domingo, 3 de novembro de 2019

Dimanche 3

O dia amanhece cinza e com chuva,  ainda  bem que estou no trem, se não iria para a rua pegar uma fila no Museu D'orsay hoje é dia grátis, primeiro  domingo do mês.
 Confesso que o episódio deixou -me com medo de aeroporto.  Que merda!!
Como minha amiga Ivana diz, sempre ficará aquela sensação. E no caso é sensação de impotência, que não existe pior.
Caminhos que a vida traça sozinha, sem que  tenhamos qualquer controle. Não é sempre assim,  não deixo a  vida sozinha me levar,   mas tem horas que de fato não temos ingerência  sobre ela.
 A linha desse trem que estou  vai passando  por belos caminhos  cidades e vilas,  paisagem   do clima  temperado,árvores coloridas  que surgem no meio do verde.  Muitas já peladas, parou  na estação,Fonteneblau Avon,  que será que lá tem?  Muitos saltam com suas bagagens leves e pesadas. Por  que levamos a casa nas costas. Não usei  quase nada do que trouxe, agora deixei a mala na Amélia e fiz apenas a mochila e assim farei para os próximos destinos.
Um luz de sol desponta e invade a cabine do trem, estou agora sozinha. Eu e esse aparelho com minhas possibilidades de escrita.
Descortino paisagens e  letras que juntas formaram o sentido que quero e busco.
Mas uma estação, o cara fala e não e entendo uma só palavra. Agora terei que estudar  francês.  Quero recebe-los para um tour.  Grupos para medicação e convivio com uma natureza ainda virgem do meu espaço.
 Volto ao foco de mim mesma deixando de lado ocorrências  que não mas me acrescentam.  Tudo é tão luminoso agora  com a luz do sol.  
Cheguei  na casa da Jayne, deitada  na sala com lareira.

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