudo vai ser diferente.

Para você, desejo o sonho realizado,
o amor esperado,
a esperança renovada.

Para você, desejo todas as cores desta vida,
todas as alegrias que puder sorrir,
todas as músicas que puder emocionar.

Para você, neste novo ano,
desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família seja mais unida,
que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas…
Mas nada seria suficiente…

Então desejo apenas que você tenha muitos desejos,
desejos grandes.

E que eles possam mover você a cada minuto
ao rumo da sua felicidade.”
(Carlos Drummond de Andrade)


O poema do Drummond que me chegou, sem dúvida,além de lindo, renova as esperanças. Todo  mundo quer que melhore a vida na terra. Mas que fazemos nós para que isso ocorra?  Eis a grande pergunta, a nossa e de  muitos. E se  a humanidade quisesse, de verdade, teríamos.  Paz,  comida para todos, diversão, arte, mesmas oportunidades vem depois. Mas, será sempre que desejamos o que  nos é impossível?
Cada um fazendo sua parte, chegaremos lá?  Não sei.!!' Talvez não, é difícil admitir. Que força maior conduz as energias aqui?   E que energia é essa, que não a do amor sobre tudo e todas as criaturas da terra.
Deixa estar, melhor esperançar, e essa   Merda de renite, gripe, covid, alergia, sei lá o que  é suma  de mim  pois tenho que seguir a vereda já  meio definida.
Nunca vim tão sem planos,sei para onde vou, agora já sei como, pois comprei o bilheto.  Lugares lindos, natureza estupenda, civilização  muito antiga quando a Itália ainda era Grécia.
E vou  dia 4, pela matina, mas antes encontro o Papa!!

Rever lugares

Não que rememorar me seja necessário,não é.Todavia esta viagem no seu  início tem certo caráter de rememoração. Já  fui aos lugares que ia e agora me sento na praça do lado da minha primeira casa.  Tuscolana 55.  Até no supermercado que ia fui. Vi o povo do lugar comprando as coisas .Também isso é o mesmo. Aqui na praça, uma pista de gelo  que deve estar derretendo porque não faz frio. SIM, todos encantados COM O GELO, mas não quer dizer frio, Frio, de verdade.  Creio que o povo usa mais casaco do que necessita.
Sai  de casa as 10:16h, vim andando pela via imperial até o Coliseu e peguei a Via  de São giovane laterano para ir a basílica.
Estava lotada a basílica, com crianças e adolescentes de todas as nacionalidades,  me pareceram  mais  alemães.
Fiquei um pouco, uma festa.  Bom  que estava tudo aceso e vi  como é linda essa igreja. Depois caí no mercado popular de são Giovanni, mundo  das bancarelas, mas estava muito fraco. Atravessei a porta. Sim,são muitas portas e caminhei em direção a Appia nuova, que leva em direção a Florença.
 A via é gigante mas só vim até a  pracinha e já comprei bilhete de metrô para voltar.
 Acho que grande parte das lojas são as mesmas.
Sentei e observo comendo um sanduíche de salmão que comprei.  Mto bom!!
Aqui deve ser um bairro classe média.  Embora não se tenha aguçada diferença de classe como no Brasil. Mas não sei.
Fiquei sentada até que cansei e saí andando para pegar o metrô.  Não estava cheio o transporte, parece que só os turistas aproveitam  a cidade.
No caminho a São Giovane entrei na igreje de Cosme  e Damião. Não lembro se conhecia. Ela dá para o foro Romano.
Muitos  músicos usam esse espaço para ganhar um troco. Tinham um  vom fuas guitarras tocando Pink Floyd.
Caminho  bem,  o que é bom para já entrar no ritmo.
Finalizei o passeio na piaza de Espanha, . Sentei e olhei a massa enlouquecida  . Uma moça muçulmana me pediu para tirar sua foto, estava  vom a cabeça coberta. Tirei e comecamos a  conversar . Então ela é dá Tunísia,  Primeira vez em Roma , faz Universidade em Bolonha, engenharia. Me disse  que gostaria de ficar pq em seu país a condição econômica é ruim e nãoveem emprego para engenheira,  penso eu. Perguntei se era democrático o país,me disse que sim.  Falei ccom ela , se depois da primavera árabe, disse tb que sim.
Aí perguntei o  que produziam, se tem   petróleo. AÍ ELA falou que este quem explora é a França.  Fiquei pensando como isso funciona.  O #PEPE Escobar   outro dia  falava da influência da França ainda sobre  esses países.   O que fazem eles, os europeus indo "tomar" dos outros suas riquezas.
 Nada  muda, e depois a Europa não quer receber os imigrantes. Que fazem aqui todo serviço que não querem eles fazer.
Também conversei com uma rapaz de Bagladesh. Dono de uma bancarela. Perguntei como funcionava, pq  todo comercio era da sua gente. Ele falou que aluga o ponto. Paga a comuna de  Roma para estar ali. Eu me lembro que  antes havia variação das bancas nos pontos. Não sei se ainda persiste,mas esse em particular disse que está sempre ali.  Ainda me falou que seu pai, adora o futebol Brasileiro. Ou seja, são muitas histórias que gosto de saber. A 
Amiga  de Sofia esteve aqui. Estudou  a filha da   minha  anfitriã, Linda, na escola francesa. Ela nos conta que  estudou ecologia, impacto ambiental etc  e que trabalha para uma ONG, no Senegal. Vive lá.  A  menina é um amor.  Disse que é muito bom  viver lá.   O Senegal fala francês.  Minha pergunta é o que  se vai lá fazer.  Nunca fica claro.  E se o que descobrem é usado para o benefício dos Senegaleses.Africa sempre foi exploradace isso parece que não  mudou.
De fato não preciso  sair do Brasil para questiona essas  coisas. Mas questionar daqui, fica mais forte. Simplesmente pq vejo o tal estado de bem-estar aqui, feito  com a riqueza dos outros  continentes.Quando não com sua  matéria prima, com sua  mão de obra.



Por ai - âncora Roma

Resfriei-me, ou estou atacadissima de alergia, cheguei anteontem a casa e a faxineira estava usando um produto fortíssimo e que fez mal de imediato.  Ou eu achando que estava sem frio acabei por me  resfriar. Fato é que na rua nada passa, na casa fico congestionada. Tomei remédio, gengibre e  nada. Um saco.
São 5:29 da madrugada, diferente dos outros dias madruguei.
Não sei se por ansiedade ou outro. Finalmente montei meus próximos 10 dias. Viajo dia  4 cedo pela manhã, depois do encontro com o papa  se o resfriado melhorar.  Mto chato. Mas fico preocupada.
A viagem começará por Bari e irá fo lado Adriático até a costa Amalfi. Todos lugares que não fui,  ou fui de passagem  pois me recordo de um passeio de carro com Flora. E de ter tb pegado o ferry para Grécia,  isso  lá em 2003.
Talvez essa organização esteja me deixando  ansiosa, estou mto tempo aqui e temo estar sendo inconveniente.
Hoje sai cedo e fui encontrar a Rossana, amiga de longa data de trabalho.
Ela sua amiga Regina. ROSSANA  tb viaja sozinha, na maioria das vezes.
Marcamos encontro no metrô da Piazza de Spagna.  Foi ótimo, fiz um giro  com elas que foi da Fontana de Trevi passando pelo Panteon, Piazza Navona, Via del Corso, Vitorio Emanuelle, até o csmpitolio onde tomamos café no terraço.  E ainda almoçamos no restaurante Gino e Pietro,mto bom. Comi um gnocci de gorgonzola mto bom e vinho. Também chupei um  pirulito de morango e canabis, que  só tem marca e preço . Mas a cidade cheia de lojinha franquia de Amsterdam, cidade que gosto muito. Não pelas drogas mas pela arquitetura.
Roma  continua lotada, de não se conseguir andar  direito.  Parece até um bloco de Carnaval.
Alguns italianos continuam  grossos, terrívelmente brutos com os turistas. Queria ver se não tiverem turista,  do que o imbecil da porta da Igreja onde tem o Caravaggio viveria. 
Outro um Brasileiro sem identidade,  que passeava pela via del Corso,  eu escutei falando e falei como Carnaval, o babava parece que ficou com medo, ou talvez  não pudesse ser visto .  
Digo isso por ser  comum longe  do seu país vc se comunicar  com os patrícios. Mas tem gente sem empatia .
 Deixei aa meninas no caminho do metrô e vim para casa onde todas dormiam.
  Tb achei uma loja chamada  Humano  Vintage, no Corso vitorio. Mto boa.
Sem grandes observações no momento. Exceto pelas iniciais baixas de preço . ACHO que por medo que tudo encalhe os lojistas, sem o frio, começam a baixar os preços para pegar os turistas.
É mta roupa de frio.  Coisas simples são caras e outras mto baratas.
Dá mesmo  vontade de comprar,mas para que?  No calor do Rio de Janeiro.  Já tenho mais que o suficiente.
Hoje, daqui a pouco tem Porta Portese.  Uma grande feira popular que vende de tudo.
Tô na dúvida se vou.

Passei tb hoje pela Igreja da área sacra de torre Argentina. E meu obelisco preferido dobre o elefante.
Adoro essa escultura.







quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Comidas etc

Talvez me repita, já vou logo dizendo.
Viajantes como eu, não frequentam restaurantes da moda, não possuem acesso aos grandes chefes, quiçá aos pequenos, mas comemos o que o povo da terra come. Já foi o tempo em que me encantavam os menus turísticos, hoje busco os restaurantes mais escondidos,indicados  por  qualquer um que viva no lugar e seja do grupo bbb( bom, bonito e barato).
Hoje fomos a um restaurante perto do Vaticano, e da Ponte dos anjos.  Restaurante que minha anfitriã costuma almoçar todos os dias. Preço assessivel, comida boa. Comi um  espaguete a carbonara Romano de fato,  com panceta( Bacon crocante) e um creme que é feito de ovo e queijo 🧀🧀,  não leva creme de leite como se faz em outros lugares. Não tirei  foto. Sempre me esqueço.  Acho que é pq sou gulosa. Quando vejo o prato, só vejo ele, e nada mais me importa , quanto mais fazer foto.
Por acaso, ontem fiz a foto dos antepastos.
Também comi  um tiramisu de  frutas vermelhas de tirar o fôlego. Mto delicioso.
Aqui em Roma a moda agora é pincha, uma massa um pouco diferente da pizza, menos crocante. Lembra a pizza do Tribas em Santa Tereza.  Eu prefiro a velha e Boa massa crocante cujo  cheiro atordoa  qualquer um.
Também minha anfitriã cozinha divinamente. Fez  uma pasta quando cheguei com tomates frescos e na ceia salmão com purê de batata, e dia seguinte peito de Peru.
Ou seja,  melhor impossível.
 
No mais, tenho acordado tarde.  Saído tarde,  mas sem cobranças.  Já conheço esse espaço, minha intenção  não é mais conhecer, mas vivenciar a cidade.  Coisa que o turista não faz, pq não tem tempo.
A cidade mto cheia incomoda.  Até andar  na rua é ruim,   acho que depois do ano novo deve melhorar.  E embora eu viaje, aqui Retorno para última semana.
Fomos hoje pela  Colli de Rienzo, com suas lojas e bancarelas.  O que é  sempre sucesso por aqui.  De novo são os paquistaneses que vendem . Não sei porque é assim,mas é. Sobre a Ponte dos Anjos os Senegaleses,ou outros, vendem  suas bolsas de marca. Louis Viton etc.  Tudo  fake, ou apenas da segunda linha.  Quem será que tem dinheiro para o verdadeiro.
 Fiquei pensando, que nessas ruas por aqui, via del condoti, as lojas,  Chanel, Dior, Dolce Gabana,L. Viton etc,  todo mundo só passa vendo.   Todavia ontem ,na frente da Chanel, tinha fila  de  Coreanos  ou chineses. Não soube identificar.
 Onde fica  cheio e o povo compra é na espanhola Zara e na sueca H&M. Ali se pode comprar. Mas  se formos  olhar tudo produzido na china e  países da Ásia.
Outras lojas, americanas tb existem.  Tem Gap,  que dizem que é cara aqui e barata  lá. Não faço ideia do que tem. Nunca entrei.  Tem Havaianas...  tem Havaianas... sim tem.  Mas parece que tb é cara.  Vou outra hora ver o preço.
E tantas outras pequenas.  Não me interesso. Muitas tem no Rio. O que  gosto mesmo é ver bancarelas, camelôs.  Todos regularmente inscritos.
Nas esquinas surgem com suas vans e tendas  com muitos produtos.
  Na via dei Coronari Tb tem muitas lojinha, uma só de patos. DUKE DE Roma. São patinhos , aqueles de borracha de bebê, de todo tipo, figuras famosas e profissões. O mais interessante, o rapaz que atende no balcão tem boca de pato. De verdade,  tipo Julia Robert  mas maior. Será...
Outra loja que parece franquia é de maconha. Isso falo depois.
A casa ontem,  recebemos  a embaixadora seus filhos,mãe e marido. São mto simpáticos. Eu entendo o que falam,em espanhol ou italiano, mas falar faço uma puta mistura. 
A embaixadora do Paraguai ,  e seu marido Tb do corpo diplomático do México.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Observar o movimento com aperol e petiscos

Amo antepasto, um monte de guloseima que não se queima fácil e que geram problemas de figurino posterior. Ma che fare!, Niente, se manja e pronto. BASTA DE PENSARE!

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

O que os olhos não viam

2014,estava na Copa do mundo do Brasil quando passei por Roma na última vez. O vexame contra Alemanha. É  difícil para  um turista saber o que mudou.  As estátuas e monumentos continuam ali.É verdade que  mais desgastados pelo tempo e poluição.   Muitas lojas são as mesmas,muitas diferentes.  O fluxo de pessoas no feriado ,é o mesmo, e gigantesco. Hoje dia 26,ainda é feriado. Sempre aqui tem um feriado depois do feriado normal, Natal, Páscoa etc. Mas muita coisa abre. Restaurantes e outros.  As filas são enormes, mesmo para  um pedaço de pizza.
Fui andando sem rumo muito certo.  Via del corso até Piazza  Venezia   virei a direita para Teatro Marcelo, capitólio e boca della veritá.
No capitólio fui ao café com um belo terraço, que não lembro se conhecia e o melhor com um banheiro.  Se anda muito, mas não se vê qq posto público para fazer xixi.  Preciso não beber para aguentar 5 horas direto andando.
O foro do alto é muito grande assim como todo complexo em torno dele.  Muito bonito. Recordo de ficar ali sentada escrevendo  em 2003, especialmente qdo sentia saudades e me perguntava o tinha vindo fazer aqui, naquele momento.  De certo que fugia da dor da separação, fim de casamento. Cruz, que brabo que é isso.   Mas foi uma boa escolha, melhor fugir aqui  do que  em casa,  ainda mais estudando, pesquisando   e sendo paga para isso.
Todavia, acho que eu podia ter aproveitado  mais a época. Mas era meu tempo,lento diga-se de passagem. Marcha lenta essa minha.
Talvez nesse campo eu tenha mudado pouco.
Então,  mudemos o rumo da prosa.  Impressões da rua:
As vitrines estam cheias de vestidos vermelhos,curtos e decotados, muito brilho Tb.
As bocas das mulheres,muitas, com preenchimento. Todo mundo com lábios de Angelina Jouli, um pouco mais talvez.
Jovens  ou não. Muita maquiagem, isso sempre foi. Talvez pelo frio.
Mas  não está muito frio. Está agradável para andar por toda cidade.
 A rua lotada de gente de todo canto. Muitos brasileiros, passeando e trabalhando duro.
Depois do café de capitólio, desci ao Teatro de Marcelo e fui beirando o Rio e entrei no bairro judeu.
Ali mercado de kosch( não sei se escreve assim) , Sinagoga e uma exposição sobre o nazismo e campo de concentração. Entrei, vi rapidamente e saí. Muito forte, mas as imagens de crianças não tão diferentes das de Gaza hoje.
O ser humano, eu não sei ,  parece sempre um animal caçando.  Saí logo porque não queria  ver imagens dialéticas,   como diz  Walter Benjamim.
Vários Restaurantes com comida judaica e antiquários.  Não me lembrava dessa área.
Segui até o Campo dei fiore hoje tinha feira. A maioria das barracas com trabalhadores paquistaneses.  Esses são aqueles que  muito trabalham por aqui. Qualquer dia, qualquer hora.  Sempre me olham esquisito, quando  podem perguntam se sou indiana. Eu sempre brinco,   e peço para adivinharem.  Faço isso sei lá quantas vezes na rua.  Também os Senegaleses perguntam. Agora não  falam mais nomes dos jogadores. Mas falam SAmba!!! 
É engraçado do jogo.
Passei no Panteon, lotado, e na  Fontana  de Trevi , mais que lotada. E ainda na igreja de Santo Inácio,  onde  havia fila para um espelho no meio do salão onde se faz  foto do teto. Não fiquei na fila. Outro   dia volto lá.
Voltei  para casa.  A chave abriu a portaria, mas não saiu ,que fazer?Tirei a chave da casa e larguei na porta a da portaria. Agora não posso sair, pq não poderei entrar no prédio outra vez. Pqp.  Aguardo minha anfitriã.

Eternamente Roma

A imagem do Foro Romano, ainda ali firme em suas ruínas mostram toda a força de permanência desse império. No entanto, ao chegar a piazza venezia, em transformação para  abrigar um nova  estação do metrô,nos deparamos com o grande monumento fascista  que se pretendia maior que todo império. Muitos turistas pensam que tb o Vitorialle  é do império.  E não percebem o qto diferente ele é.  Ele desarmoniza a paisagem,  esconde toda a parte clássica da  cidade e sobre a clássica a medieval.  É, Roma é assim, os tempos nela se misturam e fica   difícil ver em que século estamos.
Parece que são  tempos dentro de outros tempos, assim como a arquitetura, as árvores e tudo mais.  A igreja de Aracoeli , e o que fica atrás dela são escondidos. E a Lupa ali exposta se recente de não ter olhos para ela.  Ninguém a olha, ninguém se lembra do mito de  origem da cidade. E ali os 2 meninos mamando no seio da loba são apenas uma coluna no meio  de  tudo.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Cheguei!!

Em Roma de novo. NATAL. Estive na missa do galo, dessa vez dentro da igreja, do lado do Papa. Que grande homilia!!  O Papa falou contra o consumismo, contra a guerra e tudo que é importante, ou que seria  para que a harmonia reinasse se o povo fosse menos  egoísta e buscasse menos o lucro.
A ceia maravilhosa,tudo divino e um sono tranquilo.
Hoje fui a rua agora cedo, não está frio. E a cidade continua linda. Saí pela via del condoti até via del corso, escolhi andar até piazza venezia e voltar.  Fui fotografando somente o que não lembrava.
Tive que voltar por vontade de xixi.  Aff!
O cheirinho de castanha queimada, agora as bancas são dos  indianos.  Esse cheiro é característico da Piazza de Espanha.  E outros cheiros que vou recordando. Nunca estive tão bem localizada.  Ando para tudo a pé. Lembro coisas, andadas, momentos, memórias, sensações. Novas e inesperadas.  Meu italiano horrível como sempre. Só estrangeiros entendem kkk. Tanto faz para mim.  Leio, vejo, capito.  Vá bene. Meus olhos se enchem da monumentalidade dessa cidade.  Na volta do Vaticano de carro passamos por ruas que turistas não vão.
Pergunto-me se ainda sou turista depois de viver aqui por 1 ano e voltar agora pela segunda vez, 20anos depois.
Quero crer que não, afinal é a cidade eterna...
Cada vez minha própria aparência vai mudando, mas a cidade não. PQP... Eu cada vez mais velha e a cidade eternamente igual. ... 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Compasso de espera

Viajo na sexta,com parada para troca de avião.
Difícil voar do Rio de Janeiro, normalmente muitas horas e sempre passando por algum lugar. Portas de entradas e de saídas que nos levam a um ponto passando por outro.
Foi a surpresa do desligamento  do novo, agora velho trabalho, que me fez estar aqui. Estaria na praia, mas enfim aguardando.
Muitas expectativas sobre o que verei. Lógico que tem lugares que estam ali a mais de 2000 anos,só.
A cidade cresce e os lugares ali, testemunhas de um passado que não me cabe julgar.
Uma cidade  vai sendo erguida sobre muitas, o tempo todo suas energias se tocam,  sua poeira cósmica vai se misturando no tempo e  sendo  o que foi e o que será.
Tudo é poeira. Tudo é pó. Viemos e vamos. Seremos sempre, o pó que aparece apenas no contraste  com a luz, que me intrigava e que Guzman usa no seu Nostalgia da luz, como poética na sua imagem.
Imagens de luz, de tempo, de dor, de sentido construído sobre o passado deixando luzir um relâmpago de futuro.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

"Tem lugares que me lembram minha vida por onde andei" RL

 E lá vou eeu, pela  imensidão do ar. Para ver, comer, andar, escrever...   Faz tempo, 11 anos. Certamente meu mapa passa por lá, norte, sul, talvez sul mais que  norte. Veremos... Que me sigam. Revisitando, não, nada é o mesmo depois de  11 anos, nem mesmo a cidade eterna. Mas  será dela que  vou falar. Ela será um capítulo do meu livro. Até...  

domingo, 24 de setembro de 2023

Salvador mais uma vez!!

Não sou do grupo que diz que gosta de repetir viagem. Mas pela 3a vez  vou a primeira capital do Brasil. Terra de meu  bisavô,  creio eu, que também se chamava Salvador, garimpeiro.
Não sei como ele foi parar em Mangaratiba,  e de lá não mais saiu.
O fato é que  a capital mais negra do país é uma Beleza de cidade.
Sua geografia frente ao mar seu povo na rua, sua lentidão e simpatia, tirando um poucos é uma delícia.  Cada vez conheço lugares diversos. Dessa vez da UFBA ao Pelourinho  foi minha rota.  Não que tenha feito mta coisa. Mas vi,  como os estudantes.  Fiquei na vontade de ir a Cachoeira, que vou na próxima vez . Sim,  haverá próxima. Não vi tufo, mas com dicas de Robson consegui  ver outras coisas que não conhecia.
Mas o que, que a Bahia tem? Tem tudo, cultura,  resistência,  legitimidade, simpatia.  Tá cheio de Paulista por lá, esses que giram encantados e ficaram e seguem  transportando o que tão vendo. Andei desconsiderando o estranho de uma situação de gestão pública de Segurança. Mas a cidade resiste,o povo também. Ninguém passa incólume pelos 8 últimos anos de violência e incitação.
 Contudo mais bonito de se ver é mesmo a  cultura negra,a mistura e sua força.  Talvez eu deva reler Jorge Amado  e  me deliciar com sua narrativa. E ler Milton Santos  e ouvir Gil e Caetano .  Enfim, cheguei com  vontade de voltar.

sábado, 16 de setembro de 2023

Procura-se uma cidade

 

Procura-se uma cidade

 

 Tenho pena, tenho pena das cidades que se desfazem no tempo. Desde criança queria ser  viajante.  Alguém  que perambula pelos lugares mais diversos observando, vendo, sentindo sua energia. Agradava-me pensar no ser nômade, em busca de comida e sensações. Talvez um Flanêur ou um Marco Pólo desbravando os espaços perdidos. Cidades da imaginação, invisíveis e visíveis, todas  querendo se mostrar para o descobridor.

No entanto, esse descobridor o que busca não sabe. Riquezas, fortuna, cultura, amor, o que? Quando chega  à cidade nova lembra de imediato da sua, como diz o poeta lembra “ do rastro de sua  cidade no tempo”, mas  quando volta à sua  cidade o que vê não é mais o que lembrava, é uma outra cidade,deformada por seus moradores, cidade que não  quis  envelhecer, e que se transforma monstruosamente.

As casas são outras, os moradores são outros, as praças desapareceram, as pedras foram trocadas e os  morros ocupados desregradamente.

Procura-se uma cidade. Aquela da lembrança das fotos no solar. Da lembrança dos  moradores antigos, aquela  que lutava para aparecer e  que sobrevivia ao progresso desenfreado que não leva a nada.

Mangaratiba...

Seu rastro no tempo amarelou, ficou drumondianamente,  pregado na parede das casas, ou no museu do solar.

Suas  praças deram   lugar aos carros, um estacionamento.  Carro vale mais que gente sentada sob a árvore pegando fresca. Seu trem também foi comido pelos carros. Sua mata de contorno vai sendo arrancada pelos invasores que não se importam com a sua beleza. As fachadas, AH! As fachadas, letreiros enormes apagam suas datas de nascimento, seus desenhos de estuque, sua estátuas de enfeite, até a igreja de Nossa Senhora da Guia agora tem galhardete na frente, enfeiando seus últimos azulejos portugueses, colocados na sua construção.

    Onde está minha cidade, onde está minha igrejinha branca e dourada, que se identificava com todos que tinham pelo menos 100 anos.

 Minha cidade sumiu, não foi inundada pelas águas, foi inundada por uma onda feia, que descaracteriza, que se desmaterializa da memória em busca do lucro.

Não mais a reconheço. Percorro por meia hora suas ruas. Na pressa de tirar  ainda  fotos do pouco  que restou da  cidade antiga. Pior que derrubar  é  arrancar os pedaços, a morte é lenta, dolorosa. Quando matam de vez, como fizeram com São João Marcos, a lembrança que fica  deleita a memória dos vivos. Mas quando  transformam a cidade num Frankstein não tem jeito. Só mesmo apelando para a Senhora da Guia. Tenha piedade de Mangaratiba.     22\01\2013

quinta-feira, 21 de julho de 2022