sábado, 5 de agosto de 2017

Os últimos 4 dias.

Sábado,   saindo de Braga daqui a pouco rumo ao Porto. Já no final da viagem. Deixarei para escrever no trem. Uma hora de viagem.
O trem promocional 2euros ida e volta. Maravilha.
Ao fim já bate a vontade de estar em casa. Talvez agora eu entenda pq para certas pessoas viajar mais q 15dias é muito.
Vai dando uma irritação que nada mais vira novidade. Tudo começa parecer igual. A arquitetura,  a forma de estar na cidade,  até as igrejas que valem 3pedidos cada.
Estou ansiosa, motivos vários.  Todavia procurarei mudar o foco da questão.  Trabalho novo, novas expectativas a  cumprir.   De resto, decisões que não são minhas não tomarei. Cada um sabe um lhe aperta o calo e o que tem que fazer se não estiver satisfeito.   Todos sabemos sempre o que temos que fazer. Podemos demorar para aceitar e relutar em fazer ,mas com um pouco de auto conhecimento conseguimos.  As vezes sou muito vulnerável a falas alheias, como criança que não quer desagradar para não perder o amor dos pais. Mas o amadurecimento necessita que aprendamos a filtrar.  Quem sabe da nossa vida somos nós,  nós q trabalhamos, que vivemos e sentimos na carne, então qualquer observação e  idéia alheia tem que ser ouvida com filtro seja de  quem for. Não digo com isso que não ouço o que dizem os meus, ouço muito e esse é o problema.  Pq as vezes ao ouvir sinto certa pressão ou opressão.  E fico dividida entre fazer o q dizem e não fazer . É necessário aprender o equilíbrio.  Onde me fere e esgota as observações e idéias de outros sobre minha própria vida.
Preciso aprender a fazer ouvido de mercador. Deixar q falem. Tem gente que manda  bem nisso.  Eu libriana sempre fico na dúvida,  ouço e me perturbo com o que ouço,  a ponto de ficar atordoada.
E me  questiono. 
Acho isso uma imaturidade minha.  Talvez um excesso de diplomacia.
Ao contrário tem gente que não ouve de jeito nenhum quem tá de fora. Esses quebram a cara constantemente.  Mas quebram por teimosia , e dificuldade  de ouvir o que já tá na ponta do seu próprio nariz. Nesse caso,na falta de ponderada do olhar para fora essas pessoas tem um baixíssimo  auto conhecimento e também olham o mundo somente a partir de si mesmo exageradamente.
Ou seja, no final das contas o caminho  melhor é o do equilíbrio. Ou da busca dele.  É o que quero e desejo.
Tudo em excesso faz mal. Até o que é bom. Ponderação, diplomacia,  equilíbrio e visão das coisas na sua realidade, sem ilusão e sem perturbação. 
A presentificação ajuda nesse sentido e venho assim trabalhando.  Tentando pelo menos.
Todavia não vivemos num mundo do eu o tempo todo.  Tem coisas fora de nós que interferem diretamente em nós.   Nascemos e morremos sós, isso é determinista, mas vivemos acompanhados e isso modifica nosso sentir.  Se alguém que  eu amo sofre eu sofro junto,  se alguém que amo está atormentado eu fico também,  se fazem algo à alguém que amo eu viro uma leoa,sou pacional  e as vezes  sem equilíbrio.  Isso é F. E como dosar. A vida tá me ensinando.
Mas o pior disso é, o que outros fazem e que te doem muito e que o outro não parece entender que também vc sofre por ele.
Um filho q causa dor ao pai com suas atitudes,  um amor q não entende o amor do outro.
Aí viver é difícil. Como diz Clarice, "ultrapassa qualquer entendimento".

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