quinta-feira, 12 de setembro de 2019

sei não, qualquer coisa, a moira

Tudo bem que tô na roça, tudo bem que tomei vinho e comi sardinha do mediterrâneo na brasa, mas ir dormir as 8:30 da noite é esculacho, ontem    fui  dormir as 9 de tão cansada que estava e acordei depois de 10 horas. Tive inúmeros  sonhos e não acordava. Hoje  com vinho então.
 Só sei que  tô cansada,  é trabalho pra burro. Tá bom que deve ter gente que enrola, sim pois dado o estado das coisas, isso não devia ter sido limpo faz anos.  A cozinha que  hoje ataquei, assim como ontem  nem o aspirador de vapor dava resultado. tive que enfiar a mão no produto brabo e passar a bucha para tirar a crista de gordura. Affe, Deus!! 
E eu dei pra ser perfeccionista depois de velha,  quero deixar tudo brilhante. Mas se que é besteira, pois se povo não via a sujeira , não vai ver que tá limpo.  Mas para o meu próprio prazer  to deixando tudo ok, e como disse minha amiga Eliana, adona da casa vai sentir falta  de mim.

Fui hoje ao centro da Vila pela manhã e cheguei para  meus afazeres. A feira é muito boa, toda quinta feira. Muito legal que  na Europa se conserva esse hábito, tem o galpão com os  pequenos produtores, que vendem suas próprias coisas e outros. As senhorinha velhinhas e os senhores também vendendo o que produzem no seu quintal. E isso tem mais valor que o resto. Reparei que tem variação a cada semana. Hoje não vi a moça das  bolsas que estava semana passada. mas hoje tinha uma barraca cpm roupas africanas, bem bonitas.
 Não consegui arrumar minha mala cujo ziper quebrou, to só com um, ou seja,  provavelmente terei que comprar uma mala. Um saco, também não resolvi o lance do cartão de telefone que comprei.
 Tudo longe, hoje ainda caminhei por uma hora.
 A lua no meu signo tem proporcionado flutuações emocionais, Perto do aniversário de uma boa ideia, é sempre tempo de reflexão. Meu amigo terminou a leitura do meu livro Rota de Fuga e  fez ótimas observações, eu até compartilhei a página da  Amazon para ver se alguém se anima em comprar. Vai dá pé.

 E  vou levando, confesso que to com medo do frio.   De manhã e a  noite é um horror, mas a tarde esquenta bem que até caminhei sem qualquer casaco.
Fiquei feliz que falei com a LILI, meu amor, quanta saudade.
Certas horas paro e fico me perguntando o por que de tudo isso. Que opção mais doida. Vir para uma roça dessa tirar tiririca francesa e limpar a casa dos outros. É certo que quero falar inglês, mas  talvez isso seja o que menos to vendo aqui, apesar de só falar isso. Mas eles não me corrigem e sei que tem falha no que falo. Converso sobre tudo, e me entendem, mas  falha no  vocabulário.
 Sei que  são   pouco estudados,  mas não tenho ideia se falam bem ou mal.
OU seja, e ando tão cansada que  nem ler ou estudar tenho feito. isso é uma merda.
Espero que na casa da Paula, a próxima que irei seja diferente.
Penso se também  eu busquei uma rota de fuga nesse caso. Fuga do país que desce a ladeira, fuga das adversidades pessoais, fuga de mim, ou busca por mim, caçador  de  mim. Nesses momentos depois da  catarse  convulsiva da escrita, volto para em torno de mim mesma, para ver o que sobrou.
O que  não tem remédio , remediado está.
Mas o que difere o aqui, o ali e o acolá?
Não sei,  como e por que vim parar na França? tem coisas que são inexplicáveis. E quem traça essa caminho, que moira é essa? que nos conduz  para lugares inesperados, sem qualquer explicação.
Fato é que depois disso aqui vejo que  muitas outras coisas são possíveis para o que  tenho a fazer. SEi que posso dar conta de muito mais do que podia, sei que as mudanças da vida não  são inexoráveis, e como o galho da árvores vamos e   voltamos com flexibilidade, desde que tenhamos uma boa base, se a base for fraca aí tendemos a cair.
Sei que doenças emocionais mexem nessa base, descontrolam, tiram da  órbita, maltratam demais, mas  ter consciência disso ajuda a se livrar.
 Não sei o que vou fazer amanhã, só sei que terei que fazer o jantar.

 Tem algo que tenho observado por aqui, a qualidade dos objetos, tudo me parece de muita qualidade, forte, por assim dizer. Móveis, muito pesados, o cuidado com os alimentos, a forma de embalá-los,  e a atenção às pessoas quando vão comprar.
Bonjur, sempre, a espera para ser atendido, sem pressa, parece que o tempo é de fato outro, não é a correria que vivemos. Aprendo a respeitar o tempo do outro, da natureza, da  vida. Eu agitada e ansiosa, isso é uma escola. As pessoas passam na rua, te cumprimentam, param para falar, conversam,  todo tempo e delas, para que correr. Não vejo muitos jovens, na certa estão na escola no horário da feira. Também  meu amigo virtual francês sumiu, na certa ficou com medo de eu ir visitá-lo. Muito verbo, pouca ação...         







             



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