Sai a caminhar pela margem do rio rumo à praia. Cheguei num restaurante chamado O caseirinho.
As experiências múltiplas de um almoço de coelho assado com batata. Por isso parei e comi. Queria comer peixe mas a última vez que comi coelho foi em Lisboa faz quase 3anos. Não resisti.
Depois sai andando indefinidamente. Até depois da última ponte. Embaixo um taxi ferry que atravessa o rio para a vila de pescadores Afurada. Acho que é esse o nome.
Atravessei de taxiboat e cheguei a outra margem do Douro e voltei até Gaia para de novo atravessar a ponte Luís I.
No Rio mais de um veleiro com despedida de solteira . Meninas fazendo a maior algazarra ,o povo que era grande nas margens todo olhando curioso para aquilo. O veleiro chega perto da ponte e no alto muitos meninos pulando no rio. Aí elas os desafiam. Eles mandam elas mostrarem a bunda. Kkk , aí uma com um maiô enorme e uma facha cruzada no peito (devia ser a noiva) se vira. Um menino de seus 14anos abaixa o short e mostra a bunda para elas. Ficam assim um tempão. Qdo eu passava já na ponte um grupo de estrangeiros ia pular. Parecia aquela competição masculina. Lembrei de um filme do Manoel de Oliveira que tem uma cena parecida.
Atravessei,desci na Ribeira e aquilo fervia. Parecia o Cordão da bola preta começando o carnaval. Vc vai andando e trombando com gente.
Cheguei ao hostel com pé fatigado. Conheci a dona que hoje está na portaria. Me disse que os pais dela restauraram o prédio , tal como o Porto lounge é uma graça. Chama Being atrás do Hotel da bolsa. Ponto excelente.
No quarto mais 5meninas todas sozinhas creio eu. O que está ocorrendo no mundo? Será o desencontro homens e mulheres. E elas não tão nem aí. Vão mesmo viajar sozinhas .
Os aplicativos estão em alta aqui, vejo o povo falando e marcando. E mta gente disponível. Para quem procura tem. Para todos os gostos.
Mas o que se espera? Fico me perguntando. Que prioridades no encontro ou no relacionamento?
No fundo um grande medo de estar só , é o que vejo.
Amor, companhia, tesão, disponibilidade para ir no caminho junto. Será esse mesmo o objetivo? Creio que sim,pelo menos na idade em que me encontro. Procriar não é o objetivo, então ser feliz e ter prazer. Enfrentar a jornada que é grande e ficar do lado . Relação não é muleta, é para ir junto ao lado . A muleta apenas suporta o peso e não ganha nada em troca. Isso não é bom. Os dois tem que ganhar. Ganhar o q cada um tem para dar e nem sempre é o mesmo. Ideal q fosse. Troca justa ,mas se tiverem os dois discernimento do que os move estar junto, se consegue.
É o que todos procuram e poucos acham. O Egoísmo, A imaturidade e a falta de interesse em se doar ao outro e fazer o outro feliz mina a coisa.
Mas sei que para a pessoa doar tem que querer faze-lo.
Passei da fase de paixões, não é mais o que interessa nessa etapa da vida. Não acho que me empolgaria de novo com um amor adolescente que bagunça a emoção. Amor por si só já bagunça. Adolescente então. Como eu sofria, aquela espera, ir ou não. Hoje vou e F da-se. Se o outro não tem maturidade para entender isso, também não tem para ficar comigo.
Falar disso livremente e pensar sem amarras é uma conquista adorável e escrever então,É DEMAIS.
E alguém que tá junto tem que conhecer o outro para entender e aceitar.
Eu digo, quer me conhecer me leia .kkk. São muitos cadernos escritos,muitas páginas de blog. Tudo misturado,mil assuntos juntos ,mas sou eu. E gosto de ser assim.
Amor não pode ser repressor, tem que ser liberto. Pode ter ciúme, sim é do ser que não quer perder. Até cachorro tem ciúmes. Tem que ouvir e respeitar e falar. Se falando já causa mal entendido as vezes ,qto mais sem falar.
Tem que se falar ,para dizer ao outro o que se gosta, na vida, na cama,no dia a dia. Se fazer conhecer sem medo de colocar -se a mostra para o outro. Quem não se mostra e não diz o que quer e como é adolescente. Pq ainda não sabe. Ainda tá aprendendo. Agora depois de 30 , não dizer onde toca a banda é burrice. Ou egoísmo de quem não quer aprender.
O machismo criou homens assim. Pouco se importam com o prazer e o que sentem as mulheres. Mas isso tende a mudar. As mulheres tem que criar seus filhos mostrando o que outras mulheres gostam. Isso é crescer. Não somos mais máquina inertes só para dar ao outro. Muitos homens sabem disso. Outros não.
Aqui na Europa tem coisas bem diferentes do Brasil. Mas tudo depende.
Uma nova viagem se inicia, dessa vez sem que o roteiro esteja rigorosamente definido, sem estar acompanhada, é como da primeira vez, à vontade dos ventos.
sábado, 5 de agosto de 2017
O porto
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