terça-feira, 1 de agosto de 2017

Andando de trem

O que mais fazer aqui?  Não quero mais ver convento e igreja e dar dinheiro para os mesmos.  Me revoltei. Kkk.  Acordei ,tomei meu café e vim para estação.  Primeiro trem, onde estou sentada,  Figueira da foz.  O que será que tem lá?  Uma hora de viagem.     O que me espera? Sei que é praia, trouxe até uma bermuda e biquíni.   Mas ... tem estado frio e eu que só trouxe 2 malinhas  leves , to com medo de mais ao norte ter q comprar algo para abrigar. Mas  isso é cedo, ao meio dia o sol castiga.
Cheguei depois de mais de uma hora de trem.
A estação um pouquinho distante do centro.  A beira mar se estende a avenida que vai margeando tudo. Boa de andar plana na beira e com suaves relevos para dentro. Meti o pé e fui. O cheiro do mar me inspirou e fui, fui,fui até o farol de Santa Catarina . De frente o atlântico olhando para terra muitos sobrados branquinhos  e pintados alegremente.  Me encantei.
Cidade que certamente fica cheia nas férias e vazia no inverno.
Todavia não é pequena.  Bem grande para quem vem de uma Vila como eu.
Não tem jeito.  Qq lugar é maior que o meu lugar , no seu miolo.
O sol castiga. Já devo estar bronzeada. Para alguém q conheço e que gosta do mar seria um bom lugar de se morar.
COIMBRA é mais nebulosa,  escura.
Aqui  as vielas brancas lembram a Grécia.
Sentei para comer em frente a praça.   Entrecote e batata frita, salada e arroz. Pratinho na medida e  vinho  branco gelado.
Observo os passantes. Mulheres dirigindo seus carros são muitas.  A maioria que passa aqui. Pessoas que chegam apenas para o café.  Trabalhadoras de fábrica  com a vestimenta.
As mulheres portuguesas me parecem muito fortes.  E briguentas. Elas é que gritam e cobram a coisa certa. Os homens me parecem mais lisonjeiros,galantes quando estamos sozinhas. Muitos homens mais velhos com mulheres mais novas e filhos pequenos.
Eu olho o povo porque estou a frequentar seus lugares.
Aqui do lado da minha mesa tem uma máquina daquelas de colocar moeda e tirar uma bolinha.  Alice adora e sempre pede ao vovô as moedas. E é impressionante como as crianças ficam fascinadas com isso.   São muitas a chegar e  colocar moedas. Uma tirou a prenda, uma bolinha,   e me pediu para abrir. Não consegui.  Ela foi  abrir dentro do bar.  Tem 12 anos.  Quer ficar minha amiga.  Chama-se Mariana.
Criança é criança em qualquer lugar.
  Quase um acidente de trânsito na minha frente , um carro de serviço pára de repente e a moto atrás grita. Oh caralho!!! Não sabes onde vai.kkkk o carro atrás da uma buzinada infernal.  Começo a rir.
Um fusca amarelo  para a frente.
A criança está ao meu lado, está aqui passando férias
Já perguntei.
Essas coisas são  interessantes.
Escutar o q falam a forma de ver o mundo.  Quanta diferença.  E mais, qta diferença para cada um. Cada pessoa vê diferente.  E pq precisamos as vezes tentar mudar as pessoas.?  Não sei.  As vezes não é mesmo mudar, é fazer o outro ver outra maneira, que pode ser mais interessante q a sua.
Ou entender que a sua não é nem a melhor,nem a única,  é apenas mais uma. Todavia às vezes  a pessoa precisa que lhe chamem atenção.  Pois a vida é difícil e as vezes cega. E não conseguimos enxergar um palmo a frente do nariz.
Pessoas teimosas q não admitem ouvir, pessoas que acham q sempre a vida lhes deve algo.  Vivem cobrando das outras ajuda,posição,  comportamento que só a elas interessam. Não se dão conta q ajuda q lhe dão é voluntária, ninguém tem obrigação de ajudar exceto filho ajudar pai e vice e versa, ou nem o versa. Por amor rola. Se não,  só aqueles generosos se doam.
E o que é mais impressionante, essas  pessoas que acham que a vida lhes deve são ingratas. Não reconhecem a generosidade do outro.  Isso não é gratuito.  Escutei aqui do meu lado.  Ah uma mesa de bar.

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