domingo, 20 de outubro de 2019

Nada como dois dias de passeio para relaxar

Então que você se estressa na semana, vem o sábado e domingo e   te dão folga  com direito a passeio. Nada melhor, até a queimação na boca que voltei a sentir passou, hoje não tive, também não comi o dia todo.  Acordei as 9 tomei café e saí com Jayne  e  Keith, de van para um Market  de domingo. Isso que dizer uma feira de tralhas e não tralhas que ocorre cada domingo num lugar, tipo feira da praça xv,  só que hoje por estar chovendo muito e frio tinha quase ninguém negociando.   Ainda bem, eu digo pois se não acabaria caindo em tentação.  Tem de tudo,   tudo mesmo. E é incrível a atração deles por isso. Parece que ninguém compra nada novo. Ficam procurando as coisas antigas e baratas e haja tralha, o Keith vai todo domingo. Infelizmente hoje como ele chamou a Jayne e ela me chamou  não deu para os chilenos irem, acho até que eles propuseram,  mas pelo que senti ele queria ir sozinho com Ela, mas ela me chamou e eu não ia recusar. Para mim foi ótimo, mas creio que estava pintando certo clima. Passeamos todo dia  por estradas  grandes e pequenas e depois chegamos a POITIERS, que eu não conhecia pois só cheguei na  rodoviária. Linda cidade. Várias Igrejas,  ruas bonitas, e espaço  bem interessantes, entramos no Palácio de justiça e estava tendo uma exposição do kimsooja uma sulcoreana  que  givi em Nova York, arte pos moderna,  tinha uma grande mesa onde as pessoas pegavam argila e moldaram como quisessem,a maioria bolas e a ideia era  ter naquele espaço o universo.  Minha bola ficou um peão. Gostei e deixei.  Depois numa sala um filme  com os vários trabalhos , o filme é no Marrocos, e vi ali Coisa a belíssimas, o trabalho de bordar, de moldar o barro para fazer Tajine,   o trabalho do povo nos tanques de amaciar o couro, como o que vi em Fez ,  o barro para fazer aqueles azulejos que montam os mosaicos árabes,  e também as tecelans que fazem os tapetes.  Lindo mesmo.  Depois fomos caminhar  e tomar um café.  Não almoçamos.  Ele nos trouxe, e aqui  tomei sopa e depois eles saíram  de novo. Eu não quis ir , talvez eu esteja errada , ambos são casados, mas eu não quis empatar mais do que todo o dia.
Precisaria de alguém mais sagaz para avaliar. 
Ontem também foi ótimo pois  fomos a vários lugares,  e comemos num  blog restaurante de comida do mundo todo.  Tipo selfservice   só que sem balança, comi japonês, chinês e outras coisas.Depois  cau nos doces francesa. Aff. E sem caminhar porque chovia demais .
Vimos ontem uma casa para Jayne, estranho que a casa tinha 3 espaços em lugares diferentes. Um era um primeiro andar  no piso da rua onde funciona um tipo galeria, encima os 3 quartos e banheiro. Depois em outra rua um cave,  um beco, ondetembarril de vinho guardado e depois uma barracão com um jardim atrás , acabado , mas um excelente espaço. Esses 3 espaços por 47 mil euros, isso dá menos de 200mil reais.  No coração da cidade de San Lois.   Dá para fazer um negócio  e ainda  construir uma casa.  Ela já pensou em fazer um b&b pois a casa atual dela é um antigo hotel que ela dá, isso.  Aqui também na Paula é isso. Ou seja,  principalmente no verão é que o povo ganha dinheiro . Pois no inverno nada tem.
 Reparo que tem muita coisa sendo vendida, nessas pequenas vilas.  EM Ville Franche de Rouergue  também muita coisa sendo vendida e como disse as cidades parecem fantasmas. 
Por aqui ainda é pior nas vilinhas, em cidade como Potiers não, tem muitas lojas e muito movimento durante a semana. 
Essa semana fará 2 meses que estou por essas bandas. Muito já vi e muito por ver.
Muitas ideias e possibilidades para levar. 
O que as pessoas estão procurando agora,  será que temos  no Brasil, eu tenho na  cidade , o mesmo potencial por desenvolver, ou Lá é tudo tão diferente assim.Acho  que num mundo que busca a sustentabilidade certas coisas são essenciais. Um novo olhar sobre os produtos, uma sobrevida mais longa para tudo que se tem. Não dá mais para produzir em excesso e criar cada vez mais lixo e cada vez mais consumir os recursos naturais, pois vai chegar uma hora que não mais terá petróleo, água, etc,o mundo caminha para exaustão dos recursos. 
 O que tenho visto por aqui são os dois lados,  nas duas casas muita desorganização,  entretanto na mais rica, um excesso de coisas,  coisas muito boas, nada  é jogado fora,   Nada, mesmo.  Produz-se muito lixo também na casa rica.  As coisas industrializadas são muito embaladas e enquanto em uma  se reutilizável até os sacos de papel, na outra  nada disso.  Se separa  um pouco. Por exemplo tudo que  é verde ou comida vai para compostagem.   Mas  as  vezes a compostagem é uma zona.
Não tem os níveis separados. 
 Eu na jardinagem  separei muita coisa pois podei muitas plantas, mas tudo foi jogado junto no mafuá. 
Outra coisa que se faz, terrível eu achei, e queimar  os galhos. Semana passada foi muita queima, minha roupa que estava na corda ficou um horror.  Também a lenha para as lareiras. Muito tronco para o inverno é  separado, creio eu que a lenha deve ser mais barata que o gás que aquece aqueles aparelhos.  
O que não sei  é se há reflorestamento suficiente. Toda casa tem uma reserva de lenha. Será que só tiram?  
Sei que a Madeira é renovável , mas tem que ser plantada e esperar crescer.  É cada tora de madeira que não sei em quanto tempo chega ao tamanho em que é colhida.
 Nessa região em que estou agora, tem muita plantação, muita mesmo, é comportamento agrícola.   Óbvio que algumas devem ser orgânicas, mas tenho certeza que  não tudo.  Girassol e outras coisas é o que vejo.  Grandes máquinas e terrenos preparados para a plantação.  Essa semana a chuva chegou generosa e é incrível  a marcação da mudança de estação.  Folhas caindo, verdes que viram vermelho e marrom, outras amarelas no matiz de cores fabuloso. De fato uma paisagem singular.  FRIO ainda não é demais,   o vento é chato. E aqui como tem pouca montanha nesse meio, o vento é muito forte, aqui perto tem vários enormes cataventos e redes de transmissão sobre as plantações. Ou seja energia limpa, bem diverso  do midi Pirineus, que era muito montanhoso. 
Assim vou conhecendo tudo.  Talvez ainda veja mais por aqui em janeiro. Tudo vai depender. Tudo mesmo.
 Em cada igreja que entrei hoje e sempre meu agradecimento e meus eternos pedidos, que serão e são atendidos.


Um comentário:

  1. Muito bom, amiga... como sempre, muito bom ler os detalhes de suas observações. Cada vez admiro mais essa sua característica. Sou tão distraída com o meu entorno, por isso amo quem consegue enxergar tudo e além! Obrigada por me proporcionar isso, isto é, conhecer através de você. Bjss saudosos

    ResponderExcluir