quinta-feira, 14 de novembro de 2019

O sol saiu, e o céu está azul

Dia 14, quero o tempo devagar para  demorar a sair daqui, quero voltar, meus olhos se enchem da beleza local agora sem o vento da água as pedras ficaram lavadas, o branco das casas parece ainda mais branco dentro desse céu azul
 Vim andando  do hotel até o Centro , não ê longe como da praia do canto até a igreja  na ilha  grande ,ou menos.   Nesse trajeto fotografei os barcos e o grupo de homens remenddndi sua rede. Kalimera,  me olham estranhando uma turista nessa época. 

O mar parece uma lagoa tão calmo e azul, transparente a água deixa ver o fundo e os peixinhos.

 Tô sentada em frente ao museu do lado de uma escola.  Barulheira de crianças, aguardo  Vassilis que  pediu para eu esperar  que vai comigo  aguardo e ele vem me trazer uma almofada para por  sobre o mármore gelado, pois pediu mais 20 minutos .Rodei já por todo canto, os turísticos e os não turísticos.  Tem muito velho sentado tomando  café, muitas mulheres que saem da igreja comendo um pão ou bolo , muitas vestem preto completamente, algumas cobrem os cabelos. 




Ontem a chuva foi demais,molhou toda minha roupa,que espero que seque.Visto short com meia, pois de raiva  vou vestir tudo que trouxe.  Carmem me escreveu de Edimburgo perguntando onde eu estava e não paro de receber convites por todo lado. Outros que também querem ir para o Brasil.
 Ainda ontem quando estava indo em direção ao hotel um senhor no carro escrito o nome do hotel me ofereceu a carona, estaca me esperando no caminho, pois  sabia que eu passaria ali, foi ótimo.
Aqui não tem tantas lojas de  coisinhas como em  athenas,e com o eu esperava souvenir é caro,afinal é uma ilha,  entretanto  cada esquina que viro me encanto com a beleza,  também não vejo imigrantes como em Athenas e Paris. Em Atenas me surpreendi  com a quantidade de  paquistaneses, é o que me parecem.  Muitos principalmente perto do hotel que fiquei que é uma transversal a uma rua de muitos hotéis perto de Omonia. Quando voltar já reservei outro, que me pareceu o que fiquei com meus país em 2003, mais perto  do metrô acrópole.
Dois alunos fugindo pela grade rompida da escola. 
Depois mais dois, meninos e meninas, muito bonitos.
O sol tá esquentando, a tarde vou a Noussa, de ônibus uma praia  do outro lado da ilha.
 


É muito encanto-Paros

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Encontrando Paros

Museu de arqueologia,  pago entrada falo que meu avô era de Paros, mostro a foto dos documentos, ficam encantados 2 homens Vassialis e Dimitris,  Vassilis fala para eu ir amanhã as 10 h, que vai descobrir minha famiia. O avô dele nasceu em 1904, ou seja,  as famílias  já estavam aqui e certamente se conheciam, pois se não é grande hoje imagino em 1902.  Embora meu avô tenha  saído daqui nessa época.
Percorro as ruas numa só alegria,   tudo tão lindo, que nem a torrencial chuva me   impede. As pernas da calça completamente molhada na barra,  frio não está,uso apenas uma  blusinha  de manguinha  por baixo do meu casaco azul como das  cúpulas das igrejas.
Sinto-me em casa ,  quero vir morar aqui no verão, ou depois dele, essa época, tudo vazio. Poucas lojas abertas, sem frio mas com  a vida local.   São muitas ruelas  caiadas com suas flores.Certamente   com o sol e o céu azul deve ficar mais lindo.   Saí do museu e fui em direcção ao porto, mas não consegui pois o vento forte  me empurrava,  bom sinal,  pois pode espantar a chuva e trazer de novo o sol.  
Entro no primeiro restaurante que vejo. Povo da terra , não é beira mar.  Olho dentro e tem um belo grego jovem e mais umas pessoas na grelha  e as comidas sendo prontas,peço uma salada grega e um kebab, vem a salada da foto, depois um sanduíche de pão pita com a carne, tipo uma kafta dentro com molho, batata frita.
Olho acho gigante ,mas como inteiro.   Terei que dar mais mil voltas na cidade para gastar.  MAS  a noite será só iogurte.
O VENTO  continua, esfria um pouco,mas a chuva parou.  Pelo menos não vai quebrar o guarda chuva da Maria,dona do que b& b.   Na verdade é um hotel, dentro do meu quarto tem um kit daqueles com geladeira, fogão e pia.  Comprarei coisas para o café da manhã e o jantar.
 Vi as passagens para sair da ilha.  
Maria  me falou o que conhecer e disse que tem ônibus para todos os lados do lado do Porto. Também disse que dá para ir de bike. 
Senti uma emoção quando aqui aportei.   Quero muito trazer  minha mãe, meu pai e quem sabe minhas tias. Não é difícil vir.
 O grego é muito simpático e hospitalidade é marca do passado, que tentam conservar.
 Turista quase não temnessa época, muitas lojas já fecharam e só reabrem em abril.
 Ainda sentada no restaurante,  me preparo para o ventio ,que também veio me dar boas vindas. 
Saio  andando pelas ruas do meio, entro na rua da praia, um supermercado, eu entro compro leite, café, yogurte, geleia, torradas e manteiga. Garanto meu café da manhã.  O quarto é agradável e bem limpo, quentinho. Paro um pouco e troco a calça por uma leu, para não mais ficar molhada, descanso um pouco. Me levantei muito cedo, o vento sopra lá fora com.muita força. Tem um que de ilha Grande isso aqui. Agora entendo meu avô parar lá e ficar. 


terça-feira, 12 de novembro de 2019

Atenas mais um dia

Acordei cedo, mas não saí, fui encontrar Eliseu, e passava de 10 quando fomos andando até Sintagma para pegar o tain e ir até a Praia. Rodamos, dos anos  comprei meu tickete para Paros e entao conseguimos achar  , mas o bonde , vlt, não chegava onde íamos pegar  acabamos pegando ônibus até o final  Voulos  seguindo pela praia. Bela imagem como uma zona sul do Rio. Prédios bonitos ruas bonitas bem diferente de alguns pontos  do centro.  Ficamos contemplando o mar com pé nas pedrinhas tão coloridas que resolvi colocar  muitas na minha garrafa d'água.
Vou  dar pedrinhas coloridas para yodo mundo e completa minha coleção.
Depois andamos,andamos toda a cidade,   por todos os cantos. Descobrimos hoje cantos bem mais requintados e bonitos. Ruas com grandes magazines, e  as mesmas lojas de toda Europa. Não só as de souveniers.  Lojas onde o povo compra.  Aqui também tem muita loja de baixo custo.  Parecem coleções antigas de outras lojas que  vem para essas lojas com preços indescritíveis.
Também  artigos de  maquiagem,  shampoo etc são bem baratos, já vi que vou fazer a festa. Qdo voltar das ilhas.
 Um mosquito me mordeu e por ironia meu antialérgico eu dei para  Movita. Tive que comprar outro.
 Que  saco essa alergia mosquito europeu. Ninguém merece.
Passei na  academia de filosofia e deixei o novo museu para a volta.  Amanhã  escrevo mais, serão 4 horas de mar.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Cheguei me sentindo muito bem

Se tem algo que  devemos sempre agradecer é a vontade dos Deuses, eles podem até ser cruéis vez por outra  mas agem de forma a que as linhas tortas se transformem em coisas muito  legais quando sabemos ver.
Cheguei a Athenas depois de todo o processo de esquecimento do que foi a deportação.  Sejamos como os gregos dramáticos, pois foi isso que aconteceu. Decidi  que viria  e vim. Receosa com aeroporto mas tudo bem.  Nem bem dormi a noite e  já tive que levantar num voo cedo pra burro.  Faz parte. Taxi  em Paris e vamos lá.  Ótimo vôo  e chegamos.  Na hora de saltar começa  uma música  da Vanessa da Mata, "é só isso ,não tem mais jeito acabou, boa sorte",  fiquei tão alegre com o bom agouro e descobri que atrás de mim um menino brasileiro,Elias,  que veio fotografar , de férias para suas páginas de Instagram. Contou-me sua história e ficamos amigos, viemos juntos para o centro,  e nossos hotéis são quase do lado. Ou seja  fechou, andamos juntos todo resto do dia, fomos a acrópole,almoçamos juntos.
 Ótima  companhia que adorou a Grécia e  se encanta  com a beleza dos homens gregos. Legal curtir junto com alguém falando a mesma língua. salada gregamoussaka
Depois da barriga muito cheia subimos a acrópole.

domingo, 10 de novembro de 2019

Todos os caminhos passam por Paris

Domingo 10 de novembro
De novo no trem rumo a Paris meu Porto de chegada e partida da aventura.
Trem interessante, caro, não entendo por que o trem se tornou tão caro sendo um meio de transporte mais limpo que o ônibus. Antes se andava tudo de trem,agora os preços ficaram impraticáveis e alguns ainda tem limite de bagagem.
Chove e faz frio,4 , 5 graus, só dentro de algum lugar para ficar bem. Realmente o frio excessivo não é minha praia.
Chego em  Paris às 13h venho para casa da Amélia, Movita  me espera para almoçar. Fico a tarde toda  no computador e são quase 10 e  ninguém chega.  Preciso imprimir o tickete e marcar  um uber. Vôo complicado as 6.35 da manhã, sem transporte público.
Estou  com tanto sono que nem ver filme consigo.  Andei com Linu um pouco e parece que ele tem fome,  daqui a pouco  elas chegam.
Não sei de onde vem tanto sono, tanta preguiça e  vontade de dormir.  Fiz foto no trem, e nada mais a contar. O frio esmorece a gente.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

O mais importante é a sobremesa

Jean Lu,  vizinho  convidou-nos para jantar em sua casa. Por várias vezes ele veio aqui tomar um aperitivo e conversamos   e sempre tentamos em 3 línguas nos entender e criamos a máxima, "ce la meme choise" grafo como falo,  isso porque  ficamos a descobrir as mesmas palavras que São vomuns no inglês, francês e português, e  são muitas e nos divertimos assim.
Ele também é artista, sua Maison é do lado tem andares  e no primeiro é  sala misturada com galeria. Muito organizada. Muito legal , depois vou tirar foto, também ele garimpa objetos no Emaus. Muitos objetos divertidos e ressignificados.
No jantar ele fez  uma carne  de porco na panela, cozida com cenoura molho e castanha,a marron,  como chamam, muito gostoso, pré teve um tira gosto, azeitona, tomate, uma salada de alface, vinho,  e depois queijo e a sobremesa, o gatÔ,  le gatô, grafo fonéticamente  para eles o mais importante,  pois que é o que vai ser lembrado.   Aprendi isso com Movita.  A última lembrança do jantar, a sobremesa.
 Sem dúvida há uma  razão para isso é pretendo praticar.
As pessoas se derretem com o doce final e ele permanece na nossa memória,forever.
Recordo de um  doce que  como aquiuma vez, num castelo com Amélia de morango, maravilhoso, o bolo inglês do passeio ao jardim, a sobremesa do dia do restaurante com Movita, divina. Aquele restaurante beneficente,  onde pratos e serviços são todos de peças diferentes.
 Vou fazer uma campanha,   doe um prato diferente ao restaurante da fazenda.
  E o jantar transcorreu,ao  fim brincadeiras e como sempre o giro da colher caindo para alguém responder ao que se pergunta,  ou fazer o que mandam, tive que sambar, ligo eu  que sambo tão mal.  
Uma noite agradável, voltei tomei um banho bem quente e deitei.    
Certa apreensão me invade um pouco uma sensação estranha eu estava ontema noite, hora de partir.  Os lugares tem tempo, chega uma hora que se esgotam.  Sei que é algo de dentro e por isso vou falar de fora.  Sem lógica eu sei,mas talvez o fora ajude a entender o dentro.
 Ontem a tarde voltamos a  vilinha de Colete, fomos no café para Jayne mostrar suas fotos.  Ela mostrou, tomou um café com creme, eu não quis, decidiu  tudo e saímos, eu fui dar uma volta dela foi colocar gasolina no carro. Rodei a vila e encontrei esse bichinho perdido perto de uma casa de jardinagem.
É um filhotinho de ouriço,  do mesmo que Eros  colocou na boca,creio eu. Só de chegar perto os espinhos se armam.  Ele estava assustado, mas eu nao tinha o que fazer. Não ia levá-lo,  ou colocar a mão. Fui acompanhando seu caminho.  Depois entrei na loja e comprei uma baguete.
Jayne apareceu e voltamos para casa antes da hora do jantar,com aquela sensação esquisita.
Hoje é sábado,  vou tentar achar do lafo de fora algo que esteja descartado, ela me autorizou, quero uma mantegueira e um açucareiro bonitos e diferentes.  Agora entendi as compras dos chilenos. Coisas para sua casa.

 


Copiando o cineasta

No filme do Wim Wenders  tem um Cedro que inicia toda reflexão . Esta é sobre  o tempo e o futuro do cinema. Mais este que aquele.  
Não sei quanto tempo um Cedro demora para crescer e ficar do tamanho deste que tem aqui que da nome a rua,mas deve ser muito tempo.  A vida de uma árvore dessas é muito maior que a nossa, se não cortada, duram séculos eu acho. Minha noção de botânica é nada.
 Mas o que me importa é o tempo.  De certa forma eu fiz uma viagem no tempo,  uma viagem por espaços novos para mim, mas que já existem desde muitos séculos atrás. No entanto, essa viagem para trás no espaço vai me levando para frente para o futuro e principalmente para o presente.
Geórgia Agamben tem um texto que fala  sobre a necessidade de saber e conhecer o passado para se entender o contemporâneo. Que o contemporâneo é oculto, é pouco discernivel se nãocremos a bagagem do passado.
 Aqui nessa vila,  no coração da vila por uma semana mergulho  nesse  passado que não é meu, mas que é de todos. Também não é da Jayne pois ela não é daqui.  Todavia  a casa que ela mora está cheia de passado  de muitos que passaram por esse antigo hotel, que foram donos dos objetos antigos que ela compra.
A coleção  de potes e de bules antigos  que eu  sugeri que colocasse alguns na sala e  fui buscando e lavando e arrumando. Coisas que ela garimpa nas feiras e no Emaus.  Tudo aqui vem desse universo. 
E achei muito legal.  Diferente  antigo, vintage e ao mesmo tempo ultra moderno pois segue a ideia do não desperdício, da reutilização,  do não consumismo, ou seria um outro tipo de consumismo. 
 Na mesa dificilmente tem elementos iguais, as combinações são muitas, e só de pensar qual foi a viagem de cada um desses objetos a gente se diverte, se perde nas possibilidades.
Tem gente que não gosta, que acha que pode ter energia negativa, tanto nos lugares  quanto nos objetos, mas prefiro pensar que  ao contrário disso o que se faz é preservar o planeta de tanta extração de matéria prima e de tanto lixo.
 Aqui no frio de hoje o fogo já queima  as energias negativas ,até a gatinha hoje se sentou  a gente da lareira.   Nesse momento ela toma seu banho na frente do fogo.

A vila é  silêncio só. Como eu já disse  falta vida aos lugares e olha que aqui tem muito mais gente que em PRESSIGNY.
Treigny, é rota para muitos outros pontos.
Mas é o tempo que parece ter estacionado na Vila.  Aqui  parece uma foto de Atget, despovoada, silenciosa.
Sei que agora só anoto o correr do dia, pois que somente depois,  depois do tempo passado é que poderei  tirar minhas conclusões .  
Ontem assisti com  a Jayné o filme da irmã dela , segundo ela me disse é uma das mais importantes cineastas da Grã Bretanha hoje,  o irmão também é jornalista e escritor e ela,a pobre da história é fotógrafa.  Ela não sabe porque  eles não tem com ela um convívio . O pai  surtou e  se matou, a mãe cuidou dos 3 filhos.   Ela tem 2 filhas. O filme fala sobre  epilepsia e  um fenômeno de transe coletivo. Uma sugestão coletiva. 
Muito bonito , a irmã escrever e dirigiu.
 Mas nas palavras de Jayne, muita sensibilidade na arte e pouca na vida.


A gatinha pousou para mim nessa foto.
j

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Nunca sei um título de cara.  Hoje é aniversário do meu paizinho já falei com ele, aqui são quase quatro,muito frio, fiquei em casa  terminando com os livros e o resto e no final fiz umas mudanças na sala.  Mas rolou um estresse,   Jayne estava atrás de uma carta que tinha deixado sei lá onde no atelier, aí ferrou, ela estressou, deu ataque de pelada, mas é sensata,  eu não vi as tais cartas, e tudo que mexi pus mesmo lugar.   Ou seja, ela queria que eu desse conta de algo naquela zona.  Quase me arrependi de ajudá-la.  Mas depois ela entendeu. Ela deve ter pegado o troço e posto em outro lugar vai achar. Eu não joguei nada fora.  Depois o cartão do médico que estava embaixo do teclado, ou jogado como tudo. Esse ela achou no lixo.
 Caramba,  esse povo é muito   porco, compram as coisas e não lavam.   Varrer casa, passar aspirador deve ser uma vez a cada ano, se for.   Não arrumam cama, parece uma pessoa que conheço.  E tomar  banho é uma vez por semana, dito por ela mesma para mim. 
Acho que fiz o que em 1o anos aqui ela  não fez. Talvez só limpem o quarto do b&b, mesmo assim, acho que só trocam a roupa de cama.   Nada que se pega  vai para o lugar, tudo ganha um outro lugar a cada hora, impressionante, por isso acho que tem duendes pela casa,   pois começo a limpar e organizar o pano some, a cera de madeira que passo some.  É algo muito estranho.
 Mas acho que já ajudei muito, agora vou descansar.    É que como não tem nada na rua fico aqui e não consigo ficar parada.
  A sala tá outra,  bem mais bonita .Ela mesmo se animou e foi tirar e trocar coisas de lugar. Consegui concentrar os livros da sala  nas 4 estantes que tem. 
 A tarde sai com ela para Perrouge, uma outra vilinha a igreja é do ano 1200 . É as casas devem ser também.  Não tem nada, nenhum comércio, loja, o povo tem que sair para comprar as coisas.  Enquanto Jayne falava com a dona das tais cartas de 100 anos, eu andava pela vila. Um frio enorme, foi escurecendo pois passava das 5 horas, e a luz mais linda surgia emoldurado o espaço arquitetônico.
Rodei mais de uma hora, depois sentei em frente à igreja e aguardei.
 Domingo volto a Paris pela manhã, chego meio dia, para me organizar  para segunda de madrugada.
O que mais  farei é aproveitar ao máximo. Descubro que no final tudo da no mesmo, esteja  você onde estiver .
A experiência de workaway foi para mim muito positiva , ver coisas que não tinha ideia, ser deportada como um imigrante sem visto, encontrar pessoas fabulosas, vidas tão distintas. Desenvolvi meu senso de observação sempre meio capenga.
Descansei a mente e trabalhei muito fisicamente e concentrada. 
Agora é relaxar e ver o mundo com suas novas cores. Mente descansada e cheia de planos, planos que atravessam o atlântico, que vão daqui para Brasil.
Pessoas que pretendo levar e coisas que me inspiraram.
No caminho tudo acaba sendo como o destino quer.  Um pouco de planejamento, de conhecimento e tudo vai se encaixando. Recebo notícias políticas do Brasil. A Liberdade é sempre boa.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

A rotina

Recebi hoje uma mensagem do meu host da Escócia um amor, preocupado mas agora é tarde Inês é morta, antecipei em 2 meses meu retorno, mas melgor assim. Curto os ultimos dias da campanha francesa e depois sigo em frente não  mais para o trabalho mas para curtir por 10 dias. Não que eu não tenha curtido.  Todo tempo tudo  foi muito especial para mim. Toda possibilidade de   fazer o que  normalmente não faço. Até comprei uma tesoura de jardim para levar.
 Aqui na casa de Jayne já fiz o antes e o depois, arrumei todo atelier dela e se repate  aqui o que vi nas outras casas, muita coisa e muita bagunça, limpeza vez por outra quase nunca. Teia de aranha para todo lado e o povo nem liga,   poeira para todo lado e povo não tem alergia.  Deve ser o frio que mata as bactérias e faz com que não se contaminem.   Aqui tem tanta coisa  que não tem como fazer tudo.  Ela é fotógrafa vive montando cenários para fotos, acho que vive disso,Então tudo que usa tá no atelier que arrumei,muita moldura e outras coisas. Só que o atelier é também seu closed onde ela guarda suas roupas e sapatos.  Comecei   arrumando esses e  em  2 dias  terminei. Também não exagerei, segui o fluxo.  Fiz também para inglês  ver e mesmo assim minha mão ficou um caco. MuitA poeira e seguindo na linha,nada que se pega é colocado no lugar.
 Hoje fui ao  marche de manhã e a tarde  no Emaus.
O mercado é numa cidadezinha bem simpática bem maior que aqui com lojas  e restaurantes. Antiquários e outros.  O Emaus é uma rede antiga de solidariedade,você compra e dinheiro vai para caridade.
 A casa de Jayne é só garimpo.acho que  nada aqui é novo. Talvez por isso a energia seja um pouco paralisada. Só o atelier que mexi já resultou em uma possibilidade de exposição hoje e de  mais coisas.
  Hoje também mexi nos livros da sala. Ela tem muito livro é disse queceu tudo. Muito livro de fotografia,E também literatura os bons autores. Realmente um excelente biblioteca. Nenhum brasileiro até agora, mas um  exemplar do Jorge Luis Borges.
Amanhã vou mexer  na sala.  Falta uma estante e móveis.  De fato ela não se importa que eu mexa,  também  não sabe onde tem nada 
Sr eu ficasse aqui mais tempo arrumaria mais coisas,,mas me contratei na sala e quem sabe o corredor do 2 andar, todas as estantes. 
Também tem uma coisa, ela compra muito e não dá, ou vende.   Falei que se não usa,  doa.   Mas acho que os ingleses são diferentes.  Eles acumulam,talvez os franceses sejam diversos. Quem sabe uma próxima vez.



 

É e não é?

Estou ainda no interior da França 180 km de Paris.  A natureza é majestosa, as cores do outono são belíssimas  folhas amarelas,vermelhas, marrons que se misturam ao verde  e trazem  um tom muito diverso das nossas lindas florestas  tão verdes.
No entanto, diante de outras imagens me pergunto  o quanto de  árvores ainda restam e o quanto se tem  reflorestado.
São Milhões de árvores todos os anos para aquecer a população  em todos os lugares. Aqui na França e em outros países, até no Brasil também.
Ou seja, o que pode e o que não pode, para quem pode e para quem não pode?  "Minhas retinas cansadas "  não levam ao meu cérebro a mensagem para que eu consiga entender.
As fotos dizem por si.  Pergunto a um francês e é embaraçoso e não entendo.
E mudemos de assunto.


domingo, 3 de novembro de 2019

Dimanche 3

O dia amanhece cinza e com chuva,  ainda  bem que estou no trem, se não iria para a rua pegar uma fila no Museu D'orsay hoje é dia grátis, primeiro  domingo do mês.
 Confesso que o episódio deixou -me com medo de aeroporto.  Que merda!!
Como minha amiga Ivana diz, sempre ficará aquela sensação. E no caso é sensação de impotência, que não existe pior.
Caminhos que a vida traça sozinha, sem que  tenhamos qualquer controle. Não é sempre assim,  não deixo a  vida sozinha me levar,   mas tem horas que de fato não temos ingerência  sobre ela.
 A linha desse trem que estou  vai passando  por belos caminhos  cidades e vilas,  paisagem   do clima  temperado,árvores coloridas  que surgem no meio do verde.  Muitas já peladas, parou  na estação,Fonteneblau Avon,  que será que lá tem?  Muitos saltam com suas bagagens leves e pesadas. Por  que levamos a casa nas costas. Não usei  quase nada do que trouxe, agora deixei a mala na Amélia e fiz apenas a mochila e assim farei para os próximos destinos.
Um luz de sol desponta e invade a cabine do trem, estou agora sozinha. Eu e esse aparelho com minhas possibilidades de escrita.
Descortino paisagens e  letras que juntas formaram o sentido que quero e busco.
Mas uma estação, o cara fala e não e entendo uma só palavra. Agora terei que estudar  francês.  Quero recebe-los para um tour.  Grupos para medicação e convivio com uma natureza ainda virgem do meu espaço.
 Volto ao foco de mim mesma deixando de lado ocorrências  que não mas me acrescentam.  Tudo é tão luminoso agora  com a luz do sol.  
Cheguei  na casa da Jayne, deitada  na sala com lareira.

Sábado 2 de novembro

Voltando aos escritos  para não perder o hábito. 
 Tantas coisas e poucas coisas,  rumos e caminhos que as vezes decidimos, outras não.  No metrô um senhor toca um violino uma música melancólica. Pena não dar  a foto,  fico com vergonha de tirar , agora animou. Parampampam... se esquiva da foto, mas no final vem pedir as moedas.  Fui até a Bastille, saltei abri  o mapa, uma senhorinha que passava muito simpática vem me perguntar o que procuro, cherche, respondo que é a place de voiges, ela me ensina,  mas errei e fui para outro lado,  bom  e sem problema,  fui parar no Ica,  Instituto de  cultura árabe que já conhecia e que é um tipo IMS  no Rio e Sampa,  acabei almoçando por lá quando vejo um professor da faculdade que trabalha comigo.  Chamei e Almoçamos juntos. Contei meu périplo. Depois saí e continuei a flanar pelas ruas do quartier  latin ,margem do Senna,  Norte Dame.  muita gente pelas ruas.   Entrei em muitos lugares, lojas mais principalmente meu objetivo era  olhar a cidade e seu   movimento.
 Paris tem um movimento diferente, talvez seja a mais fotografada do mundo.  E enche os olhos das  pessoas, dos turistas,  de todos que passam. Depois fui  encontrar  Amélia no Louvre, saímos a tomar um chá numa  cafeteria muito antiga e deliciosa,  como um croissant recheado de nozes que era de chorar e ela comeu uma rabanada que tinha um sabor magistral  pois se joga por cima uma espécie de geleia da da árvore da folha símbolo do Canadá.  Voltarei lá para o último café. Tinha fila na porta, mas muito bom e Não caro. O croissant 4 euros eu acho.
Não dá para converter preços se não nada se faz essa é a dica é necessidade.
  Hoje domingo  já estou  no trem rumo a   a casa de Jayne que me convidou, não sei se lá tem jardim. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Se ninguém me representa , eu me represento e peço a todos que compartilhem.

No dia 29 de outubro  tomei o vôo 1686 Air France  rumo a Edimburgo, chegando às 10:40 am.  Ficaria no Reino Unido mais ou menos 1 mês e meio,  ficaria na casa de um casal Tom, filho de embaixador que serviu no Rio de Janeiro, e   Carmem sua esposa.  Tom pretende ir ao Brasil o ano que vem para estudar rabeca em Pernambuco.  Eu  ficaria na casa deles, ensinaria um pouco de português num programa de troca cultural workaway, e aprenderia o inglês  inclusive já estava reservando uma escola desde  junho.
  Quando cheguei e fui passar na imigração  uma senhorita  pegou meu passaporte fez as perguntas , falei o que faria,  e  mostrei-lhe minha declaração de meu período sabático na minha universidade, meu contrato de trabalho no Brasil, seguro saúde,   meu tempo de turista em dia, cartões de crédito, enfim, tudo. Entretanto, a senhora  não me deixou entrar, me colocaram esperando no aeroporto por 9 horas sem comer  e beber,eu tinha que pedir pelo amor de Deus por um copo d'água, me interrogaram várias vezes, revistaram minha bagagem,  me entrevistaram com um intérprete e sismaram que eu ia  trabalhar e que isso era ilegal. Por mais que eu explicasse que  se tratava de um programa de troca cultural não adiantou.  Queriam então que eu assinasse e colocasse minhas digitais, me levaram para um cubículo fechado com todas as coisas e 3 guardas, eu me recusei a assinar pois disse que não sabia o que estava ali escrito e não poderia por isso assinar. Depois disso fiquei esperando mais 1 hora, e voltaram  dizendo que eu estava detida e que iria passar a noite numa casa de detenção, pois havia me recusado a assinar o papel e no dia seguinte  voltaria a Paris.  Fiquei desesperada,  comecei a chorar e falei:  me traduzem que eu assino isso, mas não vou à casa de detenção, não sou criminosa,não fiz nada ilícito só quero conhecer o país,   as cidades e museus, tenho emprego, tenho dinheiro, tenho tickete de volta ao Brasil.   
Nada disso adiantou, de novo me puseram na salinha, traduziram algumas coisas, um cara  que falava um péssimo espanhol querendo me enganar falando que se eu colocasse as digitais teria uma entrevista, eu  dizia,  já tive a entrevista, ele fingia que não entendia.
 Sendo constrangida por 3 guardas que por vezes pareciam  que também estavam achando aquilo um horror,  eu chorava e explicava,  eu dizia não vou a detenção, me arrumem um vôo agora, não quero mais ficar aqui.   
Por fim, já era isso 18 horas  eles vendo que tinham errado, mesmo assim não voltaram atrás.  Apreenderam meu passaporte  e disseram que eu poderia sair e dormir onde quisesse e que voltasse dia seguinte às 9 horas para voar para Paris.   Ou seja, se eu quisesse ficar ilegal , ou quisesse sumir, eu teria feito.
 Sai do aeroporto peguei um táxi até o centro na casa do Tom,   dormi lá e dia seguinte às 9 horas estava no aeroporto, eles me puseram um carimbo no passaporte com uma cruz encima, o que sujou meu passaporte pois significa visto negado e deportada como fui.  Somente me devolveram meu passaporte e meus outros documentos dentro da sala de embarque , apesar dos muitos argumentos de Tom, eles não  retrocederam e cada hora colocavam pessoas diferentes para ter comigo.
Cheguei a Paris acabada, emocionalmente abalada e só me liberaram quando uma pessoa  anotou que eu tinha ali chegado.
Ou seja,completa arbitrariedade pelo constrangimento que me fizeram passar, pelo uso psicológico da força, e tudo que há de pior.  Tudo meu estava legal, no entanto, acharam que eu era "au par",  por mais que eu e meu  Host  explicassemos diferente.
Assim, estragaram meu projeto de aprender  inglês e  pesquisar sobre  meu tataravô Henry Mc Cormick, que chegou ao Brasil no século  XlX.
Dessa forma, como cidadã  brasileira, que nada deve a qualquer  Estado gostaria  de fazer essa representação, pois certamente quando chegam ao Brasil não sofrem esse tipo de  constrangimento.   
Gostaria que o Itamaraty fizesse uma representação de repúdio a esse tipo de atuação e de constrangimento ao cidadão brasileiro. Pois, por maior que seja a autoridade dos policias e seu poder discricionário, eles não podem agir da maneira que agiram.
Aguardo um posicionamento e uma resposta do Itamaraty.
Estou mandando essa carta a todos os lugares que posso.
Obrigada, 
Elis Crokidakis Castro
Cidadã brasileira.

Paris e suas luzes


Depois do sufoco, passada a ressaca, tudo parece melhor.  As luzes estão  de volta e as sigo por onde elas vão  abrindo meu caminho, dando toda força e energia que é preciso se ter.
Depois de resolver  tudo da passagem  almocei uma comida gostosa feita por Movita e saímos.  Era 18 horas ja  noite quando eu chegue a Gare do leste. Sai a flanar pelas ruas parisiense sem mapa e seguindo o que me atraía.
Desci a rua em frente à estação , entrei  por galerias que só tinham restaurantes indianos, fui andando  e em cada  nova Rua algo novo.  Achei a ria dos cinemas e teatros, sextou em Paris.  Não estava frio, e a luz da  noite enchia a cidade com seu brilho, Bares cheios, cinemas com filas e parei na frente ao café fos capuchinhos onde se realizou  a primeira exibição do cinema feita  pelos irmãos Lumiere.
Assim foi o dia,   muitas coisas começam  a fazer sentido?  Não sei, mas sei que talvez tenha sido  dessa forma melhor.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A história precisa ser conhecida

31 dia das bruxas.
Acordei com o propósito de ir a embaixada do Brasil aqui em Paris, meu direito entranhado julgou que  o fato merecia uma representação, visto a arbitrariedade da questão.
 Fui, a embaixada, lindo prédio a beira do Sena, no portão o cara já disse que não era ali e sim no consulado, deu-me um mapa e lá fui eu com Movita procurar.  Atravessei o Champs Elisiers e na Franklin Roosevelt estava lá, fechado até às 14 horas, saímos para esperar comendo uma  salada.   
14 horas fomos, 3 pessoas na recepção, um porteiro e duas no balcão,  falei o caso,   passava um outro que a recepcionista disse ser seu chefe, contei,  e veio um outro,  apesar de acharem um absurdo senti certo descaso. Disseram que eu não tinha nada a fazer ali,que por email eu escrevesse e mandasse. Expliquei que queria deixar o registro do  fato.  Que nada. Nem para tomar notas ou eu assinar um livro de presença . PERgunto-me para que pagamos tanta gente a morar em Paris  se quando precisamos nada podem fazer, nem tomar um depoimento para registrar a orrência.
Pois é, saí de lá e fui a doceria Funchon, a comer um belo doce e tomar um café.  Falando por Paris o resto do dia,  fui ao terraço da Printenps e vi o mundo  de cima. Liberte, igualite, fraternite.   Talvez por isso a França tanto acolhe aos imigrantes.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Never more, never more

Nunca mais,  nunca mais, diz o corvo de Edgar Alain Poe e digo eu, depois desse episódio, definitivamente meus ancestrais não pretendiam voltar a essa terra, e  me impedem outra vez de entrar. No entanto, da primeira vez eu fui liberada, entrei em Londres  e passei 3 dias ,  dessa   vez  o processo foi outro.  Quase  fui mandada para detenção   pois me neguei a assinar a merda da papelada, por fim, constrangida e com medo,  lancei minha  impressão digital. Arbitrário, sem dúvida,  ela olhou para mim e achou que eu tinha  cara de imigrante, ou melhor  achou queceu ia trabalhar ilegalmente.   Esta ilha  de merda, como disse meu anfitrião.Entendo a posição deles, fui burra, devia ter reservado um hotel,mas não o fiz e  mesmo   estando como turista  sem qualquer problema me deixaram 9 horas esperando.  Minando emocionalmente a pessoa,  e depois me liberaram mas prenderam meu passaporte.  Fui para casa do Tom, e voltei no dia seguinte,  os putos  sabem o que é, mas não quiseram  voltar atrás.   Nem vi a cidade.
 Pensando bem, talvez tenha sido o melhor.  Não sou Poliana mas quase,  ficarei mais 20dias e volto para casa para colocar meus projetos  na vida.
 Realmente minha linha de vida não deve passar por essa ilha.
O frio aqui é um horror, hoje de manhã já senti na pele e  como Carmen  é espanhola eu ia acabar não  falando o inglês.  Triste ficou Tom, pois queria aprender português para ano que vem ir fazer curso  em Pernambuco de rabeca.
Talvez eu deva ir para Grécia.  Caramba, eu tenho essa possibilidade.

Deu ruim, barrada no Reino Unido

De novo no avião 2 meses depois, agora atravessando o canal da mancha e toda Inglaterra rumo a Escócia, sinceramente  não sei  tudo que me levou a acabar vindo para   esse canto. Já no aeroporto vejo a temperatura lá 3 graus.  Caramba,  só espero que o aquecimento da casa seja bom.
 Amélia minha amiga querida e generosa me levou até a Gare  du Nort, e ainda comprou  meu bilhete e não me deixou pagar.   Falei que desse jeito não volto. Mas ela  é danada.   Fiquei preocupada com ela também,   achei  que ela e sua companheira brigam muito,  com todo yoga , meditação etc,   ela muito  afoita, muita acelerada  acho que consegue ser mais que eu.  Ligada na tomada  eu fiquei preocupada de ser culpada  por estar ali.
   Agora  a Escocia, não fiz nenhum plano, não estudei o local, não levo nada a não ser minha bagagem pesada de roupas e minha disposição. Juro  mais uma vez que vou comprar uma mala de 10kg e nunca mais viajarei com mais que isso. Minha mala hoje de 20kg. Deixei livros e chinelos na casa da Amélia.
Ao chegar no aeroporto e fazer todos os procedimentos , ufa!! Lancei mão da barra de chocolate Lindt Orange intense, bom o inteira. O avião acaba de decolar...
Me bate um sono. Tá lotado , mas na .Minha fileira só eu e uma menina de seus 20anos me parece.   De novo o idioma inglês,  acostumar outra vez o ouvido. Queria estar na janela.   Não entendo porque pessoa a que dormem  escolhem janela.  Eu amo janelas  pois só viajo olhando, explorando a terra do céu. 
No aeroporto, fui barrada pela imigração. Detiveram meu passaporte  etc, agora aguardo um intérprete de português  para uma entrevista. Pegaram o telefone da Carmem e  ela falou que eu era workaway,  logo,   me barraram . Agora sei lá  quanto tempo vou ficar aqui de molho aguardando. Se me impedirem de entrar sem nem conhecer o lugar,  eu volto a Paris  fico o resto do tempo que me resta dentro dos 3 meses e volto ao Brasil, antecipo minha volta . Já resolvi.  Plano B.
 Acho que as pessoas têm que ser mais sagazes nesse trâmite, dizer que são amigos e pronto, se não acontece isso. Quatro horas depois continuo no aeroporto,   tomei 2 copos d'água, não sei se vão me deixar entrar ou me mandar embora.  Liguei para o Tom, que me pediu desculpas, já tive uma entrevista com a filha da puta que me travou e um cara, junto com uma intérprete pelo telefone,  agora aparece um cara e pede  minha impressão digital,   
 NÃO DOU. Tem milhões de motivos e eu explico que se um colocar estarei  aceitando aquilo
Me trás de volta  , peço uma água.  Aguardo.  Aguardei todo o dia   9 horas no aeroporto,  voltaram e me disseram que eu ia para uma casa de detenção de imigrantes, comecei a chorar expliquei porque não assinava.  Aí de novo fomos a intérprete  pelo telefone. 
Eu já numa pressão absurda coloquei então minhas digitais. Ou seja,concordei com o que disseram ali. 
E dia 30 amanhã tenho que deixar o país, não posso entrar no Reino Unido.  No final me cozinharam o dia todo, e liberaram para eu dormir na cidade e me apresentar hoje, 30 cedo.  Entretanto, seguraram meu passaporte e meus documentos. Tem tudo meu lá.  Inclusive cópia dos  meus cartões de crédito. São uns putos.   Dois moles, eu devia ter reservado um hotel e a Carmem não devia  falado que eu ia ficar 2 meses trabalhando, pois não é trabalho. É diferente na sua natureza.
Ou seja, me ferrei e mudarei todos os meus planos. Nunca mais na vida pisarei no Reino Unido,  nem preciso.  Essa ilha prepotente  que julga sem saber.
Cheguei a casa de Tom de táxi,  encontrei todos aqui me esperando  Maia uma espanhola que está aqui e que eu ficaria no lugar. Um amorzinho. Hoje Tom vai comigo ao aeroporto.  E certamente devo partir pois tudo é tão burocrático que não voltariam atrás. Ficarei na França por mais  uns dias  e vou embora no fim do mês.  Escreverei  a Connie e Pan, de repente mais 2 casas uma semana cada ou Grécia. E fim.