sábado, 28 de julho de 2018

Flanando no #Porto

Parti de um ponto a outro. A fila da Lello era enorme. Assustadora peguei os 5 euros para entrada e paguei em meias para dar de lembrancinhas. Numa lojinha perto da rua Galeria Paris  que hojetem uma feirinha de antiguidade.
Lógico que entrando acharam que eu era espanhola kkkk, deve ser o batom vermelho do rosto maquiado.
Vim caminhando e dei do lado da Almada e subi pela rua da Picardia chegando na rua que dá na Trindade. Tô dentro da igreja escrevendo.
Aqui por cima também muitos restaurantes e muito mais baratos.
Vou atravessar e sair na rua do comercio.
Uma linda nossa senhora tem aqui. Não no altar principal, mas na lateral. Estava acesa e agora apagou.
O clima hoje está bom. Faz até um friozinho.
A igreja vai fechar , todos há saíram fiquei eu dentro.
Vou para Rua Santa Catarina.

Ainda conferência e Porto

Estou na cidade, ontem foi mais um dia de intensos trabalhos em Avanca. Apresentações e  assistir aos amigos também cansa.
Chegamos tarde e o que restou foi sair para jantar e  um jantar que acabou saindo bem caro. Isso que dá pedir vinho sem perguntar o preço.
Sábado, último dia na cidade. Chico saiu cedo para fazer o tour a pé e eu resolvi ir sozinha por outros caminhos. Comecei pela escadaria em frente ao hotel que dei no mirante que o guia levou da outra vez, do lado da  igreja de nossa senhora da Vitória. ENTREI  agradeci mais uma vez estar aqui é fiz meus pedidos de praxe.  Os mesmos sempre.
Vim andando para a torre dos clérigos e o Palácio grande em frente ao Porto.com que tem uma exposição de fotografias de Frida Kalo. 8 euros. Desisti na hora.kkk fim de viagem.  E Frida vou ver no México.
Entrei no jardim das oliveiras que é um point e quero vir hoje a noite.  E venho.
Tô aqui sentada embaixo de uma Oliveira escrevendo. A torre toca  o sino. São 11 horas.
A turistada corta a cidade. Me sinto moradora esta é a 4 vez aqui, já conheço bem para caminhar sem mapa. Piada pois a cidade é muito fácil.
Torres o o Rio te conduzem.
A alergia parece estar passando. Nem sei se falei. Não sei o que né mordeu dessa vez que fiquei completamente empipocada.  Meu antialérgico nãodeu conta e fui a farmácia comprei um de 10mg que a farmacêutica orientou e tomei.
Ficou muito feio. Ainda está. Na Itália em 2014 aconteceu isso. Tive medo de fechamento de glote pois não sabia o que era.
Ao longe alguém está tocando trombone a música de Piaf.
Sentada fico até com medo  das formigas e o estrago que andam fazendo. Pqp, alergia depois de velha ninguém merece.
Aqui do lado está a livraria Lelo. A do Harry Poter.
  Vou até lá dessa vez.
Fiz de viagem e já cansada um pouco, preocupada também pois até agora sem turmas. Talvez mais cedo que pensava vou montar a residência artística. Vamos ver. Quem sabe também viro chef.
O inconsciente me trai. Essa noite sonhei  com alguém que evitei o nome. Pois que não .E adianta amarrar a égua num burro que não a quer.
Mas no sonho um concurso tornava tudo mais fácil. A volta da auto estima e dos planos, sorriso no rosto da vontade de vida.
Simples assim. Então que penso que não adianta fugir pois que tudo de dentro tem seu tempo próprio de ir e vir. Aceitar isso é aprender é o melhor que faço.
Fiz nova amiga. FRAN. Gente boa.




quinta-feira, 26 de julho de 2018

Porto mais uma vez!!

Voltar ao Porto é sempre um prazer.
Ainda não tempo de andar livremente por suas ladeiras e  Ribeira e comer a francesinha que virei fã.
Mas já fui a conferência 2 vezes. Hoje apresentei meus trabalhos e foi muito bom a sensação de dever cumprido e realização de tudo que me propus.
Depois fui ter com Aninha e tomamos vinho e conversamos horas seguidas.
A vida é isso.  Muito que se ver e se pensar. Nem tudo é o que pensamos ser e muita gente sofre o tempo todo porque não se aceita e não aceita suas próprias escolhas ou não as aceita.
Não encontrei Celina e  Marcelo . Tentarei ve-los em Cascais no domingo. Nem tampouco Emilia e a família .
A cidade não está muito cheia.Ano  passado estava mais.
Acho até que certas coisas baixaram de preço.
Amanhã volto à conferência. E domingo a Lisboa.
Ainda não flanei pelas ladeiras e pela ribeira. Mas ainda pretendo faze-lo. Assim como comer a francesinha.
A vida sempre surpreende.  Esperanças e encontros. Vontades e buscas.  Formas novas de contato que podem ou não resultar  em algo. Até então  emocions😗😙😚!!!
Vou dormir. Amanhã a labuta é cedo. Triste é preocupante e saber que as turmas desapareceram. Que fazer.  Salve-se quem puder. E que tenham discernimento.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Coimbra mais uma vez

Saímos de Fátima as 9:30, chegamos 10:30h em Coimbra, bem pertinho.
O  sol hoje deu uma trégua, está nublado mas não está frio. Largamos as coisa no guest house e viemos para o miolo.
Dessa vez ele fica embaixo. Pegamos uma reta e já no Centro estávamos. Mostrei ao Chico onde subir e vim com ele até a Praça da sé velha onde fiquei ano passado. Compramos entradas para o show de fado às 18 h. Logo no calçadão, um grupo de alunas da medicina tocando música vestidas com aquela roupa preta daqui característica arrecadando fundos. O calçadão está lotado.

O clima está bom para caminhar, sem aquele sol rachando tudo fica mais fácil.
Cidade repetida mas tenho que ler os textos para apresentação e fiquei sentada na SÉ vendo o povo descer da Universidade.
O sol ensaia um raio, uma espanhola para com seu grupo para explicar a Catedral.
Muita gente. Um cheiro gostoso de tabaco invade o ambiente. Um senhor fuma um charuto.
Normalmente as excursões são os idosos que vão. É verão e muito comum os encontrarmos.
Esse ponto é o mais movimentado da rota.
Dá um sono e me lembro que tomei o antialérgico pois as mordidas de mosquito voltaram a coçar.
Certa melancolia no ar, que me envolve. No ano passado quando aqui estava  vivia a loucura de uma situação complicada, cujo produto ainda permanece.
Bom se conseguisse passar adiante essa coisa que nada tem mais a ver comigo e que  me onera o cofre particular e que  certamente serve para outrem como objeto de tristeza.
Vida é isso e ser forte para ultrapassar as barreiras é o que devemos ser.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Caminho de Fátima









Fátima era filha de Maomé,  e tem um simbolismo forte na cultura muçulmana.
Aqui o nome é do lugar e nossa senhora apareceu aqui para os pequeninos.
Lucia e outros que não sei dizer.
O símbolo de Fatima traz boa sorte e é colocado nas portas das casas.
Alguns tem o olho no meio.
Ou seja, um simbolismo que sobrevive faz tempo.
Estamos indo de ônibus, mais rápido que de trem. Talvez vá a outra cidade próxima, talvez não.
'Saudade palavra triste quando se perde um grande amor', lembrei dessa canção pois que o dia está nublado.  Talvez esteja mais frio que em outros postos.
No autocarro muitas senhoras e senhores mais idosos.
Acho que a busca de um conforto na fé ajuda em certas etapas da vida.
Mas creio que isso tem que ser sem alienação.
O sono me bate ... sem muitas paisagens ou vilages para ver da estrada. Muita Oliveira.
Chegamos fomos ao hotel  caminhando. A cidade gira em torno do turismo religioso. No hotel a 'simpatia' da recepcionista é comovente. Coitada  seu homem deve ter dormido de calça jeans. Ufa!! Que porre. Reservei 2 canas de solteiro ela só tem quarto de casal resumo da ópera mais dinheiro para dois quartos separados.
Saímos do hotel e fomos à basílica. Como sempre me emociono ao entrar nesses lugares, trazem uma emoção que não sei dizer. Uma certa vontade de chorar indescritível.
Depois da basílica  fomos para a via crucis. Sobe o morro e vai até o lugar da aparição, da primeira e da segunda. Um campo de plantação de oliveiras. A coisa mais linda. Entre elas uma Oliveira que tem  uma espécie de cruz no tronco. Isso virou um mistério e a moça que trabalha no parque fala do fato com o maior orgulho.
A fé é algo realmente inexplicável.
Muitos faziam a via. Um grupo que não sei se de japoneses,  coreanos ou o que, olhos puxados, outro de, talvez, romenos,  todos rezando em cada parada. Aovfinal da via passamos ainda na aldeia dos pastorinhos, a casa de Lucia, Jacinta e Francisco. Tudo daquele jeitinho. Muitas flores de um colorido ímpar. Um pé de uma Hortência cor de rosa. LINDA.!! Rosas  e muito gerânio também com uma cor singular.
É uma aldeia que vive desse acontecido com seus 3 mistérios. Que eu não sei quais. Um acho que foi a 2 guerra mundial , os outros não sei.
Voltamos a Pé por outro caminho menos íngreme e menos bonito, do que o das oliveiras, todavia mais reto.
Paramos em vários  restaurantes que não tinham mais comida, passava das 3 da tarde e agora são quase 6.
Até que conseguimos um. Como um delicioso bacalhau no forno e eu sozinha tomei meia jarra de vinho branco gelado.
Fomos vindo e para chegar ao hotel atravessamos de novo o santuário. Ali vi as pessoas ajoelhada cumprindo suas promessas. Fiquei de novo muito emocionada ao ver  a dificuldade e penitência pela graça alcançada. Comprei velas para a procissão da noite que minha amiga Albânia me falou.
Uma tarde agradável, sentada num  café dou conta do dia, da fé, das emoções.

domingo, 22 de julho de 2018

Lisboa em festa!!

Cheguei ontem à Lisboa,  desde 2014 não vinha aqui. A cidade me parece mais movimentada e limpa. Andamos  hoje da Augusta até Belém, eu e Chico numa puxada debaixo do sol, vi que muitas obras foram feitas. A beira mar com ciclovias  até Belém desde uma praça aqui pertinho. Queria alugar a bike mas o Chico disse que não tem segurança para andar.
Aí não teria graça um de bike e outro a pé.
Almoçamos em Belém e depois tentamos o pastel, mas a fila  estava quilométrica .
Comemos o mesmo na rua ao lado.
Domingo,  e de férias é de se esperar tudo isso.
O hostel é lindo e extremamente bem localizado. Colado à Augusta. Rua São Nicolau 13. A estrutura é enorme e tem dentro uma espécie de bar e restaurante. A dona faz comida e estava hoje aqui.
Só sei que povo acaba ficando aqui a noite e não sai. A nota  do hostel é 9.5 . Cheio de prêmios.
Bem legal.
Percebo que Portugal, de uns anos para cá ,descobriu que pode e deve viver do turismo. O fluxo é enorme e o povo vem para comer e comprar. E ainda mais nessa época  de liquidação. Da vontade de comprar mil coisas. Loucura mesmo.
Me controlo para não me exceder pois que já tô com bagagem excedida em termos de peso. Muitas roupas legais de homem, tive vontade de comprar presentes como fiz em 2014. Mas ... Enfim, nem tudo é  o que parece ser e vamos vivendo um dia de cada vez.  Entretanto, tudo parece melhorar.  Oxalá se viva um arrebatamento como me desejaram. Ou esteja na minha mesmo , pois vai que não se precisa estar colado a alguém  para se estar bem.  Essa busca é de cada um e cada um sabe onde se aperta o calo.  E certas coisas não são iguais para as pessoas. Tem vez que demoramos a perceber o que  ocorre e tem vez que perdemos coisas boas pela nossa falta de coragem .
Não sou do tipo muito medrosa para algumas coisas mas para outras uma cagona.  Não me assusta fazer o que agora fiz, mas assusta estar de frente à emoções que não dou conta, a hipotéticas possibilidades de rejeição. Talvez um ego  infantilizado e narcisista.
Auto conhecimento, olhar o meu  eu, me ver e aceitar as minhas próprias limitações. Não adianta eu querer estabelecer um prazo recorde para mim , quando sei que não darei conta dele.
Impressiona-me o quanto ainda estou atrelada as questões que não sei explicar, a ilusões que eu mesmo digo que são ilusões.
Uma amiga me disse. Enfrente o tranco ouça o que tem medo    de ouvir e assim talvez se mate de vez a tão complexa forma de ver .
Mas tenho dúvida. Nunca sei o que quero. Tenho receio de doer mais do que posso aguentar.

Amanhã vamos para o santuário de Fátima e depois  para Coimbra.

Lisboa e seus azulejos!!!

sábado, 21 de julho de 2018

Aeroporto chegada a Lisboa

Gosto de viajar mas não de esperar a hora de embarcar  e tanto controle e raio x, cansa. Também não gosto de fazer e desfazer malas. E hoje meio estressada com essa  passagem que não dá direito a nada. Só para o putos ficarem vendendo extra.
A qualidade da TAP tá um horror. Sanduíche gelado, comida ruim. Deus do céu devem estar falando e arrancando o couro da gente.
Cheguei bem no aeroportode lisboa e no avião conheci Vitor um paulista que gosta de viajar.  Ficamos conversando durante o vôo e depois saímos juntos da polícia, peguei me rumo do metro e ele o seu de tentar voltar.
Descobri com a conversa que muita gente foi tb  enganada pela Tap.
Peguei meu metrô e vim. O hostel é uma graça, extremo bom gosto e num ponto maravilhoso.ENTREI, encontrei o Chico que já me esperava e fomos jantar na Adega do mó   tradicionalmente em Lisboa. Tomei vinho sozinha e comi bacalhau a minoria.  Acho que feito com batata portuguesa.
Aí que começou a minha sina. Depois ainda tomei sorvete. Sabe-se quem puder. Conheci também João, me mostrou o hostel e me ofereceu uma ginjinha muito bom começo de trabalhos em Portugal.
Tudo muito bonito falem de hotel é bar .
Muita gente e muita gente falando inglês.

Cinemas por aí

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Adeus Marrocos!!

Cedo ainda, parece-me que o povo aqui acorda bem tarde, aqui em todo país. Dormem muito tarde também pois ficam nas ruas.
Dormi cedo,   não consegui ir ao hamman ontem, os taxistas não queriam levar. Disse-me a menina do hotel que era porque é uma zona muita cheia de gente.
Como tinha almoçado tarde tomei um chá de hortelã, que já inclui no meu aprendizado, e vim dormir.
Separei as coisas para  arrumar a mala que espero esteja mais leve. Tirei muito papel e só. Impressionante que não comprei nada. Como já disse, eu queria um lustre e um tapete. Dois pesos. Comprar joias por comprar, tem muito no Brasil.
Exercício de desprendimento.
Finalmente andei em Casablanca. No centro, na cidade velha em estilo Art nouveau  alguns prédios(ferro e desenhos)  e em outros,  parece Paris, todavia decadente. Sem dúvida essa cidade devia ser linda. Toda branca com seus prédios bem desenhados. Uma lástima  seu estado de decadência. Muita sujeira na rua. O branco virou um bege feio e os prédios ficaram com cara estranha. Nas fotos não parece tanto, mas ao vivo horrível.
Andei pela rua central e a rua do tran,  como o nosso VLT , tinha  bastante gente  na rua. Meu hotel fica na Medina que é pequena comparável as outras que fui.
Do lado da estação Casa Port tem 3 grandes : Ibis, Novotel e um noutro. A zona passa por transformação, também está fazendo uma linha para um TGV que vai de #TANGER a Marraquexe. Quem sabe da próxima vez eu já pego-o.  Aí virei de ferry.
Eu fiquei com pena na decadência da cidade exceto pelo Ricks , que é o restaurante eternizado no filme . O filme não foi feito aqui , mas copiaram seu cenário e ele se mantém. Não fui comer lá , não tinha feito reserva. Entrei no primeiro salão realmente é lindo.
O lugar é por trás da Medina. Perto  de uma pracinha que fui quando cheguei. Extremamente mal cuidada como todo resto.
O povo joga muito lixo na rua.
Aqui também tem sempre uma poeira que maltrata os olhos. Dizem que é do deserto.
Ontem nas minhas andanças entrei num mercado senegalês. FICA perto da Medina. E tem de tudo. Muitos cabeleireiros e negras e negros lindos  no lugar. São grandes e com muito estilo.
Os marroquinos não são bonitos, nem os homens, nem as mulheres, mas os senegaleses são muito bonitos, numa pele negra    quase azulada  e um porte altivo. Entrei no mercado e fui vendo as coisas. Eles assam carne , acho que era defumada e fica aquilo exposto. Também aqueles tecidos coloridos e muitos cabeleireiros.
Depois fui ao mercado Municipal , nem entrei,  o pior que já vi. Muito abandonado, muito mesmo largado.
Fui andando e vendo com tristeza.
Podia ter pego um táxi e corrido o resto da cidade e ido a bairros que certamente são mais novos e cuidados, cono em #Tanger , mas fiquei com preguiça.
Também não fui de novo a Mesquita. Não daria para entrar pela hora que já era tarde. Ou seja, não entrei em nenhuma Mesquita pois eles não deixam. Só se virar muçulmana, mas gosto dum vinho e de carne de porco também.
Meu balanço final é bom. Gostei do país , mas sei que as impressões não vem todas agora. Escrevo o relato, as divagações  vem depois.
O que sinto indo para a nova etapa, agora para o trabalho é expectativa, dois textos e debates e espero aproveitar muito a oportunidade e rever amigos também.
Sinto que algumas coisas são mais difíceis de nos abandonar do que pensamos.  Você sai do seu cotidiano, do seu povo de tudo mas seu sentimento não sai de você.  O tempo é uma coisa preciosa. As vezes queremos atropela-lo e ele não deixa. Quisera já ter passado o tempo sem que envelhecesse. Sem que tivesse a sensação  de que posso estar perdendo tempo .  Mas não depende de mim , do meu querer. Eu me esforço  em ir adiante e vou, não paro, e a coisa persiste. Não sei o porquê disso. Sei que mudanças são necessárias e tento fazê-las mas no fundo tem uma tristeza, uma pena que não se conforma, que insiste em ficar a espreita de ilusões.
Em Casablanca a guerra  impediu o amor de Bergman e Bogart , as condições externas impediram. Na vida as vezes não é muito diferente. Eu acho que meu olhar vem mudando muito. Outras coisas me tocam mais nesses últimos tempos, outros valores a serem conquistados no amor. Foi preciso a guerra e a impossibilidade pessoal . Mas que adianta a mudança se na prática não pode se realizar? Me perguntariam  .  Adianta,  que quando  puder esse mudança se realiza.
Cada ser sabe onde seu calo aperta e tô cansada de me cobrarem coisas que não fazem. No final que está sentindo sou eu. Sabe-se lá o quanto mais.  Mas, finalmente  encontrei o Pedro e agora vou ao encontro do Chico que já me aguarda para o jantar mais tarde em Lisboa .
Enfim melhor parar por aqui. Daqui a pouco o avião de Bergman naquele figurino lindo vai partir. E....




O que mais me encanta são as luzes!!









Estação de Marraquexe

Adeus Marraquexe!!

No trem para partir a Casablanca, já instalada aguardo a hora de sair. Acho que hoje tá mais vazio. Vou de segundona como fui para Fez. Já está comigo uma senhora e uma menina que deve ter uns 20 anos. Ela estava entrando me viu deu um sorriso e veio para  a cabine que tem 8 lugares. O trem é igual  os europeus só que mais velhos. A primeira classe difere porque tem 6 cadeiras em vez de 8, mas também são vagões velhos.
Tudo Bem, quisera eu que tivesse um trem assim para ir do Rio a Mangaratiba ou  Teresópolis. Impressiona como nós brasileiros conseguimos destruir uma malha ferroviária que dava conta de quase todo país e ficamos restritos aos carros e ônibus. Lembro-me de um dia ir ao museu ferroviário de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul e quando vi a malha do Rio Grande  quase chorei de tristeza pela sua grandeza que era e pela destruição que o regime militar impôs  para favorecer as grandes montadoras.
Além de outras tantas coisas e tem gente que aplaude.  Tem louco para tudo!!
Hoje somos dependentes do petróleo para nos locomovermos dentro do Brasil.
Deixo Marraquexe com uma sensação diversa, ontem uma mulher me tomou a mão e fez a tatuagem sem eu pedir depois queria que eu pagasse  10 vezes mais pela mesma. Eu não faria isso. Não pedi. Tentei tirar mas ela segurou minha mão. Dei a ela o que tinha na carteirinha do Brasil todas as moedas ,  não sei quanto havia,  e ela pediu a bolsa então eu dei a ela.
Tudo Bem, não devia ter muito já que aqui tem moedas de 10 e 5 diram. Mas a maneira que fez a coisa foi meio estranha. Fiquei com uma sensação ruim.
Isso é que é o chato daqui. Toda hora, o tempo todo tem gente oferecendo coisa, e de forma muito insistente, não te deixam em paz.
Segundo as meninas do hotel e um rapaz senegalês que falei depois tem que ir dizendo, No Money, no Money, para eles não virem te  perturbar. Ah!! Ainda falam assim. Não é para comprar só quero mostrar a senhora. E ainda outros te rebocam para dentro  da loja que tem até um lugar para sentar.
Ontem um senhor , Salim me levou a loja de especiarias. Me encheu o saco para comprar e eu já tinha feito em outra loja que não turística.
O Seu Salim não queria que eu saísse.  Que chato. Tirei uma foto dele e disse que colocaria a foto do cartão dele no blog. Assim ficou contente e eu me mandei.

Conversando com o Senegalês, que esqueci o nome e que foi me acompanhando pela Djmaa fna ele perguntou Se eu gostava dos marroquinos , eu disse que sim. Ele disse que não gostava. Reparei que também aqui na propria África com negros sofrem preconceito. 
São sempre rebaixados com subempregos .
Entendendo um pouquinho mais isso aqui vejo o porquê de tantos quererem ir embora. Pois as questões básicas faltam. SAÚDE, Educação.  Não senti se aqui tem o problema de segurança que temos. Vi muito policiamento, mas a religião talvez seja um freio. Será? De tantas em tantas horas toca a música , se outrem toda cidade, as mesquitas abrem para o povo entrar. Talvez esse chamamento seja importante para lembrar a consciência.
Não sei, um caso a se pensar. Por que em países muito mais pobres que o Brasil a violência não é tão grande quanto a nossa ?

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Por que viajar e para que escrever?

Qual seria a resposta para essas duas questões? Tem gente que fala que viajou e fica em toda conversa  falando sobre isso, tem gente que não fala nada, tem gente que não fala, não escreve e fica quietinho, tem gente que nem viaja, nem no tempo, nem na arte, que dirá na experiência de outro.
Queria poder sentar e escrever as viagens imaginárias, todavia me falta criatividade para isso. Toda arte parte de um estado de realidade, da mímeses segundo Platão e depois seu pupilo Aristóteles e essa realidade muda de acordo com a leitura  dela que faz quem escreve e isso tem maior ou menor grau de semelhança com o real.
Eu bem queria ter  ou ser tudo sem precisar sair de casa , mas necessito viver as coisas. Não as planejo viver ou sentir , simplesmente as coisas acontecem e eu as tento relatar de imediato.
Talvez não seja essa a maneira mais interessante, uma vez que dizem ser necessário tempo para elaborar. Mas se eu não escrever no ato , parece que tudo se perde. E nunca mais vou sentar e fazer.  Quem sabe um dia eu com tudo isso ainda escreva um romance. Já tem muito material em todos os meus blogs, mas com a correria da vida falta tempo, falta  algo mais.
Toda vida sinto como esse processo de ver e sentir tudo que nos acontece.
Na viagem parede que isso está potencializado ao quadrado e viajando sozinha a escrita é a maior companhia.
Ao escrever me alimento de sensações que somente mais tarde darei conta.
Quando fiz a primeira viagem sozinha com 22 anos, foram 41 dias de mochileiro, entrando e saindo do trem na Europa. Conheci tanta gente, e hoje vejo que aquela foi a mais corajosa de todas.
Sem falar inglês direito, o que por relaxamento continua, sem reservas em hotéis, sem internet que não existia, somente com um guia de albergues da juventude emprestado.
Não havia planejado ir só, mas as contingências se fizeram.
Sofri  com muito medo, mas não voltei .
Depois dessa viagem as condições técnicas foram melhorando.
Também fui com amigas Lilian, Malu, Emili, Emil, pai, mãe, Célia, Eliana e sua amiga, Paulo, Antonio, Geraldo, Lucilene com a Júlia ,  não foram muitas e nem em  todas eu escrevia, quando sozinha escrevo mais, porque a escrita se torna uma companhia.
É algo como: precisamos falar sobre nós, e olhando a vida de outras pessoas nos damos conta da nossa. Como choque de realidade, eu  sei que  tal vida nem sempre é o que parece ser. Nem a minha é.
Qual o sentidos dos lugares, o que eles Tem? Por que os escolhi em detrimento de outros?
O que eu procuro neles, nos museus que vou, na simplicidade dos hotéis que fico e na gente que encontro?
Eu não teria grana para ficar em caros hotéis e talvez eles não me proporcionassem a mesma experiência.
Ontem eu falava isso com a turca. Agora eu já sou a anciã do hostel. Mas aqui somente fiquei em um em Marraquexe. Nós outros lugares  fiquei em riad normais com quarto individual etc.
Mas os riads tem espaço coletivo de convívio o que já denota um espírito diferente daqui.
Eles de fato parecem viver em comunidade. Vê-se pelas  praças cheias todo dia até tarde da noite, pelos grandes pratos coletivos de comida.
Na Europa os hosteis tem muita gente mais velha, que abre a mão de certo conforto para sentir outras coisas.
Até porque , se eu fosse para um 5 estrelas nem sairia de casa.
Ainda não testei o b&b. Será a nova experiência.
Mas voltando a escrita, todos que escrevem tem um interlocutor imaginário. Alguém para quem te importa dizer algo , as vezes você mesmo.
Perguntei ontem a Alice se ela estava lendo. Disse que não.   Não sei se um dia ela virá comigo.
A contar pela minha família somos descolados, ficamos pra lá e pra cá de casa em casa, e mesmo parados estamos nos movimentando até com os móveis. Mudamos os moveis de lugar ou os mudamos de casa.
Escrevi um tanto e apagou. Porra.!!
Falava eu do meu interlocutor imaginário e falava que algum meses atrás disse -me alguém que estava me deixando viver.
Talvez equivocadamente a pessoa  pense  que isso seja possível.EU  vivo  independente dela, ela seria algo mais para compartilhar emoções.  Mas  talvez a pessoa não entenda que  compartilhar não seja apenas bens.  Que existe algo mais que se pode doar. Seria bom poder compartilhar o que fazer e fazer junto. Mas nem tudo é como se espera. Como sonhamos ser e temos que aprender a viver com o que temos, com o que a vida pode nos dar se buscarmos. Porque parado o fluxo de energia não pode ficar.
Mas esse não é o meu  interlocutor , ele é leve e gosta de ir comigo sentindo comigo  o caminho. Ele lê e tenta se transportar comigo. E está comigo, pois penso nele quando escrevo.
Quisera um dia trazer todos , que talvez caibam num fusca.  A pensar pelos que curtem ler . Pois tem quem só goste das imagens como não está funcionando a colocação de fotos devo estar perdendo leitores.
Se todos fizessem um like talvez eu soubesse.  Bem, tem gente que não se mostra.
E  eu com certeza continua vivendo pois gosto da vida é ela tem que ser leve, porque somos leves apesar de tudo que se vê é sente.

Riad

Marraquexe por dentro

Sem mapa mas com meu próprio GPS ligado saí hoje cedo. No hotel  o café demorou para sair. E quando vi já passava das 9:30. Ou seja, o sol  já estava rasgando. Dois dias de caldeirão do inferno fervendo. Insano. Mas parece que o povo tá acostumado. Sim, óbvio.
De fato por dentro isso aqui é a maior loucura. Deve ser por causa do sol. O povo se vira em todas as direções. Muita gente vendendo lencinho de papel. Tudo é barato e é caro ao mesmo tempo. O referencial deles é o euro. Mas eles não tem euro. Dizem na hora de vender só um euro, só 2, 3, mas recebem em diram e eu em real. Então, uma mescla de temperos 100g  por 40 diram, são 4 euros , mas  20 reais. Logo, para brasileiros é caro. Com 20 reis compro na  Casa Pedro e não carrego peso.
Isso é que tenho que pensar. Qualquer coisa pesa. Então para comprar tem que ser: existe no Brasil? Se existe, não rola.
E hoje com a globalização e a China , nada mais existe em um só lugar.
Se eu fosse consumista teria enlouquecido, mas hoje , quando fui ver algo para comprar cheguei a conclusão de que  o que chama atenção são os brilhos . Esses fazem os olhos brilharem. Mas como levar um lustre desses? Sem condições. Como levar um tapete?  Impossível.
Por dentro, tudo é um pouco mais e um pouco menos.
Dentro do  Majorelle  do Yves (YSL)  ,já para entrar o preço é 7 vezes mais que  nos outros lugares e dentro também.
Ou seja,  tal como os riads a coisa é, e não é.
O calor deixa o corpo exausto. E acabamos acordando tarde.
Quando saí fui em direção a Mesquita koutobia e seu jardim. Fiquei correndo atrás dos jardins pois são oásis. Depois que saí do Majorelle que demorei  para achar, sem mapa,  voltei por outro caminho tentando buscar os jardins. Entrei no Ciber jardim. Que tem Wi-Fi free. Sentei e Rachid veio falar comigo.
Ficamos conversando. Pode parecer que estou dando conversa para todo mundo. Mas não é isso. Eu sento e quando me veem me perguntam de onde sou, chutam todos os lugares e se impressionam eu não ser marroquina. Aí querem conversar de qualquer maneira.  Fico sem graça de cortar. Esse rapaz de hoje simpático, estava no jardim e depois queria que eu fosse tomar chá com ele. Que eu era muito bonita, ele trabalha fazendo massagem num hammam.
Sempre querem saber tudo. E eu acabo conversando. 
O que  acho legal é a curiosidade deles.  E a facilidade de contato. Quando a pessoa quer vender  já está no sangue, mas a simpatia é diferente.  Na Europa não temos tanto contato assim.
As pessoas são mais fechadas.
Como Marraquexe é muito turístico tem também gente de outros cantos da África. Os negros não são todos muçulmanos, pelo menos não usam as roupas.  Vendem  seus artigos naquele calor . Fico pensando como o mundo é desigual,  muitos tem muito dinheiro e esse povo tentando ganhar o dia para comer. Existe a riqueza , daria para todos viverem em condições normais , todavia tem muita gente que tem muito.
Aqui eles tem hábito de comer coletivamente. Os grandes pratos são servidos num prato grande e comem todos no mesmo com a mão. Sem dúvida um ato tribal, com o cuscuz fazem isso.
Outra coisa  que também tem diferença é a higiene. Nós hotéis , aqui nesse é limpo. Mas na rua,  tudo muito sujo, apesar de ser Marraquexe a cidade mais limpa. Muitos recolhendo o lixo nas praças etc.Mas  as pessoas  jogam no chão.
Também pegam com a mesma mão o pão etc.
Vão comprar o pão e vem com ele na mão  .  Na Europa também não fica atrás nesse quesito.
Se tiver frescura quanto a essas coisas melhor não vir a África.
Muita comida na rua , também escargot,
suco de laranja e outras frutas.
Como já disse antes,  a alimentação é saudável, não tem gente gorda. As mulheres são um pouco mais, todavia é o padrão deles.
No hamman se vê o corpo das pessoas, a pele é bem limpa. Também com tanto produto de beleza natural, pudera.

As especiarias são um campo a parte. Muitos cheiros e sabores,  muitas lojas também. Aqui no riad tem uma egípcias que comprou muita coisa. O óleo de argan é de grande fama.  Falam muito. Acho que passa no cabelo e para massagem. Tem em muitos lugares. Vou até entrar na Google para ver.  Se for para cabelo tô fora.

Saí 3 tribos do deserto. A mais famosa é berberes. Sua cultura é muito rica e famosa e eles gostam de dizer quando são dessa etnia.
Também tem diferença quanto ao árabe. Aqui ao meu lado além da egipiciana tem 2 turcas. Uma turca  já esteve no Brasil. Tá me acompanhando no Instagram agora,o nome dela é  fantasia, Travel road.
Sentada aqui no riad várias vezes abri a porta . As meninas brincando disseram que  estou com uma recepcionista sexy.
Que vão andar comigo para receber elogios.  Muito  engraçado. Essas não usam véu e viajam sozinhas.  Ou seja, já são diferentes de suas mães,certamente.
Falam bem inglês. Certamente tem um padrão alto para seus países.

As mulheres no geral  aqui, também as muito vestidas olham para as outras e sempre sorriem para mim.  Seus olhos sempre muito pintados, sempre delineado de negro, principalmente as de burca.  Talvez por isso sorriam  pois as olho nos olhos.
Estou andando bem vestida, tampada, de calça comprida, mas sem cobrir o cabelo.
As que conversei dizem que não querem casar e sempre me perguntam  se tenho filhos e se sou casada, sem exceção.
Vou tentar publicar fotos no blog.

Jardins de YSL -Majorelle

Majorelle

Que jardim!!! Como minha mãe gosta. Cheio de  verde quase nenhuma flor, também com esse calor.
Caro mais lindo!! Muito cacto, bambu, e o colorido fica por conta da casa e dos caminhos e vasos com planta. Todos coloridos de azul, laranja, amarelo. Azul bem forte e o chão com vermelhão.
Muitas espécies do Brasil.
O ingresso custa 7 euros só o jardim. O museu é mais 10. Foi o monumento mais caro. Está cheio de turistas.
Aqui dentro parece um oásis. Tô até com dó de mim de sair daqui para voltar ao hotel. Foi difícil encontrar pois acho que vim pelo  lado errado. Mas achei, não sem antes ter que negar ajuda daqueles que queriam me acompanhar.  Isso tá chato.
Muitos pássaros também aqui.  Tô sentada escrevendo e bate um sono.

Pra lá de Marraquexe






Saí de Tanger a noite, muito tarde. Entrei no trem rezando para estar sozinha na cabine da primeira classe. Doce ilusão de cara conheci Jasmim uma americana espevitada filha de Porto Riquenho com cubano. Se diz latino americana mas nasceu nos Estados Unidos  e ama de paixão, diz logo que não é comunista e eu toda vestida de vermelho disse que sou.
Essa conversa foi depois, antes tentávamos dormir qdo chegou um casal da Síria Curdos, nos disseram, com um menino e a mulher grávida.
Estam indo para Rabat e a Barcelona. 
Conversamos e aí já foram minhas 3 cadeiras. Sentei junto a janela. Já tinha tomado minhas drogas homeopáticas e o antialérgico.  Fui dormindo.
Na madrugada entram outras pessoas, já quase de manha. Sei que as 7 estávamos todos conversando. Um marroquino , 2 franceses descendentes  eu e a latinoamericana,como ela se diz.
Rolou mta conversa o francês que joga futebol ama o Ronaldo. E quando falamos de política foi que a Jasmim fala o que já disse acima,  do estado de penúria de Cuba. Enfim todo blábláblá de sempre. Eu contesto e digo da segurança, saúde, educação. Mas não é suficiente já nasceu nos Estados Unidos e embora tudo, tem uma alienação de consumo.
Depois chegamos em Marraquexe  e fomos juntas no táxi e saímos a tarde para almoçar. 
Meu hostel é colado a praça. Não foi ruim de achar. Mas o calor é infernal. Andamos depois do almoço meio perdidas. Mas ela entra em tudo que é loja. E o povo aqui quer convencer a vender, aí ferra.
Visitamos o Palácio Bahia.  Muito parecido com  o de Sevilha . Lá o guia falava  e uma mulher perguntou do livro , eu escutei e dei pito, ele gostou e dei dicas para ele ver a série no Netflix. Me agradeceu e convidou para fazer o tour com ele.
Acho que não vou mais a palácio, é tudo muito igual, exceto pelo tipo de mandala, a marroquina tem 8 pontas.
Uma dor de cabeça do sol me impediu de ficar na rua. Fui para hotel e agora tô sentada em frente à Djemaa el fna tomando um chá marroquino. O sol cai. O som é do encantador de serpentes. O povo chegando. Ao sair daqui vou passar pelo meio. Amanhã vou cedo ao jardim antes do sol. 
Andei pelo meio de tudo. Muita coisa e muito maltrato à animais. Cobras, lagartos, macacos, pássaros e gente também.
Uma necessidade de espetacularização, todavia aqui sei que é por uns míseros trocadilhos. Muita mulher fazendo desenho de hena.
Muita gente querendo ganhar uns trocados. Existe uma miséria e também uma alegria de artista. Tem mto turista mas vemos que é um espetáculo para eles mesmos.
Passei por todos os cantos, entrei em muitas vielas e pelo meio do povo.  Tem muita  música também com inúmeros instrumentos como tambor, sopro e aquele som de encantar serpente e ele ficam ali naquele sol de rachar o dia todo. 
Depois de andar ainda comi fora da praça um sanduíche . Desistir de comer na praça porque é muito assédio.  Encontro o cara que tentava vender passeio para Jasmin e me convida para ir beber algo.  Estava muito cansada declinei.
Depois entro um berbere pede para tirar foto do meu cordão. Tiro e me faz entrar na loja e me faz o turbante. Pergunta quantos camelos eu quero para ficar com ele. Todo cheio de graça.  Digo que não é vou saindo.  Nesse ponto é de fato chato  , muita gente o tempo todo de chamando. Cansa um pouco. Também muitos nigerianos vendendo tudo.
Também cansam e gente pedindo que não fica atras pela quantidade.
Já tô cansada. A idade é mesmo uma nessa, uma semana e já tenho certa vontade de casa.
Tudo bem que é muito diferente,mas não tanto assim. Amanhã vou para Casablanca vou de manha para ver a cidade embora seja sexta feira.
Algumas coisas são muito curiosas. Nas tendas o povo trabalha uma jornada bem grande. Ficam ali todo dia e  também a noite.
As tendas praticamente não fecham. Tem senhores costurando até tarde. Outros apenas vendem. TambÉm nos restaurantes é assim.
O próximo post vou colocar por observações.
Marraquexe foi fundada em 1062 e é uma das cidades marroquinas mais conhecidas e também uma das que recebe mais turistas.
É apelidada de cidade vermelha, pela cor dos seus edifícios na medina onde está concentrada toda a história local.
É na praça Djemaa el Fna que se reúnem locais e visitantes. De dia com vendedores de sumos e fruta, à noite com restaurantes e contadores de histórias, ao lado de encantadores de serpentes.
Marraquexe é uma cidade mítica e mística. Outros locais para ver em Marraquexe: a mesquita Koutoubia, os Jardins Majorelle, os jardins La Ménara, os museus, os souks e as tinturarias de Marraquexe, entre muitos outros.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Tanger e vamos nós!!

Chefchouen-Acordei atrasada pois esperava sair mais cedo, mas tive insônia e foi preciso tomar um antialérgico para dormir. Algum mosquito me mordeu e o povo do hotel fazia barulho. Em todo lugar tem gente sem educação. Eram uns belgas, uma família, e deviam estar cheios de haxixe e sem noção do tom da voz.
Saí e fui  morro abaixo para tomar um café bom e partir a Tanger onde agora estou sentada num centro de acolhimento feminino indicado por Hassim. Um novo amigo que fiz na igreja anglicana.
Eu saltei do Grand táxi de Chefchouen e tomei um pequeno táxi até a estação de trem, que está toda em obra, lá comprei o bilhete para o trem de Marraquexe que  só sai as 11 :45 da noite. Feito isso, tomei outro táxi e vim para a Medina. Na  vinda fui olhando a cidade grande, muito grande, com  prédio altos e muitas lojas.
No fim de uma grande avenida quase a beira mar uma virada a esquerda daria na Medina.  Desci do táxi e voltei a rua, pois tinha visto uma oficina de turismo. Fui lá peguei um mapa e sai com a mala. Sim, não tinha locker , ferrou!!
Aí fui andando com mala, mapa, bolsa e celular em punho e ainda puxando a roupa para os peitos não ficarem muito chamativos quando bate o vento e aparece a camiseta vermelha.
Então com mapa,  fica fácil. Muitos vem para ajudar , mas recuso. Aqui o povo tem mania de vir falar carregar , te levar e depois cobrar.
Eu fui indo, entrei na Medina, fui até a mesquita vi o mar na rua principal e alguns pontos marcados no mapa. Até que saí, de fato, Medina é tudo igual. Ninguém me tira da cabeça que o capitalismo nasceu com o árabe , é muito comércio.
Saí da Medina fui buscar o jardim , vi uma igreja anglicana entrei e sentei no jardim com a mala para descansar era meio dia.
Hassim apareceu , ele é quem abre a igreja e deixa as pessoas entrarem , toma conta. Custa 20diram para entrar. Ele falou da igreja que tinha elementos árabes, judeus, Cristão e até budista. Fiquei curiosa e entrei.
Realmente uma igreja que é a mistura de tudo.
Ficamos conversando e conversa vai e vem , pois ele fala bem o espanhol , falo do livro que se passa aqui e ele disse que conhece a escritora, que ela veio várias vezes coletar material e que  ali estava enterrado, tem um cemitério no jardim,  o correspondente que  foi usado como personagem do livro.Fui ver o túmulo.
Depois  ele pergunta  que se eu quisesse podia deixar ali  a bagagem para dar uma volta. Eu pensei  e  disse que sim.
De valor   na mala só  minhas roupas todas e os textos que vou apresentar. Deixei.
Livre da mala pude andar  até a kasbhar e sassaricar  pela rua sem peso. Foi ótimo.
Voltei peguei a mala, nem conferi  dentro.
E fui ao centro de acolhimento para mulheres  para almoçar , mas não tinha nada. Sentei no pátio interno e pedi um chá de hortelã.
Não estou ainda com fome, embora tenha tomado café as 9 e já são 5h. Depois levantei e fui andando pela avenida liberdade. Até que vi uns restaurantes com mesa para rua que se via o mar e fiquei.
Almocei e depois  fui caminhando toda liberdade , depois avenida Mohamed V, i  entrando por bairros que beiram a praia , seguindo mais ou menos o trajeto do táxi de manhã e eis que estou quase  na estação ferroviária.  Um bairro tipo  Barra da tijuca.  Uma grande avenida para o mar e uma interna. A do mar com uma enorme área de lazer que está lotada e fica de frente para o Mediterrâneo. O ferry acaba de passar.   Todo mundo sentado na grama, na areia da praia se divertindo.  As mulheres, muitas, com sua roupa habitual . Mas o vento é forte  e não devem sentir calor. Sempre a tardinha o povo todo vai para caminhar. Fico pensando que falta faz a segurança. Se fosse no Rio teria  medo de ficar com no telefone na mão. Até cavalo tem na praia. Estou de frente para a Espanha. Uma hora pelo mar chego lá.
No canto esquerdo um bairro tipo Ipanema . Do outro lado tem uma pequena montanha que me parece cheia de mansões. AQUI prédios muito novos. Do lado da estação em obra tem um shopping.
Continuo sentada vendo o movimento, só troco de banco. Passa um grupo de mulheres e sentam no meu lado. Duas de Meckes e a outra com a filha daqui mesmo. As 3 sem lenço e uma , mãe da garota com lenço, justo essa sentou ao meu lado e começou a falar de Alá.  Estranho parecia ela meio maluca. Nem a filha dava bola para ela. Me fizeram interrogatório. Eu falava em ingles e a menina que devia ter um vinte e poucos anos traduzia em árabe. Conversa vai e vem. Depois da pregação da mãe, e nem te  nada para as outras. Me perguntam se eu não tinha filhos. A mãe pergunta, digo que não. Que era divorciada a muito tempo e que tinha me separado de outro a pouco tempo. As duas mulheres sem véu e com aparência bem normal , cabelos com tinta , meio parecidas com francesas falaram:  bravo!!!
E a velha se levantou. Acho que daí por diante ela não sentou mais até ir embora. 
Depois vou falar sobre essa opressão que vejo por aqui. Me parece uma imensa  vontade das mulheres de sair do rótulo que a religião colocou para elas. As mais novas principalmente. Mas isso é papo para depois.
Estou agora  na estação improvisada, pois está em obra, aguardando o trem para Marraquexe.