sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Segunda Casa.

Vim parar ainda mais longe da civilização,  no entanto na casa, como é uma guest house, ou B&B,  tem gente o tempo todo para jantar.
Pessoas que ficam um dia, dois,três. Hoje é  meu primeiro dia, cheguei ontem à tarde.  Fiquei meio estressada pois  na rodoviária não encontrava a Paula.  Depois de quase uma hora é que consegui atender ao telefone e finalmente encontramos. Ela muito simpática e atenciosa. Pelo caminho fomos conversando, ela me contou tudo  e explicou que no momento estava com 2 workway.  Anais e Alexandro , ela canadense e ele ucraniano. Dois tipos exóticos.  A mulher deve ser mais velha que eu e acho que usa uma peruca, tenho quase certeza,  ele um rapazola de 27 anos, todo afetado nos modos.  Segundo Paula, ele não  é de fato workaway,  parece que tem algum lance na Ucrânia de veio parar aqui.  No espaço são 3 casas, a principal,em que estou, uma outra moderna e a torre.  Eu estou hospedada no último piso,  acho que era uma cela monástica, meu banheiro é em frente,   só que tá sem água e luz,   tudo muito requintado,  no entanto tirando os quartos e a sala, o jardim e cozinha são uma bagunça sem fim, isso sem contar a lavanderia e  depósito embaixo da casa, na garagem . Impressionante a zona.  Parece que tem coisa demais.   O tipo acumulador.  Mas tudo de muito bom gosto e do tipo caro.
Quando cheguei fomos almoçar, ela preparou um  mexilhão, já é a Segunda vez que como aqui.
E depois do mexilhão, queijo. A noite jantamos  primeiro omelete de cogumelos frescos que o visinho deu, frango com batata, torta de sobremesa e queijo.  Vixe vou virar uma bola. Tomei vinho ontem e hoje.   É muito requinte para não tomar.
De  manhã  fui a última a chegar a mesa, linda, tomei café e fui para o jardim,  arrumei todo o jardim colado a casa e depois  parti para podar a lavanda. Fiquei quebrada.   Muita rosa  e  fiquei toda lanhada.
Tem muita coisa para fazer no jardim, tem hora que nem sei por onde começar.
O garoto parece que não faz nada, ou se faz de lesado. E a moça trabalha costurando e limpando eu acho. Só sei que agora a noite quem lavou e colocou na máquina fui eu.
Minha mão tá um  bagaço. Preciso aprender a pegar mais leve. Sou intensa demais, quero fazer tudo num dia, não sei pra  quê. A vila é minúscula não tem nada e nada tem. O caminho do paraíso fantasma, deve ser isso.  Ninguém para perturbar ou apurrinhar.
Saí a tarde para andar e não vi viva alma.
Onde o povo fica?  Tem uma escola maternal, ou seja, deve ter alguém.
Hoje falei com meu pai,mãe, Alice e Emili, até me emocionei. Bateu aquela saudade além da preocupação .
Realmente  é cada coisa,  acho que aos poucos vou acostumando com a língua, mas eles conversando eu consigo entender por alto, tudo não.
Na caminhada vi uma casa cheia de pássaros, estranho, achei. Não sei onde fica o cara que faz permacultura. Mas sei que é muita coisa para fazer aqui na casa.

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2 comentários:

  1. Elis, vai com calma!!!! Sem estresse!!!! Viva um dia de cada vez e com cautela. Respire, inspire e conte tudo para a gente. Que banheiro é esse sem água e nem luz????? Credo!!!!!

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  2. Oi irmã, Tudo bem ? Vai devagar, pois Se não só vai ralar, serviço nunca acaba ...

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