sexta-feira, 20 de julho de 2018

Adeus Marraquexe!!

No trem para partir a Casablanca, já instalada aguardo a hora de sair. Acho que hoje tá mais vazio. Vou de segundona como fui para Fez. Já está comigo uma senhora e uma menina que deve ter uns 20 anos. Ela estava entrando me viu deu um sorriso e veio para  a cabine que tem 8 lugares. O trem é igual  os europeus só que mais velhos. A primeira classe difere porque tem 6 cadeiras em vez de 8, mas também são vagões velhos.
Tudo Bem, quisera eu que tivesse um trem assim para ir do Rio a Mangaratiba ou  Teresópolis. Impressiona como nós brasileiros conseguimos destruir uma malha ferroviária que dava conta de quase todo país e ficamos restritos aos carros e ônibus. Lembro-me de um dia ir ao museu ferroviário de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul e quando vi a malha do Rio Grande  quase chorei de tristeza pela sua grandeza que era e pela destruição que o regime militar impôs  para favorecer as grandes montadoras.
Além de outras tantas coisas e tem gente que aplaude.  Tem louco para tudo!!
Hoje somos dependentes do petróleo para nos locomovermos dentro do Brasil.
Deixo Marraquexe com uma sensação diversa, ontem uma mulher me tomou a mão e fez a tatuagem sem eu pedir depois queria que eu pagasse  10 vezes mais pela mesma. Eu não faria isso. Não pedi. Tentei tirar mas ela segurou minha mão. Dei a ela o que tinha na carteirinha do Brasil todas as moedas ,  não sei quanto havia,  e ela pediu a bolsa então eu dei a ela.
Tudo Bem, não devia ter muito já que aqui tem moedas de 10 e 5 diram. Mas a maneira que fez a coisa foi meio estranha. Fiquei com uma sensação ruim.
Isso é que é o chato daqui. Toda hora, o tempo todo tem gente oferecendo coisa, e de forma muito insistente, não te deixam em paz.
Segundo as meninas do hotel e um rapaz senegalês que falei depois tem que ir dizendo, No Money, no Money, para eles não virem te  perturbar. Ah!! Ainda falam assim. Não é para comprar só quero mostrar a senhora. E ainda outros te rebocam para dentro  da loja que tem até um lugar para sentar.
Ontem um senhor , Salim me levou a loja de especiarias. Me encheu o saco para comprar e eu já tinha feito em outra loja que não turística.
O Seu Salim não queria que eu saísse.  Que chato. Tirei uma foto dele e disse que colocaria a foto do cartão dele no blog. Assim ficou contente e eu me mandei.

Conversando com o Senegalês, que esqueci o nome e que foi me acompanhando pela Djmaa fna ele perguntou Se eu gostava dos marroquinos , eu disse que sim. Ele disse que não gostava. Reparei que também aqui na propria África com negros sofrem preconceito. 
São sempre rebaixados com subempregos .
Entendendo um pouquinho mais isso aqui vejo o porquê de tantos quererem ir embora. Pois as questões básicas faltam. SAÚDE, Educação.  Não senti se aqui tem o problema de segurança que temos. Vi muito policiamento, mas a religião talvez seja um freio. Será? De tantas em tantas horas toca a música , se outrem toda cidade, as mesquitas abrem para o povo entrar. Talvez esse chamamento seja importante para lembrar a consciência.
Não sei, um caso a se pensar. Por que em países muito mais pobres que o Brasil a violência não é tão grande quanto a nossa ?

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